Concurso Degase tem nova movimentação e vai para a direção geral
Processo que registra preparativos para concurso Degase tem nova movimentação de vai para a direção geral.
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Publicado em:04/12/2019 às 07:55
Atualizado em:04/12/2019 às 07:55
O processo que demonstra a tramitação dos preparativos para o concurso Degase, no Rio de Janeiro, registrou nova movimentação na terça-feira, 3. Conforme consta no portal de consultas, o pedido da seleção agora foi movido para a direção da instituição, na chefia de gabinete.
O Departamento Geral de Ações Socioeducativas não divulgou mais informações sobre essa tramitação, nem se após análise do gabinete o edital já poderá ser divulgado. A previsão é que abertura do concurso ocorra até janeiro de 2020, podendo sair antes disso.
A nova comissão organizadora, instituída por meio de portaria no final de novembro, deve elaborar o edital junto com a Fundação Ceperj - Centro Estadual de Estatísticas, Pesquisas e Formação de Servidores Públicos do Rio de Janeiro.
A previsão de publicar o edital do concurso Degase até janeiro foi dada em audiência de conciliação com representantes do sindicato da categoria e procuradores do Estado, após os servidores entrarem em greve pedindo novas contratações, dentre outros pleitos.
Se o acordo for cumprido, o edital será divulgado até o dia 11 de janeiro, ainda nos primeiros dias de 2020, 60 dias após a audiência. A expectativa é que sejam ofertadas cerca de 620 vagas nos níveis médio e superior.
Concurso Degase vai contar com vagas de agente socioeducativo
O número exato de vagas e a lista completa de cargos que serão contemplados no edital da seleção não foram divulgados ainda. Já se sabe, porém, que o concurso deverá contar com mais de 300 vagas na carreira de agente, se o Degase cumprir com a decisão da Justiça feita no final de 2018.
Para ser agente socioeducativo no Degase é preciso ter o ensino médio completo. Esses profissionais possuem remuneração inicial de R$2.822,57, sendo R$2.572,57 correspondente ao salário base e R$250 de auxílio-transporte. Ainda há auxílio-alimentação.
Essa carreira é a que possui maior déficit no quadro do Degase. No início deste ano, após decisão da Justiça, foram realizados os trâmites para chamar agentes aprovados no concurso anterior e para serem criadas mais 332 vagas no cargo.
Inicialmente a previsão era que as vagas fossem todas destinadas à lotação na cidade do Rio de Janeiro, onde o déficit é significativo. Desde o anúncio da criação dos cargos, porém, o Governo do Estado já anunciou a abertura de novas unidades, o que gera a expectativa para que elas também sejam contempladas.
No último concurso do Degase, além de agente socioeducativo, também foram contemplados cargos como agente administrativo (nível médio), técnico de segurança do trabalho, técnico em enfermagem, assistente social, pedagogo, contador e outros.
Em sessão ordinária realizada na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) em outubro, a deputada Renata Souza disse que o déficit de servidores no Degase já chegava a mais de 800 cargos.
Antes o número de vacâncias girava em torno de 600, porém aumentou após a saída de 204 agentes socioeducativos temporários. A rescisão contratual, que ficaria vigente por mais tempo, foi uma decisão judicial.
De acordo com a deputada Renata, o déficit na carreira já era de 640 cargos e passou para 864 com a nova leva de vacâncias. Na ocasião da audiência, ela aproveitou para destacar as unidades femininas, que possuem 95% dos contratados, já atuam em situação precária.
Renata afirmou que foram suspensas atividades fundamentais, como audiências de custódia, por causa da falta de pessoal para trabalhar. O serviço de transporte dos adolescentes também estaria sendo prejudicado.
Em resposta ao comentário da deputada Renata sobre a falta de concurso, o deputado Márcio Pacheco declarou que a seleção já havia sido anunciada pelo secretaria de Educação do Estado, Pedro Fernandes, e que o edital é certo.
“O secretário Pedro Fernandes já anunciou um novo concurso. Haverá um novo concurso.”
Os representantes da categoria, da Associação Nacional dos Funcionários do Sistema Prisional e de Assistência a Adolescentes em Conflito com a Lei, estavam presentes assistindo a sessão da Alerj.
Concurso anterior teve duas etapas de avaliação
Os candidatos do último concurso do Degase foram avaliados por meio de duas etapas. A primeira variava de acordo com o cargo concorrido, sendo:
prova objetiva, redação e avaliação de títulos para pedagogo e professor; e
somente prova objetiva e redação para os demais cargos.
No exame de múltipla escolha os candidatos tiveram quatro horas para responder a 50 questões (nível superior) ou 40 questões (níveis médio e técnico) sobre Português, Raciocínio Lógico, Conhecimentos Gerais e Conhecimentos Específicos.
Para ser aprovado era preciso não zerar nenhuma das disciplinas, além de acertar 50% da prova e obter a pontuação mínima em cada disciplina: 3 em Português, 1 em Raciocínio Lógico, 3 em Conhecimentos Gerais e 8 (nível superior) ou 5 (nível médio) em Conhecimentos Específicos.
A prova de redação deveria ter entre 20 e 30 linhas para os cargos de níveis médio e médio/ técnico; e entre 30 e 40 linhas para os de nível superior. A pontuação máxima era de 20 pontos, mas para ser aprovado era preciso alcançar, pelo menos, dez.