Concurso PF: SinpecPF cita carência de servidores para novo diretor

O SinpecPF foi mais uma entidade que se manifestou após a troca de chefias, destacando a importância de contratar novos profissionais.

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Publicado em:28/04/2020 às 08:57
Atualizado em:28/04/2020 às 08:57

O Sindicato Nacional dos Servidores do Plano Especial de Cargos da Polícia Federal (SinpecPF) enviou uma nota à imprensa após as trocas na PF e no Ministério da Justiça e Segurança Pública. Nela, cita a 'grave carência de profissionais' e pede que essa causa seja abraçada.

A entidade, que representa os servidores administrativos da corporação, lamentou as saídas de Moro e Valeixo. Segundo avaliação do sindicato, ambos cumpriram os seus papeis e o ex-diretor da PF deixou o cargo com a sensação de dever cumprido.

"Sem se deixar abater por pressões políticas, ele não só garantiu a continuidade e independência das investigações policiais, como lutou para que a área administrativa da instituição fosse valorizada. Ciente do absurdo descompasso remuneratório entre policiais e administrativos, o agora ex-diretor trabalhou em prol da correção da amplitude salarial da categoria, projeto que infelizmente acabou barrado pelo Ministério da Economia."

No que diz ao ex-ministro, a categoria também deixou as suas considerações positivas. Segundo o SinpecPF, Moro teve um papel fundamental em defesa dos servidores administrativos.

"Além de endossar a proposta de correção da amplitude salarial da classe pretendida por Valeixo, ele se empenhou na implementação do Teletrabalho na Polícia Federal — prática que, pelo menos até a pandemia de COVID-19, era restrita a parte da categoria administrativa."

O SinpecPF ainda relembra que Moro, antes de deixar a pasta, havia se comprometido em lutar para que nenhum profissional da Segurança Pública fosse afetado pelas propostas de redução e de congelamento salarial em função da pandemia.

A entidade reforça que o ex-ministro pontuou, em ofício enviado a representantes da classe, que enxergava as atividades d e segurança como "de caráter essencial e imprescindível ao enfrentamento da pandemia no Brasil".

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Reestruturação da carreira e carência de servidores

Com todo esse cenário, o SinpecPF pede que os substitutos abracem uma causa importante, que é a reestruturação da carreira. A entidade enfatiza que esse é um pedido visando solucionar a grave carência de profissionais da área administrativa.

O presidente Jair Bolsonaro já definiu os nomes para ocupar as vagas deixadas por Moro e Valeixo, sendo:

  • André Mendonça, novo ministro da Justiça e Segurança Pública - ex-advogado-geral da União.
  • Alexandre Ramagem, novo diretor-geral da Polícia Federal - ex diretor da Abin.

O sindicato cita que os profissionais são responsáveis em dar todo suporte à categoria policial e pelas atividades de fiscalização e de controle desempenhadas pela Polícia Federal.

"Relegada a segundo plano na instituição, a classe assiste a um grande êxodo de profissionais, que deixam as fileiras da Polícia Federal em busca de melhores condições de trabalho em outros órgãos. Essa debandada de talentos prejudica o combate à corrupção e ao crime organizado, duas prioridades da sociedade brasileira e pontos fundamentais para a vitória do atual Governo Federal nas eleições de 2018."

(Foto: Divulgação)
SinpecPF pede atenção a carência na área adminsitrativa
(Foto: Divulgação)

PF tem déficit de mais de 5 mil servidores

A realização de novos concursos na Polícia Federal para as áreas Administrativa e Policial é vista como necessária para não agravar o déficit de pessoal. 

Quanto a área administrativa da Polícia Federal (PF), está sem reposição de pessoal há mais de cinco anos. As entidades realizam estudos constantes para demonstrar como contratações na área de apoio são fundamentais.

Em 2019, o presidente da Fenapef, Luís Antônio Boudens, detalhou que o déficit de pessoal gira em torno de 5 mil servidores e previa que a carência aumentaria em virtude das aposentadorias.

Segundo Boudens, a área de apoio, chamada também de atividade- meio, não é menos importante do que a atividade-fim do órgão (os policiais federais).

"Esse suporte exige conhecimento técnico, disponibilidade igual ao dos policiais em muitas situações, principalmente na área de Saúde e de suporte técnico-logístico (materiais, passagens, diárias, etc.). Sem eles, a Polícia Federal poderia parar ou reduzir drasticamente o fluxo de operações regulares do órgão", explicou.

Boudens ainda citou, em entrevista, que dos cerca de 3 mil servidores administrativos da PF que atuam hoje, 679 naquela época já estariam aptos a se aposentar. Esse cenário agravaria ainda mais o déficit de pessoal.

A boa notícia é que a corporação enviou um pedido de concurso ao governo, que está em análise no Ministério da Economia. Se for aprovado, poderá contemplar a 234 vagas nos níveis médioe superior. Também há pedido para a área policial, com 800 vagas. Mas, a corporação espera um aval ainda maior, podendo chegar a mais de 3 mil.

Pedido de concurso PF 2020

Carreira Requisitos Remuneração
Agente administrativo Nível médio completo R$4.710,76
Plano Especial de Cargos da PF Nível superior em várias áreas  R$5.554,87
Agente policial Nível superior em qualquer + CNH R$12.441,26

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