CEO da Invillia lista 7 dicas para inspirar as equipes remotas

Com a pandemia e a necessidade de distanciamento social, o home office se consolidou. E isso fez surgir um novo desafio para empresas e gestores: como inspirar e gerenciar equipes a distância.

A atuação remota é uma realidade e exige uma nova dinâmica entre colaboradores. Renato Bolzan, CEO da multinacional brasileira Invillia, entende bem deste cenário e destaca a importância do desenvolvimento e do fit cultural com a empresa para que ela dê certo.

Ele ainda pontua uma variação do home office, a qual os gestores devem ficar atentos também: o conceito de anywhere office. Ainda menos popular que o home office, mas que também é uma tendência.

Esse modelo de trabalho parte do princípio de que o colaborador tem a liberdade de exercer sua função de qualquer lugar. Na Invillia, essa prática já é adotada e ele conta como a empresa lida com o gerenciamento das equipes.

"A Invillia tem seu dia a dia 100% adaptado ao trabalho conectado. Chamamos dessa forma por acreditarmos no princípio da proximidade, a qualquer distância. Independentemente do local onde cada um está, aprendemos a importância de proporcionar um ponto de encontro único para todos, a sensação de pertencimento ratificada por cultura, práticas e iniciativas unificadas."

Como pontuado pelo executivo, ter um ponto de encontro e uma cultura ratificada são pontos chave para manter todos conectados, mesmo à distância. A partir disso, ele lista 7 dicas para gerenciar equipes remotas.

#1. Liderança

Assim como no caso de equipes que trabalham no modelo tradicional, presencial, uma boa liderança também é fundamental no home office ou no anywhere office. 

Quando se fala em distância, isso é ainda mais importante para manter a todos unidos e com os mesmos propósitos. Isso inclui diálogo e também a disponibilidade de condições para que a equipe realize sua função.

“Seja um bom líder: é fundamental uma gestão que esteja preparada para a cultura digital, envolvam, que sejam os primeiros ‘embaixadores’, que disponibilizem as condições, o conhecimento e as ferramentas que somem, agreguem valor.”

#2. Pessoas

Cuidar das pessoas é mais um ponto para o qual Renato Bolzan chama atenção. Assim como na liderança, ter uma boa gestão de recursos humanos se torna ainda mais importante no home office.

Afinal, todos estão fisicamente distantes e isso pode dificultar o diálogo e a percepção do gestor sobre a equipe. Mas com uma boa gestão de pessoas, é um desafio tranquilamente superável.

“Pensar no time deve ser algo ainda mais presente. O ‘onde’ deixa de ter importância, mas o ‘como’ é absolutamente crítico. Não apenas a nível profissional, mas também pessoal.”

#3. Ambiente confiável

“Com a distância, criar um ambiente seguro e de confiança mútua entre todos é de extrema importância. Uma comunicação clara, fluida e transparente é um dos segredos da gestão.”

Neste caso, o ambiente não se trata do espaço físico. Mas sim da relação entre os colaboradores, da forma como a comunicação é feita.

Como destacado pelo executivo, a clareza é fundamental. À distância é muito mais fácil haver mal entendido e o gestor precisa evitar isso ao máximo para garantir aos funcionários uma relação segura.

#4. Desenvolvimento pessoal

Os gestores também devem manter a preocupação com o desenvolvimento pessoal de cada membro das equipes. Afinal, a motivação deles vai afetar diretamente o seu desempenho.

Para Bolzan, fatores como a liderança pelo exemplo, a disciplina e o foco no desenvolvimento pessoal continuam valiosos, ainda mais fortes.

#5. Atenção aos dados e métricas

Tomar decisões baseadas em métricas sempre foi e continua sendo importante. Observar esses dados é ainda mais significativo à distância, quando não se tem contato direto com os colaboradores.

Por isso, o ideal é que o gestor tenha, ao tomar decisões, consciência dos indicadores de performance, de desenvolvimento individual e coletivo. “São fatores fundamentais quando o trabalho não acontece de forma presencial”, destaca o executivo.

#6. Conectar as pessoas

Um bom gestor de uma equipe à distância também precisa saber como conectar pessoas. Ele precisa redefinir o conceito do que é estar presente na empresa. 

“Um bom líder tem como papel fundamental entender as individualidades de cada colaborador e saber fazer a conexão entre eles.”

#7. Fit cultural

Também é papel dos bons líderes, como destaca Renato, serem como guardiões da cultura da empresa. “Motivadores, provocadores, corajosos e que inspirem respeito e verdade.”

A comunicação sem limites e a proximidade da liderança com toda a comunidade são exemplos de atitudes que podem promover isso. Assim como o patrocínio para iniciativas e experiências de práticas culturais que visem a evolução da cultura corporativa.