Concursos PF e PRF 2021: como estudar Língua Portuguesa? Veja dicas!

As provas dos concursos PF e PRF estão próximas, mas você sabe a melhor forma de estudar Português? Confira dicas

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Publicado em:09/02/2021 às 20:03
Atualizado em:09/02/2021 às 20:03

Com editais que somam 3 mil vagas imediatas, os concursos PF e PRF estão entre os destaques de 2021 Bom, disso todo mundo deve saber, mas com as provas se aproximando, qual a melhor forma de se preparar?

Além dos números de oportunidades, as duas seleções têm outra coisa em comum: o conteúdo programático de Língua Portuguesa. 

Mas, você ainda pode estar se perguntando qual deve ser essa melhor forma de preparação, né? O ano de 2021 trouxe muitas novidades, inclusive a Folha Cursos, que conta com diversos professores que podem te ajudar!

Pensando nisso, a reportagem da Folha Dirigida conversou com a professora Priscila Ferrarotto, que entende muito bem das provas para a Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal. 

Quer saber mais e pegar algumas dicas para os exames? Acompanhe o menu abaixo e fique por dentro!

Concursos PF e PRF têm provas agendadas para março (Foto: Divulgação)
Concursos PF e PRF têm provas agendadas para março
(Foto: Divulgação)

O que mais cai na prova de Língua Portuguesa da PF e PRF?

Ao contrário do que muitos podem imaginar, a parte de Língua Portuguesa das provas da PF e PRF cobram o mesmo conteúdo. Tendo isso em vista, a professora da Folha Cursos Priscila Ferrarotto destacou os principais tópicos cobrados para as duas.

De acordo com ela, os seguintes assuntos caem bastante: entendimentos e interpretação de textos, misturados também aos tópicos gramaticais.

Entre esses tópicos, podem ser destacados a concordância, por exemplo. A partir disso, a concordância verbal pode ser ainda mais recorrente que a concordância nominal.

Também é preciso lembrar da regência, crase e pontuação. Pensando nisso, a professora ressaltou que, não necessariamente a pontuação será o emprego de vírgula.

Por existir um número maior de regras envolvendo a vírgula, é comum esse sinal de pontuação ser cobrado. No entanto, podem aparecer perguntas propondo a substituição da vírgula por outros sinais.

Um exemplo disso é a justificativa para o emprego de aspas, ou seja, o candidato precisa conhecer não apenas vírgula, mas outros sinais também.

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Quais as classes gramaticais que mais se destacam?

Segundo Priscila dentre as classes gramaticais, as conjunções e locuções conjuntivas podem ser destacadas, além dos verbos e pronomes.

Mesmo assim, as conjunções ainda são a classe mais importante. Normalmente, essa classe é cobrada em mais de uma questão, e de formas diferentes.

Por exemplo: a questão pode propor a reescrita de uma passagem do texto, trocando o conectivo ou a conjunção que ali existe, por outra.

Dessa forma, é necessário saber se aquele conectivo pode substituir, de fato, aqueles que estavam no texto original.

Dentro dos conectivos, relação de causa e efeito pode ser um assunto cobrado

Outro ponto muito comum entre as orações é a relação de causa e efeito. Quando existe essa relação, é possível escrever o texto de tal forma que se entregue um conectivo que exprima a causa, ou, é possível usar um conectivo que exprima consequência.

Um exemplo simples: “ele correu tanto, que desmaiou.”

É possível ver a relação de causa e efeito. A causa é correr muito e desmaiar é o efeito. Nessa construção, foi empregado o conectivo “que”, que passa a ideia de consequência.

No entanto, esse período poderia ser reestruturado, dizendo, por exemplo: “ele desmaiou porque correu muito.”

"Então, perceba que as noções de causa e efeito ainda existem. Correr muito ainda é a causa, desmaiar ainda é o efeito. Contudo, agora, invés de empregar um conectivo que exprimia consequência, eu emprego o "porque", que é um conectivo que exprime causa. Então, esses conectivos não são sinônimos, mas com essa nova reestruturação do período, é possível. Ela mantém o sentido original do texto, porém, estabelecendo um nexo diferente", explicou Priscila.  

Ainda sobre os conectivos, existem situações em que eles são deslocados no período, de acordo com a professora.

Por exemplo: quando um conectivo deixa de ficar no início da oração e é deslocado para o meio dela, necessariamente, esse deslocamento tem que ser marcado por vírgulas.

Então, esse tipo de questão poderia cobrar o emprego da pontuação, mas associado a uma regra que envolve conectivo.

Além disso, é preciso destacar que todo conectivo que tem essa mobilidade, é necessário analisar o contexto e verificar se o conectivo admite essa mudança de posição.

Confira algumas dicas para quem está se preparando 

1 • Faça revisão teórica

"Eu acho possível a pessoa estudar apenas por meio de exercícios, apenas por meio de questões anteriores, quando ela já possui essa base. Por que eu digo isso? Porque estudar apenas por questões pode induzir ao erro."

Bom, mas por que isso pode induzir ao erro?

Primeiro: provavelmente, a pessoa não vai encontrar tudo aquilo que pode ser cobrado a respeito daquele assunto. As questões não necessariamente vão mostrar para ela um apanhado de tudo o que pode ser cobrado.

Segundo: às vezes, a pessoa acaba acertando a questão por uma determinada razão, e não se dá conta que se ela fosse levemente alterada, se aquela mesma frase fosse construída perguntando ou focando em um determinado aspecto, ela erraria.

Então, segundo Priscila, acertar todas as questões pode dar uma tranquilidade à pessoa, no sentido de ela achar que está sabendo tudo sobre aquela matéria, quando, na verdade, não está.

"Se você já tem uma base, já vem estudando para concurso, não faz mal, a matéria de Português está lá, com suas regras e tudo isso. Sem dúvida, esse estudo será aproveitado também. Se é o caso, se existe essa base e a pessoa quer atacar nos exercícios, tudo bem", ressalta Priscila. 

No entanto, se a pessoa nunca se dedicou para um concurso antes e não está com a base teórica em dia, apenas resolver exercícios não vai dar certo.

Após entender a teoria, a segunda dica é resolver questões. Num primeiro momento, o candidato pode fazer questões de fixação.

Para a professora, não precisam ser, necessariamente, questões de concurso, podem ser as que se aproximam mais de livros de escola, especialmente se a pessoa sente dificuldade naquela disciplina, se percebe que não está dominando aquilo.

2 • Resolva questões de provas anteriores

Também é importante passar pela resolução de questões anteriores e recentes da banca Cebraspe.

A finalidade disso é conhecer o jeito da banca, o jeito de perguntar, ter um pouco de noção do tempo que vai levar para resolver, da complexidade das questões, é importante que a pessoa se acostume a isso.

3 • Faça simulados

Tendo em vista o pouco tempo que falta para a prova, é importante que a pessoa faça simulados, ou seja, que ela pegue provas anteriores.

Na parte de Língua Portuguesa, mesmo que não seja uma prova da PF ou para a PRF, é importante que o conteúdo programático seja parecido.

Enquanto faz os simulados, é importante resolver as questões contando o tempo. Geralmente, a banca considera um minuto e meio por item, então é bom que a pessoa faça esse cálculo.

Por exemplo: se você vai resolver 10 itens, seriam 15 minutos para resolvê-los.

Então, que a pessoa deve ter essa preocupação de resolver as questões marcando o tempo. Isso, é claro, sem ser interrompida, sem olhar para celular, sem atender ao telefone, qualquer coisa assim, para se preparar para a prova.

"Existe a possibilidade de se gabaritar Língua Portuguesa", diz Priscila

Como mensagem final para os candidatos, a professora acredita que seja possível, sim, a aprovação, apesar do pouco tempo até as provas. No entanto, tudo depende da bagagem que o candidato carrega

"Nós sabemos que são concursos muito almejados, muito concorridos, não raro as pessoas precisam estudar por alguns anos para obter a aprovação. Mas, eu também já conheci pessoas próximas que conseguiram aprovação em poucos meses de preparação."

Contudo, Priscila também alerta para que os candidatos não se enganem.

Nesses casos, a pessoa pode ter estudado poucos meses para PF e PRF,  especificamente, mas, em algum momento da vida, se dedicou e estudou. Por isso, tem a bagagem muito reforçada.

Por outro lado, ela também acalma aqueles que pensam não ter uma formação muito boa, ou que acham que fizeram um colégio "fraco". 

O candidato pode não conseguir passar de primeira, se preparando apenas agora. Mas, existe essa possibilidade.

O que não pode ser feito é desistir, também é preciso levar em conta que depende do seu esforço. Tendo o cuidado com a teoria na parte de Português, revisando, tendo embasamento teórico, e resolvendo questões anteriores - além, é claro, de contar com a tranquilidade na hora da prova, porque nervosismo, infelizmente, atrapalha - existe a possibilidade de se gabaritar Língua Portuguesa.

Além disso, também existe a vantagem do Português ser a língua materna, pelo menos da maioria que irá prestar o concurso.

"Então, não coloque barreiras, como se o Português fosse algo completamente novo, não é. Eu sei que muitas vezes nós falamos de uma forma e em situações de formalidade precisamos nos comunicar de outra, mas ainda sim é Português", completou Priscila.

Concurso PRF recebe inscrições até dia 12

Quem deseja garantir uma vaga nos concurso da PF ou PRF deve ficar atento ao cronograma! Isso porque as inscrições já estão terminando. No caso da PF, o prazo foi prorrogado por mais algumas horas, até o final desta terça-feira, 9.

Para PRF, os interessados ainda têm um pouco mais de tempo. O concurso da Polícia Rodoviária Federal recebe inscrições até 12 de fevereiro, pelo site do Cebraspe.

É preciso confirmar a participação quitando a taxa de R$180. O valor deve ser pago por meio do Guia de Recolhimento da União (GRU) até 5 de março. Haverá a possibilidade de isenção durante todo o período de inscrição.

A prova da PF está marcada para 21 de março, enquanto a prova da PRF para 28 de março.

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