Concurso ALE TO 2023: deputado cobra edital da nova gestão

Previsto na gestão anterior, concurso ALE TO não saiu do papel e volta a ser cobrado na tribuna da Casa pelo deputado Professor Júnior Geo.

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Publicado em:09/02/2023 às 12:14
Atualizado em:09/02/2023 às 12:14

concurso ALE TO voltou a ser cobrado por parlamentares da Casa Legislativa. Desta vez, em seu discurso na tribuna, na última quarta-feira, 8, o deputado estadual Professor Júnior Geo falou sobre a necessidade de um novo edital.

Segundo o parlamentar, em 2016, durante a gestão do ex-deputado estadual Osires Damaso, foi publicado edital para a realização de concurso, com uma oferta de 130 vagas.

No entanto, a seleção foi anulada devido às irregularidades verificadas sobre a contratação da banca organizadora. Deste então, o concurso é cobrado, mas não ocorre.

"Desde a tentativa do primeiro concurso até o momento ocorreu um aumento da demanda, servidores neste intervalado de tempo podem ter, inclusive, entrado com pedido de aposentadoria. Então, gostaria que a Casa viesse a fazer uma comissão, um levantamento da quantidade de cargos necessários para que pudesse promover a realização do concurso da Assembleia Legislativa", disse o deputado.

Vale lembrar que, em 2022, quando ainda presidia a Assembleia Legislativa do Tocantins, o deputado Antonio Andrade demonstrou interessado em viabilizar o edital. No entanto, segundo ele, era preciso ter uma segurança jurídica para isso.

Como o concurso não ocorreu, o deputado Júnior Geo voltou a ressaltar a necessidade de um novo edital, na atual gestão. 

"Nós temos agora nesta legislatura também a necessidade do concurso, por que se havia necessidade antes, há aproximadamente seis anos, agora é ainda maior", ressaltou.

Deputado volta a cobrar novo concurso ALE TO (Foto: Divulgação AL TO) 
Deputado volta a cobrar novo concurso ALE TO
(Foto: Divulgação AL TO) 

Justiça determinou concurso Assembleia TO

concurso Assembleia TO é também assunto para o Judiciário. Isso porque, em 2020, o juiz Roniclay Alves de Morais, da 1ª Vara da Fazenda e Registros Públicos de Palmas, determinou a abertura da seleção.

A sentença do juiz Roniclay Alves de Morais não indicou quantas vagas deveriam ser abertas, já que o quantitativo iria depender de estudos técnicos.

No entanto, determinou que a seleção não fosse apenas para cadastro reserva, como era previsto no concurso de 2016.

A decisão fez parte dos esforços para a equiparação da quantidade de comissionados e efetivos na Assembleia Legislativa do Tocantins.

Em setembro de 2020, a Justiça acolheu um pedido do Ministério Público do Tocantins (MP TO), por meio da 9ª Promotoria de Justiça da Capital, e intimou a Assembleia a comprovar, no prazo de 180 dias, a redução da quantidade excessiva de servidores comissionados no parlamento estadual.

Segundo a sentença, o Poder Legislativo deveria manter uma proporção de 50% de servidores efetivos e 50% de comissionados.

A Ação Civil Pública (ACP) foi ajuizada pelo MP TO em dezembro de 2017, após constatar que, dos 1.713 cargos providos, 1.498 eram de assessores parlamentares e apenas 220 de cargos efetivos.

Concurso Assembleia TO é aguardado há cinco anos

O edital do concurso Assembleia TO é aguardado desde o início de 2018, quando a necessidade de aumentar o quadro foi matéria de uma ACP ajuizada pelo MP TO.

Até o momento, a Assembleia não divulgou quais cargos devem ser contemplados em um próximo edital. Espera-se, no entanto, que sejam oferecidas as mesmas carreiras do concurso de 2016, que foi anulado.

Na época, as oportunidades contemplavam os níveis médio, técnico e superior, nas carreiras de assistente e consultor legislativo (diversas áreas). 

O último concurso da Casa de Leis, que chegou a ser homologado, aconteceu há mais de 10 anos

Resumo sobre a seleção

  • Órgão: Assembleia Legislativa do Estado do Tocantins
  • Banca: a definir
  • Cargo: a definir
  • Requisito: a definir
  • Vagas: a definir
  • Edital: sem previsão de publicação

Saiba como foi o último concurso anulado

último edital publicado pela Assembleia do Tocantins foi anulado em 2016. O prazo de inscrições foi aberto em 19 de outubro daquele ano, mas foi suspenso logo no dia seguinte (20).

O edital foi anulado dois meses depois, em dezembro. A justificativa foi a escolha, sem licitação, da organizadora, que teve a legalidade questionada.

Além disso, foi reforçado na ocasião que o órgão não tinha condições financeiras para realizar o pagamento dos novos salários.

Mesmo assim, o edital do concurso chegou a ser publicado com oferta de 130 vagas para todos os níveis de escolaridade. As remunerações variavam entre R$5.190,06 e R$25.406.66.