O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro realiza os últimos ajustes para abertura do novo concurso TJ RJ para técnicos e analistas judiciários.
Em entrevista exclusiva ao Qconcursos Folha Dirigida, o secretário-geral de Gestão de Pessoas do órgão, Gabriel Albuquerque Pinto, falou sobre os prazos, perspectivas de nomeações e inovações do edital.
De acordo com ele, o tribunal já está com tratativas avançadas em direção ao edital. No momento, os trabalhos estão focados na definição do conteúdo programático, junto com a Fundação Getulio Vargas (FGV), escolhida como a banca organizadora do concurso.
A estimativa é que os trâmites burocráticos sejam finalizados este mês para que o edital possa ser publicado no início de outubro.
“Tão logo isso seja finalizado, a FGV vai nos retornar com a minuta de edital proposta, para que analisemos e cheguemos ao termo final. Eu acredito que no início de outubro a gente já vai ter esse documento pronto para publicação”, afirmou o secretário-geral de Gestão de Pessoas.
Sobre as provas, Gabriel Albuquerque informou que a previsão é para janeiro de 2026.
“A gente tem um cronograma de provas no início de janeiro, no final da primeira quinzena de janeiro”, afirmou.
Segundo o secretário, os candidatos a técnico judiciário (nível médio) e analista judiciário (nível superior) serão avaliados por provas objetivas. Apenas os concorrentes a analista também realizarão uma prova discursiva.
As provas para técnicos e analistas serão aplicadas em turnos diferentes, permitindo que uma pessoa possa concorrer aos dois cargos, em caso de ter os requisitos solicitados.
Gabriel Albuquerque revela detalhes do concurso TJ RJ em entrevista
(Foto: Qconcursos Folha Dirigida)
Gabriel afirmou que o concurso não deve trazer mudanças nas disciplinas, apenas atualizações nas leis, por exemplo. Para ele, o último edital é um bom parâmetro para os estudos.
“Se eu fosse prestar esse concurso, eu me basearia no edital anterior. Então se baseie nisso, foque em questões da Fundação Getulio Vargas, buscando esgotar aquele conteúdo programático do edital anterior e quando sair o edital do concurso atual, apenas foque naquilo que foi atualizado”.
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O secretário-geral de Gestão de Pessoas do TJ RJ anunciou uma novidade do novo concurso. As provas também serão aplicadas fora do Estado do Rio de Janeiro, em São Paulo e Minas Gerais.
“Pela primeira vez, o tribunal fará provas também em outros estados. A prova será aplicada em três outras cidades que ainda não estão 100% definidas, mas quase lá. Muito provavelmente serão aplicadas em São Paulo, Belo Horizonte e Juiz de Fora. O que facilita candidatos de outros estados que queiram, eventualmente, prestar concurso aqui no tribunal”, afirmou.
Já está confirmado também que o concurso será regionalizado. Isto é, o candidato terá que escolher por um dos 11 Núcleos Regionais da Corregedoria (NURs) no momento da inscrição.
“A administração tem todo o interesse que o servidor trabalhe perto de casa porque ela não quer um servidor com absenteísmo. Ela quer um servidor satisfeito, ela quer um servidor que venha trabalhar com satisfação e isso a gente só consegue trabalhando perto de casa”, explicou Gabriel Albuquerque.
Sobre os núcleos/regiões do Estado do Rio de Janeiro, o secretário informou que a capital e a 4ª Região, por exemplo, têm um número maior de servidores. O que, de acordo com ele, leva a um maior número de inscritos e também uma maior nota de corte.
“Tem núcleos maiores e núcleos menores, e isso se reflete diretamente na nota de corte. Tem notas de cortes maiores, normalmente é na capital, que chama mais. A nota de corte no interior é menor, mas chama menos. isso o candidato tem que avaliar dentro da sua vontade de trabalhar no tribunal e vontade de trabalhar perto de casa, onde é que eu vou escolher. É uma escolha muito pessoal de cada candidato”.
Confira a entrevista completa no vídeo abaixo:
O concurso para o TJ RJ será destinado para formação de um cadastro de reserva. Isso significa que não haverá vagas imediatas, mas a formação de um banco de aprovados para a chamada durante a validade.
A oferta será para os seguintes cargos:
Nível médio
Nível superior
Apesar de o concurso ser para cadastro de reserva, o secretário-geral de Gestão de Pessoas estima a nomeação de mais de mil aprovados. Isso será possível por meio da abertura de um Programa de Incentivo à Aposentadoria (PIA) em 2026.
“Há uma expectativa de convocação de mais de mil pessoas neste concurso. O Tribunal vai depender de uma adesão a um Programa de Incentivo à Aposentadoria e isso vai gerar vacância de um determinado número de cargos e são cargos ocupados hoje por servidores que estão em final de carreira, que custam mais caro que um servidor que acabou de entrar. Então, nós podemos dizer que cada servidor desse mais antigo que se aposenta, ele permite que sejam chamados aquele cargo mais um pouquinho”, detalhou Gabriel.
O TJ do Rio de Janeiro tem a estimativa de que entre 800 a mil servidores se aposentem por meio do PIA.
Além das outras aposentadorias que já ocorrem normalmente no tribunal, fora do programa. São cerca de 30 por mês, o que pode gerar ainda mais convocações.
O secretário-geral de Gestão de Pessoas informou que a homologação do concurso deve ocorrer no primeiro semestre de 2026 e as chamadas de aprovados começarão em seguida.
“Acredito que essa homologação deva vir por volta do mês de maio. E aí a convocação vai ser um pouco depois disso”.
Segundo Gabriel Albuquerque, as convocações serão escalonadas, porque o tribunal não consegue absorver milhares de servidores de uma única vez.
“A gente não tem condições técnicas e operacionais de absorver tanta gente assim de uma vez só. Então, serão chamadas paulatinas aí de 250, 300, 350 pessoas, não mais do que isso. E faremos chamadas ao longo de 2026 para repor essa mão de obra”, afirmou.
Entre os cargos que, historicamente, chamam mais candidatos, Gabriel destacou o técnico e analista judiciário sem especialidade. “Logo depois, o oficial de justiça. Em seguida, o assistente social e o psicólogo”.
Sobre a possibilidade de aceitar o diploma de tecnólogo para cargos de nível superior, o secretário falou que isso só deve acontecer para especialidades de Tecnologia da Informação (TI).
“Provavelmente, alguns tecnólogos serão aceitos nas áreas muito específicas lá de Tecnologia da Informação. Isso ainda não está 100% definido, a área está definindo a matriz de competência, mas é possível. Nas outras áreas eu não vejo como possível porque são cursos muito específicos que não cabe tecnólogo. Direito, administração, contabilidade, psicologia, serviço social, por exemplo, medicina, por exemplo”.
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Para o técnico judiciário, cargo de nível médio, a remuneração inicial é de R$5.685,54, sendo composta pelo vencimento básico, Gratificação de Atividades Judiciárias (GAJ) e Adicional de Padrão Judiciário (APJ).
Já para analista judiciário, de nível superior, os ganhos iniciais são de R$9.363,84, incluindo também o vencimento básico, a GAJ e o APJ.
Para os analistas da especialidade de Execução de Mandados, há também uma verba mensal indenizatória de R$3.242,58, referente à gratificação de locomoção.
O tribunal ainda oferece uma série de benefícios. Recentemente, o auxílio-alimentação dos servidores foi equiparado ao dos magistrados, estando na faixa dos R$3 mil.
“Tem também o auxílio transporte, por exemplo, o auxílio educação, que é pago para até três filhos. Tem o plano de saúde, que é um grande diferencial do Tribunal de Justiça do Rio, é um plano de saúde de primeira linha, que dá direito a excelentes hospitais aqui no Estado do Rio de Janeiro, é um plano nacional”.
Além disso, o secretário destacou que a melhoria das promoções e das progressões dos servidores.
“Hoje ela é feita por temporalidade em 18 meses e isso será reduzido para 12 meses, um projeto que será proposto nas próximas semanas à Assembleia Legislativa. E isso vai igualar a carreira do Tribunal em relação à promoção e progressão à carreira do Ministério Público, por exemplo, à carreira da Justiça Federal, que já são carreiras contempladas com os 12 meses já há algum tempo. Então os candidatos podem tomar isso também como mais um incentivo de previsibilidade”.
Para a promoção na carreira, Gabriel explicou que são levados em consideração o tempo de serviço e horas de capacitação.
Sobre a possibilidade de teletrabalho, o secretário explicou que o trabalho remoto é regulamentado no TJ RJ. Conforme informado por ele, a concessão depende da unidade que o servidor trabalha, da forma com que o trabalho se apresenta naquela unidade e também do gestor.
“É claro que um servidor que eventualmente trabalhe muito longe de sua casa, pode ter um trabalho híbrido, dependendo da situação daquele servidor pode se deferir num remoto integral? Pode. Há regulamentação para isso. Mas a regra é o trabalho presencial”.
Gabriel Albuquerque Pinto é servidor do TJ RJ desde 2004. Já tendo passado por um concurso para entrar no tribunal, ele deu a dica de resolver muitas questões na hora do estudo.
“Faça questões da banca examinadora. Selecione só da FGV e faça todas as questões possíveis que estiverem naquele banco, voltado claro, à matéria do edital, inicialmente focado no edital passado. Assim que divulgarmos o edital atualizado, faça de novo e de novo”.
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Para todos aqueles que sonham ingressar no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, ele deixou a seguinte mensagem:
“Eu desejo muita sorte, desejo que usem toda a intensidade desse sonho para se dedicar aos estudos, esse é o momento. Façam muitas questões, não se deixem desanimar com aquelas questões que vierem erradas, acreditem, elas ensinam mais que as certas, e que tenham muita calma para prestar a prova. Eu tenho certeza que, uma vez aprovados, e convocados, serão acolhidos por uma casa muito boa de trabalhar e vocês poderão fazer a vida de vocês profissional aqui dentro de uma maneira muito, muito satisfatória. Eu estou aqui há 21 anos e sou muito feliz trabalhando aqui Então desejo sorte nessa caminhada e espero encontrá-los na posse”.
