Desemprego ainda atinge 12,9 milhões de brasileiros
Apesar da queda da taxa de desemprego, rendimento médio da população reduz para o o menor valor já registrado desde 2012.
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Publicado em:28/12/2021 às 13:23
Atualizado em:28/12/2021 às 13:23
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, a taxa de desemprego no Brasil caiu para 12,1% no trimestre encerrado em outubro. Agora, no país, são 12,9 milhões de brasileiros desempregados.
O aumento representa 3,6%, o que significa 3,3 milhões de pessoas a mais no mercado de trabalho em relação ao trimestre encerrado em julho. Em 1 ano, houve aumento de 8,7 milhões de trabalhadores.
No levantamento anterior, referente ao trimestre encerrado em setembro, a taxa de desemprego estava em 12,6%, atingindo 13,5 milhões de pessoas.
Essa é a menor taxa de desemprego no país depois da do trimestre encerrado em fevereiro de 2020, com 11,8%. No entanto, o número ainda é maior que antes do início da pandemia.
Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad). Mesmo com a queda do desemprego, o rendimento médio da população empregada encolheu pelo 5º trimestre seguido.
Isso porque o rendimento médio real habitual do trabalhador caiu para R$2.449, menor valor já registrado na série histórica da pesquisa, que teve início em 2012. O valor representa queda de 4,6% diante do trimestre anterior e redução de 11,1% em relação ao trimestre de 2020.
A pesquisa do IBGE mostrou também que o rendimento médio do trabalhador com carteira assinada foi de R$2.345, enquanto que o do emprego sem carteira assinada e do trabalho por conta própria informal foram de R$1.528 e R$1.458, respectivamente.
Já a massa de rendimento foi de R$ 225 bilhões, com queda de 1,1% na comparação com o trimestre anterior e recuo de 1,9% em 1 ano, o que foi classificado pelo IBGE como estatisticamente estável.
Desemprego cai, mas ainda atinge 12,9 milhões
(Foto: Divulgação)
Incertezas ainda impedem recuperação do mercado
Entre os fatores que dificultam uma retomada mais firme do mercado de trabalho e a geração de vagas de melhor qualidade estão a piora das expectativas para a economia em 2022, as incertezas fiscais e políticas em ano de eleições presidenciais, e a trajetória de alta da taxa básica de juros, que encarece os investimentos e os financiamentos de empresas e consumidores.
Apesar da trajetória de queda do desemprego, a recuperação do mercado de trabalho tem sido puxada pelo aumento o número de trabalhadores subocupados e informais, e vem sendo marcada pela queda do rendimento médio da população ocupada.
Vale lembrar que nos meses anteriores à pandemia, a taxa de desemprego no país estava ao redor de 11,5% e a população ocupada superava 95 milhões.
O levantamento do IBGE mostrou ainda que faltavam oportunidades no mercado para cerca de 29,9 milhões de trabalhadores. Este contingente forma o que o instituto classifica como trabalhadores subutilizados. Há 1 ano, porém, era 33,1 milhões nessa situação.
A taxa composta de subutilização caiu para 25,7%, ante 27,9% no trimestre anterior e 29,6% no 3º trimestre do ano passado.