Estudo aponta maiores Edtechs e faz balanço do ecossistema no Brasil

Dados do Distrito Edtech Report mostram como está o cenário de startups de educação no Brasil.

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Publicado em:03/12/2020 às 12:35
Atualizado em:03/12/2020 às 12:35

Uma nova pesquisa do Distrito Edtech Report, braço de inteligência de mercado do Distrito, com apoio da KMPG e da Wayra, mostrou como está o cenário de startups de educação no Brasil. 

Os dados, divulgados nesta quinta-feira, 3, pela revista PEGN, apontam as maiores startups do segmento e também as que devem se destacar nos próximos anos.

A primeira lista tem o ranking calculado a partir de dados como o número de funcionários, faturamento presumido, investimento captado e métricas de redes sociais. Confira as dez maiores edtechs:

  • Descomplica
  • Alura
  • Portal Educação
  • Arco
  • Geekie
  • Trybe
  • Hotmart
  • Educa+ Brasil
  • Sanar 
  • Passei Direto 

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A segunda lista utilizou os mesmos critérios, com mais peso aos investimentos captados e à visibilidade nas redes sociais, para apontar as startups que devem se destacar nos próximos anos: 

  • Alicerce Educação
  • Camino School
  • Beetools
  • Estante Mágica
  • Gama Academy
  • Melhor Escola
  • Agenda Edu 
  • Stoodi

Para chegar a esses nomes, a pesquisa considerou apenas as empresas fundadas após 2012 e com menos de 200 funcionários. 

Edtechs já levantaram mais de US$175 milhões

A pesquisa, além de listar os destaques entre as startups de educação, traz o balanço do cenário atual do ecossistema. As mais de 550 que existem no Brasil, que já levantaram mais de US$175 milhões em investimento desde 2010. 

De acordo com os dados divulgados, foram realizadas mais de 130 rodadas de investimento, que juntas totalizam esse montante milionário. Entre as maiores rodadas estão a de US$24,1 milhões para a Estratégia Concursos, e a de US$16,3 milhões para a Descomplica.

 

Trybe
Trybe, Hotmart, Estratégia Concursos e outras são destaques da pesquisa
(Foto: Divulgação)

 

Edtechs estão concentradas no Sudeste e presença feminina é baixa

A pesquisa ainda aponta que 68,2% das edtechs estão concentradas na região Sudeste, sendo 45,3% só no estado de São Paulo, e 16,4% no Sul. Já os estados do Nordeste, Centro-Oeste e Norte aparecem com 8,2%, 6,3% e 0,9%, respectivamente.

Também foi analisado o perfil dos fundadores. Em geral, são de dois a três sócios em média, com idades entre 35 e 45 anos. Mas para cada cinco sócios, apenas uma é mulher. 

E a presença feminina, embora muito pequena, ainda é a maior entre as demais verticais acompanhadas pelo Distrito. Entre as fintechs, por exemplo, a participação delas entre os sócios é de 12%.

A baixa representatividade, não só feminina, mas também de raça e gênero, ainda é um desafio no ecossistema de startups. Uma outra pesquisa, o Mapeamento de Comunidades 2020 da Associação Brasileira de Startups, mostrou isso também. 

Os homens são maioria entre os fundadores de startups no Brasil, representando 59,2% do total. Na divisão por raça, a maioria se autodeclara branca (64,8%), seguida pelos pardos (22,7%), negros (5,8%), amarelos (2,2%) e indígenas (0,5%). 

Em relação à orientação sexual, 92,3% se declaram heterossexuais, apenas 3,9% são homossexuais e 1,5% são bissexuais.

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