Nova fábrica de vacinas da Fiocruz deve criar 6,5 mil empregos

Governo do Rio e Fiocruz assinam escritura para maior fábrica de vacinas da América Latina, que deve gerar mais de 6 mil empregos.

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Publicado em:04/01/2021 às 12:36
Atualizado em:04/01/2021 às 12:36

A nova fábrica de vacinas da Fiocruz, o Complexo Industrial de Biotecnologia em Saúde (Cibs), deverá ser concluída até 2023 e gerar mais de 6 mil empregos. Só na fase de construção cerca de 5 mil oportunidades devem ser abertas.

A Fundação, por meio do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos), assinou a escritura definitiva do terreno onde está sendo construído o complexo em dezembro, com o Governo do Estado do Rio de Janeiro.

Segundo informações da própria entidade, que é vinculada ao Ministério da Saúde, o investimento é da ordem de R$3,4 bilhões e prevê a geração de 5 mil empregos diretos durante a construção, e de 1,5 mil postos de trabalho para a sua operação. 

A localização da fábrica é no Distrito Industrial de Santa Cruz, na Zona Oeste da cidade do Rio de Janeiro. Com isso, a expectativa é que haja um um grande “boom” de empregos na área da Construção Civil na capital.

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O empreendimento será o maior centro de produção de produtos biológicos da América Latina e um dos mais modernos do mundo. Desta forma, a Fiocruz poderá aumentar em até quatro vezes a capacidade de produção de vacinas e biofármacos.

A ideia é atender prioritariamente às demandas do Sistema Único de Saúde (SUS), por meio do Programa Nacional de Imunizações (PNI) e do Componente Especializado da Assistência Farmacêutica (Ceaf), respectivamente. 

 

Imagem ilustrativa do Complexo Industrial de Biotecnologia em Saúde (Cibs)
Imagem ilustrativa do Complexo Industrial de Biotecnologia em Saúde (Cibs)
(Foto: Divulgação/ Fiocruz)

 

Nova fábrica vai atrair mais empresas e oportunidades

O empreendimento no Distrito Industrial de Santa Cruz também deverá atrair novas empresas para o local, já que toda uma cadeia de suprimentos é necessária para o grande volume de produção esperado.

Segundo a Fiocruz, poderá aumentar em até quatro vezes a capacidade de produção de vacinas e biofármacos, que está estimada em 120 milhões de frascos de vacinas e biofármacos por ano e poderá ser ampliada dependendo do regime de operação a ser adotado. 

Em doses, a capacidade irá variar conforme o mix de produtos. Hoje Bio-Manguinhos fornece vacinas com as apresentações de 1 dose, 5 doses e 10 doses/frasco, e a ampliação da capacidade produtiva no CIBS também representa a possibilidade de incorporação de novas apresentações. 

Para a presidente da fundação, Nísia Trindade Lima, o projeto tem um valor estratégico para o Brasil e para o SUS, com a ampliação da oferta de vacinas. Ela defende a importância para o desenvolvimento econômico do Estado do Rio de Janeiro. 

O impacto desse empreendimento também foi apontado  pelo governador em exercício, Cláudio Castro. 

"Estamos aqui falando de um investimento bilionário que será feito no estado do Rio, um investimento que coloca o estado na vanguarda em termos de fabricação de vários tipos de vacinas, não só a da Covid-19, além de gerar emprego, renda e ciência para o Rio de Janeiro.”

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As vantagens do novo empreendimento vão além de garantir o abastecimento de mais produtos para o Ministério da Saúde. O centro, que atenderá a requisitos regulatórios da Anvisa e de agências internacionais como Organização Mundial da Saúde (OMS), Food and Drug Administration (FDA) e European Medicines Agency (EMEA), tem potencial para utilizar plataformas flexíveis e adaptáveis.

Isso vai permitir a ampliação das linhas de produtos existentes e incluisão novos; exportação; estabelecimento de novas parcerias e aumento da competitividade do Brasil no setor de imunobiológicos. Desta forma, também contribuirá significativamente com o fortalecimento do Complexo Econômico e Industrial da Saúde (Ceis) do país e da cadeia produtiva, gerando empregos e trazendo economia aos cofres públicos.