Projeto apoia mulher negra e empreendedora durante a pandemia
O Projeto Empreendedoras Periféricas oferece apoio técnico e financeiro a micro e pequenas empreendedoras negras e periféricas. Saiba como participar!
Autor:
Publicado em:22/03/2021 às 11:00
Atualizado em:22/03/2021 às 11:00
Uma pesquisa realizada pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), divulgada em 2020, afirma que as mulheres empreendedoras negras são as mais afetadas pela pandemia do novo Coronavírus.
Pensando em como apoiar essas mulheres e seus empreendimentos, a rede Extra, por meio do Instituto GPA, em parceria com a Fundação Tide Setúbal, está com inscrições abertas para o Projeto Empreendedoras Periféricas.
A iniciativa, que oferece apoio técnico e financeiro a micro e pequenas empreendedoras negras e periféricas, está disponível para todo o país, desde que sejam cumpridos os seguintes requisitos:
Ser um micro ou pequeno negócio de empreendedoras negras;
O negócio pode ou não ser formalizado (ter CNPJ);
Empreendimentos que foram impactados pelo cenário da Covid-19;
Atuação em territórios periféricos no Brasil;
O empreendimento deve ser liderado por uma mulher;
O empreendimento deve ter impacto positivo em sua comunidade.
Em 2020, foram 17 empreendimentos selecionados, de sete cidades, em cinco estados diferentes. A seleção do projeto foi norteada pela escolha de negócios de mulheres negras que fortalecem outras mulheres e contribuem para geração de renda em seus territórios.
As empreendedoras interessadas em participar da seleção podem se inscrever através de formulário disponível na página do Projeto Empreendedoras Periféricas. O cadastro será recebido até a próxima quarta-feira, 24 de março.
Empreendedoras Periféricas terá duas turmas em 2021
A primeira edição do Projeto Empreendedoras Periféricas foi em 2020. Na ocasião, Suelli Conceição, bióloga e CEO da YA OMI, empresa de fitocosméticos naturais, foi uma das empreendedoras selecionadas.
"Como dona de uma empresa de cosmética natural artesanal, uma microempreendedora, não teria forma alguma de sustentar nesse processo de pandemia sem o suporte oferecido pelo projeto para fazermos o capital de giro e conseguirmos atender o maior número de mulheres que fortalecem a iniciativa. Esse apoio é muito importante para conseguirmos manter as nossas atividades emergenciais, garantindo a nossa produção, e o fortalecimento da nossa cultura que é o fomento do auto cuidado."
Para Hellen Caroline dos Santos Sousa, fundadora de um negócio da comunidade de Fazenda Coutos, na Bahia, que produz o EcoCiclo, um absorvente 100% biodegradável, o projeto é um fôlego em meio a um momento tão delicado.
"Por conta desse recurso conseguimos colocar em prática grande parte do nosso planejamento que estava suspenso por conta da Covid-19."
Nas turmas de 2020, o aporte, de até R$9 mil por negócio, a depender do número de mulheres impactadas pelos empreendimentos, foi feito durante três meses. Além disso, as empreendedoras receberam capacitações técnicas online sobre gestão de negócios, educação financeira, inteligência emocional e comunicação.
Em 2021, o curso terá o mesmo formato, expandido para quatro meses e com aportes distribuídos nesse mesmo período. Estão previstas duas turmas para este ano, uma no primeiro e outra no segundo semestre.