Aprovada em 1ºlugar no CPII, Mariana conta como foi sua trajetória

Já imaginou, depois de muito estudo e dedicação, ser aprovado no tão sonhado concurso? Essa foi a realidade de Mariana Frasson, 33 anos, que após mudar a forma de encarar o concurso público, passou em 1º lugar para o cargo de assistente em administração do Colégio Pedro II.

Neste especial "Casos de Sucesso", FOLHA DIRIGIDA traz mais uma história inspiradora, que vai te dar um novo ânimo para os estudos.

Sem foco, sem resultado

Assim como muitos concurseiros, Mariana tentou vários concursos para várias áreas. No entanto, sem um planejamento de estudos, o resultado foi: reprovações. "Fazia as provas sem estudar. Comprava uma apostila em banca de jornal, dava uma lida e ia fazer a prova no 'seja o que Deus quiser'", lembra. 

A mudança ocorreu em novembro de 2018, quando ela decidiu parar de "atirar para todos os lados" e definir um foco. Foi a partir desse momento que Mariana mudou a forma de pensar o concurso público e conseguiu se organizar para estudar. "Escolhi a área administrativa, porque sou bacharela em administração e ex-bancária".

Mariana conta que após essa mudança de pensamento e postura, ela começou a estudar para o concurso de técnicos da Universidade Federal Fluminense (UFF).

Quase lá!

Agora com foco definido e se dedicando aos estudos, ela conseguiu se sair bem na prova da UFF, mas infelizmente não foi o suficiente.

"Fui muito bem na prova, mas a nota da redação me tirou das vagas. Fiquei muito triste por ter chegado tão perto e pensei em desistir várias vezes", contou.

A frustração por não ter conseguido ser aprovada fez com que Mariana colocasse em xeque o seu sonho. "Me questionava se a carreira pública realmente era para mim", lembra. 

Felizmente, Mariana não desistiu. Até que em maio de 2018, saiu o edital do concurso Pedro II. Dentre algumas opçoes, como o concurso da Unirio, ela resolveu tentar o do colégio federal.

Com rotina apertada, Mariana usava todos momentos disponíveis para estudar

Mariana trabalhava como bancária e largou a sua carreira para se dedicar à maternidade. Como o tempo que tinha disponível para estudar já era escasso, ela teve que abdicar de muitas coisas.

"Abri mão de tudo, fui radical, não tinha mais lazer, pois depois que abri mão da minha carreira de bancária para virar mãe em tempo integral, todos os momentos disponíveis eu tinha que aproveitar para estudar", declara.

Ela conta que não conseguia ter uma rotina definida, mas estudava sempre que aparecia tempo. No entanto, a dedicação de Mariana foi um dos pontos-chaves na sua aprovação. O mais difícil para ela, além do cansaço, foi ter que abrir mão de vários momentos com os filhos para se dedicar aos estudos. 

"Fiz curso presencial nos finais de semana e durante a semana assistia a vídeos aulas, fazia resumos, mapas mentais, revisão, simulados e muitos exercícios", contou.

Finalmente chegou o dia da prova. Após o período de dedicação aos estudos, Mariana lembra como foi a sua preparação pré-prova.

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"Fui uma das primeiras a chegar, e nos minutos antes de iniciar, tentei manter a calma, pensamento positivo, respirando fundo e tendo certeza de que estava preparada e que tudo que eu podia fazer, eu já havia feito", lembra.

Sensação de dever cumprido!

Quando a classificação final do concurso CPII saiu, Mariana teve uma surpresa: foi aprovada em 1º lugar. Ela diz que estava bem preparada para a prova, mas não imaginava que se classificaria em primeiro.

"Foi muita felicidade, lágrimas, sensação de dever cumprido! Eu já imaginava que tinha ido bem na prova, mas nunca tive a pretensão do primeiro lugar. Realmente foi uma ótima surpresa".

Mariana conta que tem pretensões em progressão de carreira no CPII: "Quero progredir dentro do Pedro II, iniciar logo um curso de capacitação, mestrado e buscar uma função de confiança". 

Por fim, Mariana deixou uma mensagem para quem desejar ingressar na carreira pública. Ela pede para que os concurseiros não desistam, pois o resultado depende de esforço e dedicação.

"Só posso dizer a todos os concurseiros que não desistam. Só não passa quem desiste. E não é o mais inteligente que é aprovado, e sim aquele que se esforça e se dedica mais. É possível sim. Se eu tivesse desistido no concurso da UFF, não teria sido aprovada no Pedro II, e ainda com o presente que foi o 1° lugar. A sensação de ver seu nome na lista dos futuros servidores públicos é surreal! Mantenham-se firmes e constantes, pois o resultado chega".