Como será o processo de autorização de concurso no governo Lula?
Responsabilidade da análise dos pedidos de concursos federais será do Ministério da Gestão e Inovação dos Serviços Públicos. Entenda!
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Publicado em:09/01/2023 às 14:25
Atualizado em:09/01/2023 às 14:25
Ao assumir a Presidência da República, no dia 1º de janeiro, Luiz Inácio Lula da Silva editou a medida provisória (MP) 1.154/23, que reorganiza a Esplanada dos Ministérios. A pasta da Economia, que até então era a responsável pelas autorizações de concursos públicos, foi desmembrada em quatro ministérios:
Ministério da Fazenda;
Ministério do Planejamento e Orçamento;
Ministério da Gestão e Inovação dos Serviços Públicos;
Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
Com essa nova estrutura, como ficam as autorizações de concursos públicos federais no governo de Lula?
A princípio, a atribuição de analisar os pedidos de novos concursos para efetivos e seleções para temporários ficará com o Ministério da Gestão e Inovação dos Serviços Públicos, liderado pela economista Esther Dweck.
De acordo com o Decreto nº 11.345, que determina a estrutura regimental desse Ministério, a pasta foi criada com a atribuição de estabelecer as diretrizes voltadas à gestão administrativa, à política de gestão de pessoas, à transformação digital.
Além de outras competências voltadas para uma maior eficiência, eficácia e efetividade do serviço público federal.
Lula reorganiza a estrutura da Esplanada dos Ministérios
(Foto: Divulgação)
Especificamente, a Secretaria de Gestão de Pessoas e Relações do Trabalho e seu Departamento de Provimento e Movimentação de Pessoal serão responsáveis por propor políticas, diretrizes e normas para:
Provimento de cargos;
Seleção dos servidores públicos e estagiários;
Concurso público;
Contratação por tempo determinado;
Movimentação de pessoal;
Planejamento e dimensionamento da força de trabalho;
Anistia, nos termos do disposto na Lei nº 8.878, de 11 de maio de 1994;
Empregados públicos da administração pública federal direta, autárquica e fundacional;
Redistribuição de cargos.
Ministra Esther Dweck assinará aval para concursos
O Departamento de Provimento e Movimentação de Pessoal também deverá "orientar, analisar e emitir manifestação técnica sobre demandas para a realização de concursos públicos e de processos seletivos para contratação de pessoal por tempo determinado".
Assim como "orientar, analisar e emitir manifestação técnica nos pedidos de movimentação para composição de força de trabalho no âmbito da administração pública federal direta, autárquica e fundacional e desta para empresas públicas, sociedades de economia mista, órgãos e entidades de outros poderes".
A Assessoria de Comunicação da pasta confirmou à Folha Dirigida nesta segunda-feira, 9, que as autorizações para novos concursos federais serão assinadas pela ministra de Gestão e Inovação dos Serviços Públicos, Esther Dweck, após análise dos setores internos.
"A autorização dos concursos públicos federais é atribuição do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos e a assinatura da autorização será feita pela ministra Esther Dweck".
Nos antigos governos do Partido dos Trabalhadores (PT) na Presidência da República, o aval para concursos era de responsabilidade do Ministério do Planejamento.
Governo Lula estuda autorização para novos concursos
Em dezembro de 2022, o coordenador técnico do Gabinete de Transição para o governo Lula e ex-ministro, Aloizio Mercadante, afirmou que novos concursos públicos estão em análise para a nova gestão.
A equipe de Transição reconheceu que o Governo Federal, nos últimos anos, perdeu servidores, que não foram repostos. Foram citadas áreas como Previdência e Tecnologia da Informação (TI).
Mercadante destacou que o novo governo analisará pontualmente a autorização de concursos e 'olhará com calma o que é absolutamente emergencial'.
"Quanto aos concursos, nós vamos analisar ponto por ponto. Tem agora um concurso para a Receita Federal, está aberto hoje, nessa situação que estamos descrevendo. Tem que olhar com calma para ver o que é absolutamente emergencial", disse, em entrevista coletiva no dia 6 de dezembro.