Auxílio emergencial: anúncio do calendário de pagamentos é adiado

Cronograma estava previsto para ser divulgado nesta sexta, 8

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Publicado em:08/05/2020 às 18:50
Atualizado em:08/05/2020 às 18:50

O ministro da Cidadania, Onyz Lorenzoni, não anunciou o calendário de pagamento da segunda parcela do auxílio emergencial, conforme havia prometido. A previsão era de que as datas fossem divulgadas nesta sexta-feira, 8.

Segundo o ministro, Bolsonaro é quem vai anunciar o cronograma. "Vai ser anunciado pelo presidente, ou no final de semana ou no início da semana, as datas de pagamento da segunda parcela", disse Onyx em entrevista ao programa do Datena.

O início do pagamento da segunda parcela do benefício estava previsto para o dia 27 de abril e o governo até chegou a anunciar que seria antecipado para o dia 23. No entanto, houve recuo na decisão de antecipar o crédito.

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Além disso, na última quinta-feira, 7, o ministro anunciou uma parceria com os Correios, a fim de ajudar aos brasileiros que têm dificuldade de acesso aos canais digitais. Nesta sexta, ele explicou que o acordo ainda está sendo fechado.

"A gente acredita que terça ou quarta-feira já tenha condições, que o acordo esteja assinado, porque isso vai gerar um custo para o Ministério", disse. No entanto, o anúncio da parceria fez com que muitas pessoas fossem às agências do Correios. 

Para esclarecer a situação, os Correios emitiram uma nota:

"A respeito do anúncio feito pelo Ministério da Cidadania, os Correios informam que a atuação da empresa em apoio ao Auxílio Emergencial ainda demanda ajustes em procedimentos e questões técnicas, a serem realizados em conjunto com o ministério. Dessa forma, as agências dos Correios ainda não estão aptas a realizar qualquer serviço relacionado ao Auxílio Emergencial. Mais informações serão divulgadas oportunamente."

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Auxílio emergencial
Governo adia anúncio do calendário de pagamentos do auxílio
(Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

 

Auxílio emergencial poderá ser ampliado

Na última quinta-feira, 7, o ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, admitiu aos deputados e senadores que o auxílio emergencial de R$600 poderá ser ampliado. Segundo ele, há concordância do ministério com a inclusão, entre os beneficiários, de mães adolescentes e de pais solteiros.

"Vai haver a sanção o mais rápido possível e esses dois aperfeiçoamentos serão, garantidamente, sancionados pelo presidente", disse o ministro em reunião virtual com a comissão mista do Congresso - que acompanha os gastos do Governo Federal durante a pandemia de Covid-19 (Coronavírus).

Durante a reunião, o ministro falou sobre o Projeto de Lei 873/20, que amplia a lista de beneficiários do auxílio emergencial de R$600. Segundo Onyx Lorenzoni, não há garantia de que o presidente Jair Bolsonaro sancionará sem vetos o PL.

O PL foi aprovado pelo Congresso em 22 de abril e inclui cerca de 30 novas categorias na lista de beneficiários do auxílio emergencial, entre elas: quilombolas, diaristas, garçons, cabeleireiros, agricultores familiares, entre outras.

No entanto, além das mães adolescentes e das famílias monoparentais, os demais não devem ter o benefício garantido. Para o ministro, as categorias já são atendidas e, por isso, o projeto deve ser aprovado com vetos.

Auxílio emergencial

Bolsonaro diz que ampliação não está prevista

No dia 27 de abril, o presidente Jair Bolsonaro disse que não há previsão de ampliação do auxílio emergencial de R$600, mas que, caso haja recursos, poderá ser "convencido" sobre isso.

A problemática apontada pelo presidente é o custo de cada parcela de pagamento. "Não está prevista a ampliação, até porque cada parcela está na casa, um pouco acima, de R$30 bilhões", disse. Sobre o projeto de inclusão de novas categorias, Bolsonaro acrescentou.

"Isso daí, por enquanto, não está previsto. Se houver necessidade, se nos convencerem e tiver recurso para tal, a gente estuda e defere ou não", disse.

Além da inclusão de outras categorias profissionais, o projeto estende a cota dupla do benefício - que, atualmente, é apenas para mulheres chefes de família monoparental - a mães adolescentes e pais solos. Esta medida, segundo Onyx Lorenzoni, deve passar.