Auxílio emergencial: Guedes confirma valores de R$175, R$250 e R$375

O ministro da Economia confirmou os valores do novo programa do auxílio emergencial; mães chefes de família monoparental não terão cota dupla, mas receberão o valor maior.

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Publicado em:08/03/2021 às 15:48
Atualizado em:08/03/2021 às 15:48

O ministro da Economia, Paulo Guedes, confirmou nesta segunda-feira. 8, os valores do novo auxílio emergencial. Conforme previsto, o valor do benefício vai depender da situação de cada família.

Em média, o auxílio será de R$250. No entanto, as mães solteiras — que receberam cota dupla no ano passado — receberão R$ 375, já os homens que moram sozinhos terão direito a R$175, e casais, R$250.

"(R$ 250) é a média, porque se for uma família monoparental dirigida por uma mulher é R$375. Se for um homem sozinho é R$175. Se for um casal já são R$250. A decisão da amplitude é do Ministério da Cidadania", disse Guedes.

Os beneficiários deverão receber pelo menos quatro parcelas e a expectativa é de que os pagamentos comecem ainda neste mês. Para isso, o governo aguarda a aprovação da PEC Emergencial, que será votada na Câmara nesta quarta-feira, 10.

O texto já foi aprovado no Senado, em dois turnos, na semana passada. A proposta não estabelece um valor do pagamento, mas fixa um limite de R$ 44 bilhões para os gastos totais do benefício. Após isso, o governo deverá publicar uma medida provisória com mais detalhes sobre o benefício.

 

Paulo Guedes
Guedes confirma valores do novo auxílio emergencial
(Foto: Edu Andrade/Ascom/ME)

 

Governo quer barrar novos inscritos no auxílio emergencial

Os novos pagamentos do auxílio emergencial deverão ser destinados apenas aos brasileiros que estavam recebendo o benefício em dezembro de 2020. Ou seja, as pessoas que perderam a renda em período mais recente não serão contempladas.

Segundo  informações do jornal Estadão, o governo não vê espaço para abrir um novo cadastramento e quer “aproveitar o que já existe”. No último mês do ano passado, 56 milhões de brasileiros recebiam o auxílio, o que, na avaliação da Economia, já é considerado um número robusto.

Dessa forma, estão sendo desenhados novos critérios para conseguir focalizar o benefício em um número menor de pessoas — cerca de 45 milhões. Técnicos do governo relatam que a demora para operacionalizar novos cruzamentos de dados seria um obstáculo para abertura de novas inscrições.

Pelo risco de muitos brasileiros ficarem sem renda mesmo com o novo auxílio, organizações da sociedade civil estão pressionando o Congresso a votar pela alteração da medida provisória que será editada pelo governo federal. 

Com isso, essas entidades visam conseguir mudar as regras de acesso ao benefício e determinar novos cruzamentos de dados e registros de vulneráveis, para garantir que ninguém fique sem receber. 

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