Auxílio emergencial será prorrogado caso haja 2ª onda de Covid-19, diz Guedes

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que, em uma nova onda da pandemia, prorrogação do benefício não é uma possibilidade, é uma certeza.

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Publicado em:12/11/2020 às 12:35
Atualizado em:12/11/2020 às 12:35

Se o Brasil tiver uma segunda onda de contaminação de Coronavírus, a prorrogação do auxílio emergencial - previsto para acabar em dezembro - é uma certeza, garante o ministro da Economia, Paulo Guedes. 

Nesta quinta-feira, 12, durante um evento do Dia Nacional do Supermercado 2020, promovido pela Associação Brasileira dos Supermercados (Abras), Guedes respondeu a uma pergunta sobre a possibilidade de prorrogação do benefício.

“Prorrogação do auxílio emergencial, se houver segunda onda, não é possibilidade, é certeza. Se houver segunda onda da pandemia, o Brasil reagirá como da primeira vez. Vamos decretar estado de calamidade pública e vamos recriar [o auxílio emergencial]”, afirmou.

O ministro explica que essa não é a expectativa atual, mas está sendo vista pela equipe econômica como uma contingência, uma espécie de plano 'B'. O governo pretende remover o benefício de forma gradual e retornar com o Bolsa Família.

“O plano 'A' para o auxílio emergencial é acabar em 31 de dezembro e voltar para o Bolsa Família. A pandemia descendo, o auxílio emergencial vai descendo junto. A renovação de auxílio emergencial não é nossa hipótese de trabalho, é contingência”, completou.

Caso surja a necessidade da prorrogação do auxílio, Guedes diz que a ideia é que os gastos sejam menores do que no primeiro enfrentamento da pandemia. “Ao invés de gastar 10% do PIB, talvez gastemos 4%”, frisou.

 

Paulo Guedes
Guedes confirma extensão do auxílio, caso haja segunda onda de Covid-19
(Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

 

Bolsa Família ou Renda Brasil?

A equipe econômica pretende que o encerramento do auxílio emergencial seja emendado ao Bolsa Família. No entanto, ainda está em estudo uma reformulação do programa, que foi criado no governo petista. 

Guedes fez algumas propostas sobre corte de despesas para financiar o Renda Brasil, que viria para substituir o Bolsa Família. No entanto, o presidente Jair Bolsonaro deu "cartão vermelho" e chegou a suspender as discussões.

“Politicamente, o programa (Renda Brasil) não foi considerado satisfatório pelo presidente. No meio da eleição, não era hora de ter essa discussão", explicou o ministro.

Sobre o valor do auxílio emergencial, Guedes afirmou que os R$600 ficaram acima do que ele esperava, que seria um benefício de até R$400. O ministro diz que o valor pode ter sido um "exagero", mas não se arrepende, pois, segundo ele, o auxílio foi importante para a reação da economia.

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No mês de setembro, o auxílio foi reduzido para o valor de R$300. A previsão é que sejam pagas mais quatro parcelas adicionais nesse novo valor, mas nem todos os beneficiários receberão todos os pagamentos.

Com o término do benefício em 31 de dezembro, quem teve aprovação depois de abril não vai chegar a receber a nona parcela. 

+ Confira o cronograma de pagamentos até dezembro

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