Bolsonaro afirma que auxílio emergencial deve voltar em março

Segundo Bolsonaro, o valor do auxílio ainda não foi definido, mas os pagamentos devem ser retomados em março e ter duração de três a quatro meses.

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Publicado em:11/02/2021 às 17:50
Atualizado em:11/02/2021 às 17:50

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira, 11, que o auxílio emergencial deve voltar a ser pago já em março. A informação foi dada durante uma entrevista coletiva no Maranhão. Bolsonaro participava de uma cerimônia no Centro de Lançamento de Alcântara para entrega de títulos de propriedade rural. 

"Está quase certo, ainda não sabemos o valor. Com toda a certeza, a partir... com toda certeza, pode não ser, a partir de março. Três a quatro meses, está sendo acertado com o Executivo e o Parlamento também porque temos que ter responsabilidade fiscal", disse o presidente. 

A expectativa é que o auxílio seja de R$200. No entanto, há tentativas no Congresso de que o valor do benefício seja maior. 

De acordo com Bolsonaro, o auxílio emergencial não pode ser permanente e não basta o pagamento do benefício. Na visão do presidente, o comércio precisa ser reaberto. 

"Tem que acabar com essa história de fecha tudo, tem que cuidar dos mais idosos e dos que têm comorbidade. De resto, tem que trabalhar. Caso contrário, se nos endividarmos muito, o Brasil pode perder crédito e a inflação vem. A dívida já está em R$5 trilhões, aí vem o caos", ressaltou. 

Na manhã desta quinta-feira, Jair Bolsonaro afirmou que a sua equipe estava estudando a extensão do auxílio emergencial "por mais alguns meses".

"No momento, a nossa equipe, juntamente com parlamentares, estudamos a extensão por mais alguns meses do auxílio emergencial. Que repito: o nome é emergencial. Não pode ser eterno porque isso representa um endividamento muito grande do nosso país."

Também nesta quinta-feira, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) cobrou que o ministro da Economia, Paulo Guedes, encontrasse uma solução imediata para a criação de um novo auxílio emergencial. 

“Urge que o ministro Guedes nos dê, com a sensibilidade do governo, uma alternativa viável dentro dos parâmetros da economia como ele pensa e como a sociedade deseja. A situação está ficando crítica na população e a gente tem que encontrar uma alternativa”, disse Lira. 

 

Jair Bolsonaro
Auxílio emergencial deve voltar a ser pago em março
(Foto: Divulgação)


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Câmara aprova pedido de urgência para socorro ao setor de Eventos

A Câmara dos Deputados aprovou, na noite da última quarta-feira, 10, um requerimento para votação, em regime de urgência, de um pacote de benefícios destinados ao setor de Eventos. O intuito é auxiliar o setor a reduzir perdas em razão da pandemia.

Em linhas gerais, o Projeto de Lei 5.638/2020 dá a opção de as empresas do segmento aderirem ao futuro "Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse)" e, assim, terem acesso a parcelamentos de débitos e novas linhas de crédito, entre outras medidas.

Com o requerimento , a proposta agora poderá ir a votação no plenário da Casa a qualquer momento, sem necessidade de tramitar pelas comissões, já que os relatores podem dar seus pareceres de forma oral.

Para isso, é preciso apenas que haja a decisão de inclusão da pauta por parte do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP). O PL tem oo deputado Felipe Carreras (PSB) como autor, além da deputada Clarissa Garotinho como coautora do requerimento de urgência.

"Socorrer essas empresas é salvar empregos. E, mais do que isso, está em jogo a preservação do setor como um todo, inclusive de uma cadeia enorme de prestadores de serviço e de fornecedores. Em abril do ano passado, logo no início da pandemia, um estudo do Sebrae mostrava que 98% do segmento fora afetado. Dez meses depois, dá para imaginar como ficaram esses negócios. E olha que alguns empresários fizeram de tudo para driblar os obstáculos, criando até modelo drive in para a realização de eventos", disse Clarissa. 

Apesar de o requerimento ter sido aprovado por unanimidade na Câmara, o vice-líder do governo Evair Vieira de Melo ressaltou que o Executivo apoiava o regime de urgência, mas não estava se comprometendo com o mérito. 

Presidindo a sessão, o deputado Marcelo Ramos (PL) argumentou que haveria negociação nos próximos dias. Se for aprovado na Câmara dos Deputados, o projeto de lei ainda precisará ser enviado para o Senado Federal. 

Nessa nova etapa, terá que ser aprovado novo pedido de urgência, caso contrário os senadores terão que apreciá-lo nas comissões daquela Casa.

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