Brasil gera mais de 142 mil empregos formais em 2020, diz Caged

O resultado divulgado pelo Caged é a diferença entre as contratações e demissões. No período, foram registradas 15.166.221 contratações e 15.023.531 demissões. 

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Publicado em:28/01/2021 às 12:20
Atualizado em:28/01/2021 às 12:20

Dados divulgados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) nesta quinta-feira, 28, mostram que o Brasil gerou 142.690 empregos com carteira assinada em 2020. O resultado é a diferença entre as contratações e demissões, sendo 15.166.221 contratações e 15.023.531 demissões no ano passado. 

De acordo com dados oficiais, esse foi o terceiro ano seguido com geração de empregos formais. No entanto, foi o pior resultado para um ano fechado desde 2017, quando foram fechadas 20.832 vagas com carteira assinada. 

Números do emprego (em vagas de trabalho) no Brasil em 2020

  • Janeiro: +117.245
  • Fevereiro: +225.117
  • Março: -272.808
  • Abril: -951.555
  • Maio: -367.227
  • Junho: -26.629
  • Julho: +137.691
  • Agosto: +243.336
  • Setembro: +317.378
  • Outubro: +390.727
  • Novembro: +397.321
  • Dezembro: -67.906

Mesmo com o crescimento dos empregos formais entre julho e novembro, o Ministério da Economia informa que ainda não houve recuperação das perdas registradas entre março e junho de 2020. No período, o Brasil registrou 1,618 milhão de demissões a mais do que contratações.

De julho a novembro, foram abertas 1,46 milhão de vagas com carteira assinada. Com o resultado positivo de janeiro e fevereiro, porém, o ano fechou no positivo. Já em dezembro, houve fechamento de vagas. Esse é um mês que tradicionalmente há demissões de trabalhadores com carteira assinada.

No último mês do ano passado foram fechadas 67.906 vagas formais. Em dezembro de 2019, por exemplo, as demissões superaram as contratações em 307 mil vagas.

Os dados do Caged também apontam saldo positivo no nível de emprego em quatro setores da economia: Indústria Geral (+95.588), Construção Civil +112.174), Comércio (+8.130) e Agropecuária (+61.637). O setor de Serviços teve queda, apresentando um índice de -132.584. 

As regiões do país que registraram mais contratações do que demissões em 2020, foram: 

  • Nordeste: +34.689 
  • Sul: +85.500
  • Centro-Oeste: +51.048
  • Norte: +62.265

Na região Sudeste, composta pelos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo houve mais demissões e ficou com o índice de -88.785. 

 

empregos de carteira assinada em 2020
Em dezembro de 2020 foram fechadas 67.906 vagas formais
(Foto: Divulgação)


O que + você precisa saber: 


11,5 milhões de brasileiros perderam o emprego em 12 meses

Um levantamento divulgado pela consultoria IDados, com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Trimestral, mostra que entre os meses de setembro de 2019 a setembro de 2020, 11,5 milhões de brasileiros saíram da população ocupada no setor privado. 

Por outro lado, nesse mesmo período, o setor público criou 145,4 mil postos de trabalho. Além da criação de vagas, o funcionalismo paga o dobro da iniciativa privada. De acordo com o IDados, a remuneração média dos servidores era de R$3.951 em setembro de 2020, enquanto o oferecido pela iniciativa privada era de R$2.032. 

"O ciclo de contratações do setor público acompanha muito mais o calendário das eleições do que a economia do país. Até porque os servidores, em sua maioria, têm estabilidade no emprego. E a demanda por serviços públicos, em momentos de crise, não diminui tanto quanto a demanda por serviços privados", explica Mariana Leite, pesquisadora do IDados. 

Com a queda do emprego privado, a participação do setor público no mercado de trabalho passou a rondar um patamar recorde. 

No trimestre encerrado em junho de 2020, por exemplo, a proporção de funcionários público chegou a 14,8% da população ocupada, percentual máximo já apurado desde que a Pnad Contínua começou a ser realizada, em 2012. Já em setembro, o índice apresentou um leve recuo, indo para 14,3%. 

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