O Censo dos Concursos Públicos 2024 apresenta dados que podem confirmar a consolidação do mercado de concursos como uma das principais portas de entrada para o serviço público no Brasil.
A pesquisa, que vai ao ar pela segunda vez, é baseada em uma extensa coleção de dados do Qconcursos. É um levantamento que oferece uma visão aprofundada das tendências, resultados e comportamentos dos candidatos ao longo do ano.
Em 2024, após o crescimento observado em 2023, o mercado de concursos públicos seguiu em alta, fortalecendo as expectativas para o futuro.
Para o coordenador acadêmico do Qconcursos, Ricardo Baronovsky, o ano de 2024 representou um período repleto de oportunidades em concursos públicos.
"Podemos listar dezenas de editais publicados, com destaque para o CNU (Concurso Nacional Unificado), TSE (Tribunal Superior Eleitoral) Unificado e Correios. Estes três certames trouxeram milhões de candidatos inscritos, com recorde para o CNU: 2,7 milhões de candidatos. É possível afirmar que 2024 marcou um dos principais anos em concursos, especialmente no âmbito federal."
O estudo traz informações detalhadas sobre editais, bancas organizadoras, desempenho dos concurseiros e perfis demográficos, com o objetivo de ajudar candidatos a traçarem estratégias mais eficazes para a aprovação.
O relatório é baseado em dados coletados de janeiro até outubro de 2024 e reflete as transformações e tendências que moldaram o setor no último ano, além de indicar as perspectivas para 2025.
Seja você é iniciante ou experiente na jornada dos concursos, o Censo dos Concursos 2024 pode ser uma excelente ferramenta para quem busca compreender o cenário atual e alcançar a aprovação.
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O objetivo do Censo dos Concursos Públicos 2024 é fornecer informações detalhadas que vão além dos números tradicionais. O estudo apresenta uma análise aprofundada do mercado e se torna um guia valioso para candidatos de todas as áreas.
Assim como no ano anterior, o levantamento destaca os editais mais esperados, os cargos com maior remuneração, as bancas mais difíceis e as disciplinas que desafiaram os candidatos.
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Além disso, aborda temas fundamentais, como a diversidade nos editais e o impacto das oportunidades em diferentes regiões do país.
Mas se engana quem pensa que o Censo 2024 é apenas uma contagem de dados. A ferramenta revela padrões e dinâmicas para compreender o universo dos concursos públicos.
O levantamento traz informações que vão além das estatísticas básicas, mostrando o impacto de aspectos como:
Com o material, os candidatos têm a oportunidade de entender melhor o mercado e identificar áreas de maior oferta para traçar estratégias e superar os desafios de alcançar a aprovação.
O Censo dos Concursos Públicos 2024 confirmou o crescimento contínuo no mercado, com destaque para o aumento de 30% no número de editais publicados em comparação com o ano anterior no período de janeiro a outubro. Foram mais de 13 mil concursos lançados, distribuídos entre as esferas municipal, estadual e federal.
Ao levar em consideração as regiões do país, em 2024 a concentração de concursos permaneceu no Sudeste e Sul, responsáveis por aproximadamente 65% do total.
A abertura de concursos no país teve destaque especialmente nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul.
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Já quando o assunto é a quantidade de vagas abertas, a distribuição por esfera aparece da seguinte forma:
Embora a quantidade de concursos estaduais tenha sido maior, a esfera municipal destacou-se na relação vagas por concurso, oferecendo mais de 60% do total de vagas.
O diretor acadêmico do Qconcursos, Luiz Rezende, define o ano de 2024 como um dos mais importantes da história dos concursos.
"Estou neste mercado desde 2001, quando comecei a estudar para concursos, e nunca vi um ano tão movimentado, reunindo, em um curto espaço de tempo, tantos concursos relevantes. Isso é um importante indicativo para o futuro, especialmente com a crescente adoção dos concursos unificados, que representam uma tendência significativa para outras áreas."
O levantamento revelou uma média salarial geral de R$4.100. E aproximadamente 75% dos salários não ultrapassaram R$5.000, evidenciando a necessidade de uma análise criteriosa das oportunidades disponíveis.
Cargos de procuradores, promotores e auditores foram novamente os que apresentaram os maiores salários, variando entre R$25 mil e R$39 mil.
O registro de oportunidade por nível de escolaridade teve um total de 45.847 vagas oferecidas. A ampla oferta reflete o esforço de diferentes esferas do governo em preencher lacunas no serviço público e atender às crescentes demandas da população.
Entre os níveis de escolaridade, a preferência por candidatos com ensino superior completo ficou evidente, representando 65,96% das vagas, com 30.241 oportunidades. Esse dado reflete uma tendência consolidada de valorização da qualificação acadêmica no setor público.
Para os candidatos com nível médio, foram oferecidas 9.664 vagas. Já para o nível fundamental, foram disponibilizadas 5.942 vagas. A diversidade nas exigências de escolaridade pode ser um indicativo de que os concursos públicos continuam a ser um caminho acessível para candidatos de todos os perfis.
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O Censo dos Concursos 2024 também revelou um panorama sobre as oportunidades ofertadas e as áreas de maior destaque nos concursos públicos ao longo do ano.
A análise detalhou a distribuição de vagas em níveis municipal, estadual e federal, refletindo as prioridades dos governos e as necessidades da população.
A área de Educação se consolidou como a principal geradora de vagas em 2024, representando aproximadamente 30% das oportunidades nos concursos municipais.
Cargos como professores para a educação infantil, ensino fundamental e médio dominaram os editais, evidenciando o compromisso das prefeituras em fortalecer a base educacional.
Nos concursos estaduais, o cenário foi ainda mais expressivo. Instituições como ETECs, Fatecs e universidades estaduais responderam por cerca de 40% das vagas estaduais, com foco na contratação de professores e técnicos administrativos.
Outra área que se destacou foi a da Saúde, que representou cerca de 25% das vagas municipais. Enfermeiros, técnicos de enfermagem, médicos e agentes comunitários de saúde foram os cargos mais ofertados.
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Em nível estadual, 15% das vagas foram destinadas à Saúde, incluindo profissionais médicos e técnicos de laboratório.
Já a Segurança Pública foi um dos pilares nos concursos estaduais, representando aproximadamente 35% das vagas. Concursos para policiais militares, civis, bombeiros e agentes penitenciários foram realizados em diversos estados, com o objetivo de reforçar o efetivo e melhorar a segurança nas localidades.
Quando o assunto é o âmbito federal, cargos administrativos lideraram a oferta de vagas, correspondendo a 50% das oportunidades. Instituições como o INSS e a Receita Federal, que já realizaram seleções e fizeram convocações para técnicos e analistas.
A área de Tecnologia da Informação (TI) também teve grande relevância, representando cerca de 20% das vagas federais. Profissionais como analistas de sistemas, programadores e especialistas em segurança da informação foram altamente demandados, refletindo o avanço da digitalização no setor público e a busca por maior eficiência nos serviços.
O Censo também traçou um retrato detalhado do concurseiro atual. Entre os 5.295 entrevistados, 50,9% eram mulheres e 48,9% homens, enquanto uma pequena parcela (0,2%) identificou-se como não-binária.
Ainda foi possível traçar um panorama abrangente sobre quem são os candidatos que buscam estabilidade e oportunidades no serviço público.
Os dados indicam que a maioria dos candidatos está na faixa etária entre 25 e 39 anos, representando 54% do total de respondentes. O destaque vai para a faixa de 25 a 29 anos, que sozinha abrange 19% dos participantes.
Outro dado interessante é a presença de jovens com menos de 20 anos, representando 4,73% dos respondentes, o que mostra um interesse cada vez mais precoce em concursos públicos como objetivo de carreira.
Esse perfil sugere que o concurso público tem sido percebido como uma meta sólida desde o início da vida adulta.
A pesquisa revelou também que a maioria dos candidatos é solteira (60,11%), enquanto 34,88% são casados. Esse dado sugere que a maioria dos participantes está em uma fase de vida que permite maior flexibilidade e dedicação aos estudos.
O nível educacional dos concurseiros é notavelmente alto: 85,28% possuem ensino superior completo ou em andamento, incluindo aqueles com pós-graduação. Essa qualificação elevada reflete uma preparação direcionada para concursos que exigem maior especialização, como nas áreas jurídica e fiscal.
A maioria tendo o nível superior pode impactar também em uma concorrência cada vez maior em cargos generalistas, que exigem nível superior em qualquer área ou até mesmo o nível médio.
A pesquisa aponta ainda que 14,13% dos concurseiros possuem apenas o ensino médio, concentrando-se em carreiras administrativas ou policiais, que possuem grande apelo e exigências mais acessíveis.
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As áreas Jurídica, de Tribunais, Policial e Administrativa dominaram a preferência dos concurseiros em 2024. Juntas, essas carreiras concentram 65% das escolhas dos candidatos, mostrando que a busca por cargos com estabilidade e altos salários continua em alta.
Essa concentração, entretanto, não diminui a diversidade de interesses, já que outras áreas também foram mencionadas, refletindo a amplitude de opções oferecidas pelo setor público.
Quando analisa a composição étnica, o estudo informa que 49,10% dos respondentes se autodeclaram brancos, seguidos por pardos (37,18%) e pretos (10,33%).
Os números apontam uma sub-representação dos grupos pretos e pardos em relação à população brasileira, reforçando a relevância de políticas afirmativas, como cotas raciais, para equilibrar o acesso.
Além disso, grupos como indígenas e amarelos têm participação limitada, com 0,19% e 1,79%, respectivamente, indicando que ainda há um longo caminho para uma maior inclusão desses segmentos.
Os dados mostram disparidades socioeconômicas significativas entre as etnias. Pessoas pardas, por exemplo, têm maior concentração na faixa de 1 a 3 salários mínimos (40%), enquanto brancos predominam nas faixas superiores de renda.
Esses dados reforçam a necessidade de políticas de inclusão que contemplem tanto a dimensão étnica quanto a socioeconômica, promovendo maior equidade no acesso ao serviço público.
A renda familiar de 35,84% dos respondentes está entre 1 e 3 salários mínimos, o que evidencia as limitações financeiras enfrentadas por uma parcela significativa dos concurseiros. Entre esses, 35,38% estão desempregados, reforçando o papel dos concursos públicos como alternativa para estabilidade econômica.
A pesquisa mostra que 61,67% dos respondentes estão empregados, enquanto 38,33% estão desempregados. Entre os que possuem uma ocupação, a maioria atua em cargos públicos (55,06%), seguido por 33,24% em empresas privadas e 6,78% em empregos informais.
A baixa representatividade dos que possuem negócios próprios (4,92%) reflete a preferência dos participantes pela estabilidade que o setor público oferece. Esse cenário reforça a relevância dos concursos como um meio de alcançar segurança financeira e melhores condições de trabalho, especialmente para aqueles fora do mercado formal.
A estabilidade continua sendo o principal motivo para a busca por cargos públicos, mencionada por 56,86% dos participantes. Em seguida, aparecem a remuneração (31,16%) e a vocação (8,48%).
Além disso, 80,17% dos concurseiros consideram assumir cargos fora do estado onde residem, demonstrando uma alta flexibilidade e disposição para alcançar o objetivo de aprovação no setor público.
Um dado positivo é que a maioria dos participantes mantém uma rotina de estudos regular: 86,79% estudam pelo menos três vezes por semana. Desse total, 43,65% estudam entre três e cinco vezes e outros 43,14% estudam mais de cinco vezes por semana.
Apesar dessa alta frequência, 28,62% relatam dificuldades em se organizar ou priorizar conteúdos, destacando a necessidade de ferramentas que ajudem na otimização do tempo e no aumento da eficiência dos estudos.
O estudo digital é uma realidade para a maioria dos concurseiros, com 49,07% utilizando exclusivamente o computador, 40,14% combinando computador e celular e 10,80% acessando apenas pelo celular.
Esses números reforçam a importância de as plataformas de estudo online oferecerem uma experiência otimizada para diferentes dispositivos, garantindo acessibilidade e eficiência nos estudos.
O levantamento revela que 43% dos respondentes começaram a estudar há menos de um ano, enquanto 57% possuem mais tempo de preparação, sendo que 12% dedicam-se há mais de seis anos.
Entre esses concurseiros experientes, 75% estão empregados e 78% ocupam cargos públicos, o que comprova a prática da chamada “estratégia da escadinha”. Essa abordagem consiste em conquistar cargos menores inicialmente, utilizando-os como trampolim para posições mais desejadas.
As bancas organizadoras desempenham papel fundamental na vida dos concurseiros, e os dados de 2024 reforçam isso.
Entre as 10 bancas mais resolvidas, o Cebraspe lidera com 214 milhões de questões solucionadas e um desempenho médio de 74,76% de acertos, consolidando-se como referência para concursos de alto nível.
Já o Instituto Quadrix, apesar de ter um volume menor de questões resolvidas, apresentou o segundo melhor desempenho entre as dez mais, com uma taxa média de 77,57% de acertos.
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Por outro lado, a FGV, conhecida por suas provas desafiadoras, foi a segunda mais resolvida, com mais de 94 milhões de questões respondidas, mas registrou o menor índice de acertos entre as principais bancas, com 64,02%.
O resultado reforça a necessidade de estratégias específicas para lidar com as peculiaridades dessa banca organizadora.
Outras bancas de destaque incluem:
Os dados ressaltam a importância de os concurseiros adaptarem seus métodos de estudo à banca organizadora, considerando as características e níveis de dificuldade de cada uma.
Verifique abaixo o ranking de desempenho dos candidatos ao resolverem as questões das bancas na plataforma do Qconcursos:
Entre os 10 institutos mais resolvidos, destaca-se a Prefeitura de Cachoeiro de Itapemirim (ES), que abriu concurso em 2024, sob organização do Cebraspe.
As questões do concurso da prefeitura capixaba registrou o melhor desempenho médio, atingindo 78,04% de acertos.
Na sequência, figuram:
No extremo oposto, o Exame da OAB apresentou o menor desempenho médio, com 61,06% de acertos, evidenciando a alta complexidade das provas da Ordem dos Advogados do Brasil.
Já as disciplinas com maior número de questões resolvidas também oferecem um panorama sobre as áreas de maior foco dos candidatos em 2024. Língua Portuguesa lidera em quantidade, com um desempenho médio de 68,72% de acertos - o segundo pior do ano.
Entre as disciplinas analisadas, destacam-se:
Por outro lado, Direito Processual Civil apresentou o pior percentual de acertos, com 68,64%, embora seja uma das disciplinas mais resolvidas, reforçando sua complexidade.
Os números do Censo 2024, combinados com a análise detalhada de bancas, institutos e disciplinas, oferecem uma visão ampla para os concurseiros que buscam aprimorar o desempenho.
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Entender essas tendências poderá permitir que os candidatos ajustem os métodos de preparação, potencializando os pontos fortes e trabalhando as dificuldades.
O panorama aliado à prática frequente de questões pode ser fundamental para aumentar as chances de sucesso no competitivo universo dos concursos públicos.
O diretor de Mentorias do Qconcursos, Fernando Mesquita, reforça o aspecto positivo de 2024 em relação à realização de concursos públicos e ressalta a importância de o candidato ter um direcionamento para conseguir a vaga.
“O ano de 2024 foi positivo para os concursos públicos. Quem estava esperando grandes editais não se decepcionou. Tivemos editais esperados há anos, como os da Caixa e dos Correios, que abriram muitas vagas e movimentaram o mercado. (...) No geral, foi um ano de boas oportunidades, especialmente para quem soube focar nas suas áreas de escolha. Afinal, ano nenhum é bom para quem não sabe o que fazer."
Com base nos resultados do Censo 2024, fica exposto que o mercado de concursos públicos segue em expansão, com oportunidades crescentes e um público cada vez mais preparado e diversificado.
O vice-presidente de Negócios do Qconcursos, Thomas Ferraz, revela o que espera do mercado de concursos públicos em 2025 e alerta para novas dinâmicas que devem ser introduzidas nos processos.
"Para o ano de 2025, as perspectivas para o mercado de concursos públicos no Brasil são extremamente promissoras, refletindo uma continuidade das tendências observadas em 2024 e introduzindo novas dinâmicas que fortalecerão ainda mais o setor."
A alta concorrência exige que os concurseiros aprimorem as estratégias de estudo e aproveitem as ferramentas disponíveis para alcançar a aprovação.
"Não há dúvidas de que será um grande ano. Todo ano para concursos é bom e ruim: bom para quem estuda e ruim para quem reclama", ressalta Fernando Mesquita
O cenário de concursos públicos em 2025 promete ser ainda mais dinâmico, com oportunidades crescentes nas áreas mais promissoras e desafios maiores devido ao aumento da concorrência.
Os candidatos devem se preparar com foco nas áreas de interesse, priorizando as disciplinas estratégicas e desenvolvendo habilidades em questões discursivas, cada vez mais exigidas.
Para aqueles que desejam se destacar, o uso de ferramentas tecnológicas, como simulados e planejadores personalizados, aliados à análise dos dados do Censo, pode ser o diferencial para alcançar a tão sonhada aprovação.
"Importante afirmar, por último, que o "aprovado" se constrói na fase "pré-edital", razão pela qual deve persistir nos estudos, ainda que o edital mirado não esteja tão aquecido", afirma Ricardo Baronovsky
