CNU 2025: o que muda da Cesgranrio para a FGV?

FGV é a banca do CNU 2025. Veja o que muda em relação à Cesgranrio e como adaptar seus estudos à nova banca.

Dicas para concursos
Autor:Júlia Sestero
Publicado em:16/06/2025 às 12:34
Atualizado em:16/06/2025 às 12:38

A escolha da Fundação Getulio Vargas (FGV) como banca organizadora do Concurso Nacional Unificado (CNU 2025) trouxe mudanças significativas nas provas. A decisão pegou muitos de surpresa e exige uma reformulação completa na forma de estudar. 


Segundo o mentor e professor do Qconcursos, Cláudio Gomes, a alteração tem impacto direto na preparação dos candidatos.

“A Fundação Getúlio Vargas, FGV, vai ser a banca agora do novo CNU, e há mudanças na forma de cobrança, a banca tem um perfil bem diferente”, afirma Cláudio Gomes.

A definição da banca organizadora é um momento decisivo para o candidato, pois ela determina o tipo de questão, o estilo da prova e até mesmo o nível de dificuldade esperado.

“Se você não se preparar para a banca que vai organizar o seu concurso, você terá muita dificuldade na hora da prova e pode ser que o seu desempenho seja muito ruim”, alerta Cláudio.

Ele ainda destaca que a FGV tem um histórico de provas exigentes e que esse padrão tende a se repetir no CNU:

“A FGV tem um nível acima em comparação com a Cesgranrio.”

A seguir, confira as principais mudanças esperadas com a transição da Cesgranrio para a FGV.

Cesgranrio x FGV: o que realmente muda?

A principal diferença entre as bancas está no estilo de cobrança. 


A Cesgranrio, responsável pela primeira edição do CNU, adota enunciados objetivos e linguagem mais direta, priorizando questões objetivas, de média complexidade e bem distribuídas entre os conteúdos programáticos.


Já a FGV é conhecida por um estilo mais exigente e interpretativo. 

“A Fundação Getúlio Vargas é uma banca que traz questões muito interpretativas, questões que apresentam muitos casos concretos, questões extensas, com enunciados longos, com o objetivo de fazer você ficar cansado e muitas vezes você perder tempo demais com determinada questão.”

Além disso, a FGV cobra conteúdos mais avançados, como jurisprudência em matérias jurídicas:

“Pensando em matérias do Direito, por exemplo, é uma banca que gosta de cobrar jurisprudência. [...] Não dá para você pensar em Fundação Getúlio Vargas e você ficar no básico, na lei seca.”

Por essas características, o mentor espera que a próxima prova do CNU tenha um grau de dificuldade mais elevado do que a primeira edição, organizada pela Cesgranrio.

“É um concurso que vai exigir um aprofundamento maior da sua parte. Desde já, se prepare pensando em um nível mais alto que o último CNU”, aconselha.

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CNU 2025 será organizado pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Veja como se preparar!

(Foto: Bruna Somma/Qconcursos Folha Dirigida)

Afinal, qual o perfil da FGV em provas?

As provas da fundação costumam trazer:

  • Enunciados longos e densos, com questões interpretativas;
  • Questões com maior grau de interdisciplinaridade;
  • Ênfase na aplicação prática dos conteúdos;
  • Uso frequente de jurisprudência e doutrina.

Com a mudança, é necessário adaptar a preparação, sobretudo na forma de interpretar os textos e desenvolver raciocínio crítico.

“Você precisa aprofundar realmente nos conteúdos e fazer muitas questões da banca Fundação Getúlio Vargas”, explica o mentor.

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Conteúdo programático: o que estudar agora?

Mesmo sem o edital publicado, o mentor orienta os candidatos a se basearem nas atribuições dos cargos e no edital anterior para montar o cronograma de estudos.

“O primeiro ponto é você pensar em quais áreas te interessam, quais cargos, veja as atribuições dessas carreiras que aparecerão no CNU, e já comece a encaixar matérias que estão vinculadas à carreira e foram cobradas no último CNU, porque esse vai ser o seu principal parâmetro”, orienta. 

Como os conteúdos que serão cobrados ainda não foram divulgados, o mentor traz uma previsão de disciplinas que devem ganhar prioridade na preparação. São elas:

  • Direito Constitucional;
  • Direito Administrativo;
  • Políticas Públicas;
  • Administração Pública e Geral;
  • Finanças Públicas (AFO);
  • Gestão de Pessoas.

Após a publicação do edital, realize adaptações no estudo e não se preocupe caso alguma disciplina que tenha estudado não seja cobrada. 

“Se você perceber que algumas matérias que você estava estudando não foram incluídas, tudo bem. Você vai aproveitar essas matérias para um outro concurso e, para o CNU, você vai retirar essas matérias”, explica.

Como estudar com foco na FGV?

A principal recomendação do mentor é intensificar o treino com questões da FGV:

“Você vai focar 100% na FGV. Vai pegar as questões mais recentes, interpretando o enunciado, buscando a resposta, saindo do enunciado já com a resposta e marcando o mais rápido possível cada uma das questões. Inclua exatamente aquelas principais matérias. Levando em consideração o CNU 1 e as atribuições do cargo.”

Ele também alerta sobre os erros comuns:

“Você tem que tomar muito cuidado no texto em si da questão. Às vezes a resposta que você está procurando você não achou porque você não interpretou o enunciado direito.”

E complementa:

“Tente sair do enunciado já com uma resposta. [...] Não vá para as alternativas sem saber para onde ir. ”

O que esperar da prova discursiva? 

Apesar da alta complexidade da prova objetiva, Cláudio avalia que a parte discursiva tende a ser mais previsível.

“A discursiva da FGV não é uma discursiva difícil. [...] A tendência é você alcançar uma nota máxima ou próxima da máxima.”

Mesmo com nível de dificuldade menor, a recomendação é treinar para a prova discursiva. 


A troca da Cesgranrio pela FGV muda completamente o cenário do CNU 2025. Com provas mais densas e exigentes, os candidatos precisam intensificar a preparação, focar em interpretação, aprofundar o conteúdo e resolver muitas questões da banca.


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Edital do CNU 2025 está previsto para julho

O cronograma oficial divulgado pelo Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI) prevê a publicado do edital e a abertura das inscrições no mês de julho.


Com a contratação da organizadora, o edital do concurso já pode ser finalizado e publicado.


Confira a seguir as datas previstas pelo MGI:

  • edital e inscrições: julho de 2025;
  • prova objetiva: 5 de outubro de 2025;
  • prova discursiva para os habilitados na objetiva: 7 de dezembro de 2025; e
  • divulgação dos resultados: fevereiro de 2026.

Até o momento, não há sinalização de mudança nesse cronograma.


Será publicado apenas um edital com nove anexos, sendo um por bloco temático, que correspondem às áreas de atuação do Governo Federal.

CNU 2025 terá novidade na estrutura das provas

Além da mudança na organizadora, o novo CNU terá uma novidade em relação à estrutura de provas. Agora, todos os candidatos realizarão a parte objetiva no dia 5 de outubro, no turno da tarde.


Somente os habilitados serão convocados para a prova discursiva, que ocorrerá em 7 de dezembro.


Dividir as provas em dois dias foi uma decisão baseada nos aprendizados da primeira edição do concurso, segundo o Diretor de Logística do CNU, Alexandre Retamal.


Ele explicou que as provas objetivas serão realizadas apenas no período da tarde, para facilitar a logística e também para poder ampliar o número de questões cobradas.


O diretor de Logística do CNU, porém, não informou qual será o número total de questões da prova. Os exames, assim como na edição de 2024, serão aplicados em mais de 220 cidades do país.

Concurso ofertará 3.652 vagas de níveis médio e superior

O Concurso Nacional Unificado de 2025 ofertará 3.652 vagas para cargos de níveis médio e superior, em 36 órgãos e autarquias federais.


Segundo a ministra da Gestão e Inovação, Esther Dweck, as vagas serão divididas entre preenchimento imediato e formação de cadastro de reserva:

  • Vagas imediatas: 2.480, sendo 1.972 destinadas ao nível superior e 508 ao nível médio;
  • Cadastro de reserva: 1.172 vagas, todas para cargos que exigem formação superior.

A ministra destacou ainda que a expectativa é de que o cadastro de reserva seja utilizado em curto prazo, ou seja, logo após a homologação do resultado final.


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No dia 2 de junho, o MGI confirmou algumas novidades do novo concurso. Uma delas é que serão nove blocos temáticos, um a mais do que a primeira edição.


O aumento é porque o CNU 2025 terá dois blocos para cargos de nível médio. A informação foi confirmada pelo diretor de Logística, durante o Seminário Internacional de Concursos Públicos, que ocorreu em Brasília DF.


Das 3.652 vagas confirmadas, 508 serão para cargos de nível médio, todas para provimento imediato.


"Estamos fazendo um trabalho para aprofundar mais os conteúdos de prova. Então entendemos que ter apenas um bloco de nível médio, já que temos carreiras que são da área de Saúde, iria prejudicar o aprofundamento e a qualidade da prova", disse Retamal.

Pela fala do diretor, um bloco de nível médio deverá ser direcionado aos cargos da área da Saúde e outro aos das Agências Reguladoras.


► Confira aqui a lista completa com os cargos confirmados na segunda edição do CNU!

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