Como iniciar o estudo para o concurso Senado? Especialista responde!

Professor de Direito Constitucional, Wellington Antunes, revelou uma forma estratégica para iniciar a preparação do novo concurso Senado.

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Publicado em:14/10/2019 às 13:00
Atualizado em:14/10/2019 às 13:00

Para Antunes, entre as disciplinas/áreas que merecem maior atenção estão:

  • Língua Portuguesa;
  • Direito Constitucional;
  • Direito Administrativo;
  • Regimento Interno;
  • Processo Legislativo;
  • Lei 8.112, Lei do Processo Administrativo.

O especialista destacou ainda a importância de Língua Portuguesa, que teve peso 2 nas últimas provas do concurso Senado. Com um detalhe: “além da prova objetiva com peso 2 em Língua Portuguesa, o candidato ainda tem uma redação”.

Senado tem concurso autorizado com 40 vagas
(Foto: Agência Senado)

 

Como é um concurso para o Poder Legislativo, o professor identificou que o candidato deve ter um conhecimento prévio sobre o tema. Isso porque as questões vão girar em torno desse assunto.

“Normalmente, a parte de Conhecimento Específico vem com peso diferenciado. O candidato tem que conhecer bem a temática, na Constituição por exemplo, do Poder Legislativo. O regimento interno e o processo legislativo”, ressaltou Antunes.

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Diferença de cobrança entre níveis médio e superior

A autorização para o concurso Senado é para preenchimento de 40 vagas imediatas mais cadastro de reserva. Desse total, 24 são para técnico legislativo, na especialidade de policial legislativo (nível médio e R$19.573,46).

Há ainda quatro chances para advogado (nível superior em Direito e R$33.003,05) e 12 para analista legislativo (nível superior em diversas áreas e R$25.764,85). Os valores incluem as gratificações e auxílio-alimentação.

Os servidores ainda têm direito a auxílio-transporte, assistência médica e odontológica, assistência pré-escolar, exames periódicos, além de capacitações. Em função dos salários e benefícios atrativos, o professor Wellington Antunes pressupõe que o concurso seja bem concorrido.

As últimas provas para ingresso de servidores na Casa, em 2012, foram organizadas pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). O professor classificou o nível de dificuldade como “compatível com o concurso”.

Para ele, hoje, não existe concurso fácil. Para qualquer cargo, a prova será exigente. Há, porém, diferença de cobrança para as carreiras dos níveis médio e superior.

Sobretudo nas disciplinas de Direito, o especialista identificou que a principal diferença entre os cargos de nível médio e nível superior é a cobrança de doutrina e jurisprudência.

“Nas provas de nível médio, as questões exploram mais a literalidade dos textos. Como por exemplo, em Direito Constitucional. Cerca de 80% das questões exploram a literalidade da Constituição e 20% a jurisprudência e a doutrina”, esquematizou Antunes.

Por outro lado, nas provas de nível superior, tais questões que abordam a literalidade reduzem para 50%. E o restante são direcionadas para doutrina e a jurisprudência.

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Método para iniciar estudos para o concurso Senado

Ao ser questionado sobre o que pode fazer a diferença para aprovação no concurso Senado, o professor respondeu que estudar o quanto antes. “Um estudo que envolva a teoria, muitos exercícios e revisão”. O que ele classificou como o método TER:

  • T (teoria);
  • E (exercício);
  • R (revisão).
Professor Wellington Antunes
(Foto: Arquivo Pessoal)

“O candidato precisa conciliar essas três partes. À medida que faz o exercício, vai anotando aquilo que tem dificuldade ou que errou. Assim, na revisão ele vai ao encontro dessas partes que teve dúvida”, especificou o especialista.

Na revisão, de acordo com Antunes, a prioridade deve ser aquilo que o concorrente teve dúvida ou errou.

De tempos em tempos, a recomendação também é fazer uma prova completa. Por exemplo, a última avaliação para policial legislativo do Senado Federal.

“Tudo que errar ou ficar em dúvida, anote. São os pontos que precisam ser retomados no estudo teórico e dirigido. Isso faz a diferença”, acrescentou.

Para todos aqueles que sonham com uma vaga no concurso Senado, Wellington Antunes deixou a seguinte mensagem:

“Nós estamos falando de um dos concursos mais cobiçados da administração pública federal, seja pelos benefícios, salários, estabilidade. Vale a pena todo o esforço. Uma dica muito importante é: não deem ouvidos para ‘esse concurso é só para quem é gênio’. A pessoa não deve se prender a isso”, concluiu.

O professor Wellington Antunes trabalha como consultor legislativo na Câmara dos Deputados. Isto é com o assessoramento legislativo, tanto aos parlamentares, como as comissões permanentes.

Assim como nas comissões especiais e no plenário da Câmara. “Trabalhamos na elaboração legislativa, como projetos de lei, PECs, estudos, pareceres”, detalhou.

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