Concurso Senado: tudo sobre a prova discursiva para analista

Especialista em provas discursivas dá dicas de como se sair bem na redação e na questão discursiva para o cargo de analista legislativo.

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Publicado em:21/11/2019 às 11:13
Atualizado em:21/11/2019 às 11:13

Atenção nas questões discursivas

Vivian comenta que a preparação para o concurso Senado ao cargo de analista deve ter foco não só na prova objetiva. Ela conta os riscos aos candidatos que deixam de lado a parte da avaliação discursiva da seleção.

Para ela, é importante treinar a resolução das questões discursivas, pois isso costuma ser o diferencial na classificação final. "O desempenho na prova discursiva fará toda diferença. Às vezes, o candidato se prepara muito para a prova objetiva e esquece a prova discursiva. Isso pode ser muito prejudicial."

Além disso, a professora falou sobre como a prova deve ser encarada pelo candidato no concurso. E comentou qual empresa poderá ser escolhida como organizadora da seleção.

"É uma prova que exige do candidato e que tem um peso. A sugestão é avaliar os critérios de correção da possível organizadora. Pela tradição, espera-se que seja a FGV."

Baseando-se na FGV como a empresa organizadora do concurso Senado, a especialista indicou o que é fundamental estudar para a avaliação. Ela apontou alguns temas que podem ser objeto de cobrança dos examinadores nas questões discursivas.

"Temas relacionados ao Direito Constitucional, mas voltados para o processo legislativo, os artigos da Constituição que tratam da medida provisória, de todo processo legilslativo, o processo de criação da lei desde que nasce um projeto de lei... Também obviamente com pitadas de conhecimento de Regimento Interno do Senado Federal", pontuou.

Concurso do Senado Federal oferece vagas para níveis médio e superior
Vivian Barros dá dicas para a prova discursiva do Senado Federal
para os cargos de analista legislativo (Foto: Divulgação)

No caso da Redação, Vivian fala do número de 25 linhas exigidos pela banca e dos possível temas que podem ser abordados. Para a especialista é importante estar atento aos assuntos da atualidade.

Vivian Barros ainda diz que os critérios de avaliação da FGV são muito claros, enumerados no edital e bem descritos para que o candidato tenha ideia do que o examinador realmente vai cobrar. E detalha características importantes que devem conter na Redação.

"Temos que ter em mente que o tipo de texto é o texto dissertativo-argumentivo. Então, esse texto exige uma opinião, que o candidato explicite, apresente de forma direta, clara, a posição acerca de determinado tema. E o argumentos que ele vai trazer para defender essa opinião precisam ser temas relevantes, precisam ser temas pertinentes para a discussão."

A professora ainda chama a atenção para a questão discursiva cobrada pela banca FGV nos últimos concursos. É importante obdecer a uma estrutura textual de introdução, desenvolvimento e conclusão.

"Eu sempre falo que essa característica é comum de um texto dissertativo-argumentativo, mas aqui na questão discursiva, para o examinador da FGV, essa estrutura rigorosa de introdução, desenvolvimento e conclusão também deve aparecer. Então, isso é muito importante. 

O que pode ser cobrado na parte discursiva da prova

Redação - O candidato deve estar atento à questões da nossa atualidade, o que acontece mundo contemporâneo. A banca deve querer saber a opinião do candidato sobre algo que está acontecendo no país.

Feita em texto dissertativo-argumentativo, a redação deve mostrar opinião do canditado acerca de determinados temas e quais argumentos defendem estes temas. É necessário que se traga uma alternativa ou solução para o tema proposto.

Discursiva - A prova trará questões de conhecimentos específicos. Por exemplo, Direito Constitucional relacionado ao processo legislativo. O candidato deve recorrer à Constituição Federal para estudar para este tipo de questão.

Segundo Vivian, a tendência é cair alguma questão ligada à Constituição, Processo Legislativo na Constituição e Processos regimentais.

Concurso terá 40 vagas para níveis médio e superior

A autorização para o concurso Senado é para preenchimento de 40 vagas imediatas mais cadastro de reserva. Do total, 12 são para analista legislativo, de nível superior em diversas áreas, com remuneração é de R$25.764,85. Os valores incluem as gratificações e auxílio-alimentação.

Há ainda vagas para policial legislativo e advogado.

Os servidores ainda têm direito a auxílio-transporte, assistência médica e odontológica, assistência pré-escolar, exames periódicos, além de capacitações. Em função dos salários e benefícios atrativos, o concurso promete ser bem concorrido.

As últimas provas para ingresso de servidores na Casa, em 2012, foram organizadas pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). O material pode ser consultado no site da FOLHA DIRIGIDA. [VIDEO id="9063"]