Concurso Bombeiros MG: tenente revela detalhes e prazo das provas
Em entrevista à Folha Dirigida, porta-voz do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, tenente Pedro Aihara, traz detalhes do novo concurso. Veja!
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Publicado em:08/07/2021 às 15:21
Atualizado em:08/07/2021 às 15:21
O Corpo de Bombeiros de Minas Gerais tem autorização para abrir um novo concurso com 166 vagas para nível médio. Desse total, 145 serão para soldados e 21 para oficiais com salários de até R$9 mil, no início da carreira.
Em entrevista exclusiva à Folha Dirigida, o porta-voz da corporação, tenente Pedro Aihara, revelou prazos para o edital e provas e ainda trouxe outros detalhes sobre o concurso Bombeiros MG. Confira a seguir!
De acordo com Aihara, o edital deve ser publicado em agosto com provas em dezembro. A intenção do Corpo de Bombeiros é que o curso de formação dos aprovados seja iniciado no primeiro semestre de 2022.
“A previsão está sujeita a algumas modificações. Por ser um processo público, tem a questão de licitação para escolha da banca, por exemplo. Mas estamos trabalhando com um calendário mais enxuto possível para promover o concurso ainda este ano”, afirmou o porta-voz.
A escolha da banca já está em andamento. Porém, Aihara não adiantou o nome das instituições participantes da licitação. Ainda não há um prazo definido para contratação da organizadora, porém, a estimativa é que isso ocorra em breve.
“Como a previsão é que o edital saia em agosto, estamos tentando fazer escolher a banca o mais rápido possível para que não tenha nenhum atraso”, disse o tenente.
Do total de oportunidades, o concurso Bombeiros MG terá 145 para soldados e 21 para oficiais. Em ambos os casos, para se candidatar será preciso ter o ensino médio completo, de 18 a 30 anos e altura mínima de 1,60m (para homens e mulheres).
Edital trará divisão das vagas para homens e mulheres
“Por força de lei, 10% das vagas são destinadas ao sexo feminino. No caso de oficiais, serão de duas a três vagas para mulheres e para soldados serão 14 ou 15 vagas destinadas ao sexo feminino”, garantiu Aihara.
O Corpo de Bombeiros oferece, em início de carreira, salário inicial de R$4 mil para soldado e de R$9 mil para oficial.
No caso da carreira militar no estado, não é pago auxílio-alimentação ou auxílio-transporte. O que está previsto na legislação é a concessão de adicional de desempenho a cada cinco anos de até 10%.
“Tem também o abono fardamento que é pago uma vez ao ano, que equivale a um terço da remuneração. Além do suporte médico, odontológico e psicológico, fornecido pelo Instituto de Previdência dos servidores militares”, acrescentou o porta-voz da corporação.
Concurso CBM MG: estrutura de provas deve ser mantida
Os últimos concursos Bombeiros MG foram compostos pelas seguintes etapas: provas objetivas, provas discursivas, teste psicológico, teste de capacitação física e habilidades natatórias e exame toxicológico.
Para carreiras específicas, como para o quadro de especialistas, é possível que outras fases sejam aplicadas, como uma prova teórico/prática. Independente da carreira, os aprovados em todas as etapas ainda são submetidos a um curso de formação.
Conforme informado pelo porta-voz da corporação, tenente Pedro Aihara, essa estrutura de provas deve ser mantida no próximo concurso.
“A tendência é que a gente mantenha a mesma estrutura com o curso de formação. O conteúdo programático das provas também deve seguir o padrão, englobando matérias de ensino médio mais o conteúdo de Direitos Humanos”.
Aihara ainda recomendou que o candidato “estude pelos editais anteriores, pois terá uma boa base do que pode ser cobrado”.
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O Corpo de Bombeiros tem a estimativa de convocar os 166 aprovados para o curso de formação no início de 2022. Todos serão chamados de uma única vez. Não há previsão de formação de um cadastro de reserva.
No concurso Bombeiros MG os aprovados são nomeados antes de ingressar no curso de formação. “Tanto para oficiais como para soldado, o aprovado no concurso já é considerado um militar durante o curso de formação e é remunerado”, explicou o tenente Pedro Aihara.
O curso de formação de soldados tem duração aproximada de sete a nove meses. Já o de oficiais dura três anos e funciona como um Bacharelado em Ciências Militares, com ênfase em gestão e prevenção de catástrofes.
“No caso de oficiais, o militar pode entrar com nível médio e sair com uma graduação”, frisou o porta-voz da corporação.
Lotação é escolhida após o curso de formação
Segundo o tenente Aihara, os concursos Bombeiros MG nunca são atrelados a uma cidade específica. A escolha da lotação só ocorre após o curso de formação.
“Próximo da formatura no curso de formação é feita uma análise de quais são os locais que mais precisam de pessoas. Os melhores colocados terão preferência para escolher a lotação entre as unidades disponíveis. Ao longo da carreira, sempre tentamos fazer um casamento da corporação e o interesse do militar para onde tenha algum vínculo”, explicou.
O novo concurso para o Corpo de Bombeiros de Minas Gerais tem dois objetivos. O primeiro é a reposição da força de trabalho. Há ainda a necessidade de equipar novas unidades da corporação que serão inauguradas.
“Para fazermos essa expansão precisaremos da capacidade humana, estamos terminando um curso de formação de 500 soldados, que já vão reforçar o efetivo desses locais. E, agora, foi autorizado pelo governo o novo concurso com 166 vagas para soldados e oficiais”, disse o tenente.
Ele completou: “Minas Gerais é o estado que mais tem municípios. Por isso, estamos sempre no movimento de inauguração de novas frações para conseguir diminuir o tempo de resposta. Estamos sempre tentando fazer concursos de forma regular para fazer frente a esse movimento de expansão".
Saiba as diferenças das carreiras de soldado e oficiais
Além da remuneração, quais serão as diferenças das carreiras de soldado e oficiais do Corpo de Bombeiros de Minas? Folha Dirigida levou esse questionamento ao porta-voz da corporação, tenente Pedro Aihara.
Por mais que os dois cargos tenham os mesmos requisitos, na prática as atribuições são diferentes.
“O soldado está relacionado as ações de busca, salvamento, resgate, atendimento pré-hospitalar. Mas, sob um aspecto de execução das atividades. É efetivamente quem mais vai estar na rua atendendo as ocorrências do Corpo de Bombeiros”, especificou Aihara.
Já os cargos de oficiais também envolvem as atividades de busca, salvamento, resgate, mas sob uma perspectiva de coordenação e gerenciamento.
“Serão aqueles militares que estarão comandando as operações e gerenciando soldados na execução das atividades. Ou então em setores estratégicos da corporação, definindo questões como planejamento, de logística e a parte financeira”.
Aihara definiu que trabalhar no Corpo de Bombeiros é dinâmico e muito fácil de a pessoa se encontrar. “Se ela gosta de Contabilidade e Finanças, tem um setor sobre isso nos Bombeiros. Se a pessoa gosta de mexer com Comunicação Social vai ter um setor que poderá desempenhar essa função”, detalhou.
A corporação dispõe de planos de carreira, em que os servidores podem ser promovidos por merecimento e antiguidade. “O militar também tem a possibilidade de fazer concursos internos e agilizar as promoções”, revelou o porta-voz.
Por fim, o tenente Pedro Aihara pontou que o novo concurso Bombeiros MG deve ser concorrido e deixou a seguinte mensagem aos candidatos: “Se prepare, pois a cada ano temos relações candidato/vaga mais apertadas. Estude e se prepare com afinco”.
Confira a entrevista na íntegra sobre o concurso Bombeiros MG
Folha Dirigida: Qual é a importância do concurso autorizado para os Bombeiros-MG com 166 vagas?
Pedro Aihara:Além de visar a questão da reposição, existe também um movimento de expansão da instituição. Hoje, nós atendemos todo estado, existem unidades em 76 municípios. E este ano nós estamos inaugurando mais 14 frações. Com isso, estaremos com presença direta em 90 municípios.
Para fazermos essa expansão precisaremos da capacidade humana, estamos terminando um curso de formação de 500 soldados, que já vão reforçar o efetivo desses locais. E, agora, foi autorizado pelo governo o novo concurso com 166 vagas para soldados e oficiais.
Minas Gerais é o estado que mais tem municípios. Por isso, estamos sempre no movimento de inauguração de novas frações para conseguir diminuir o tempo de resposta. Estamos sempre tentando fazer concursos de forma regular para fazer frente a esse movimento de expansão.
Como funciona a lotação dos aprovados nos concursos?
Próximo da formatura no curso de formação é feita uma análise de quais são os locais que mais precisam de pessoas. E aí podem ou não ser essas frações recém-inauguradas. Belo Horizonte, por exemplo, como concentra a maior parte administrativa, pode ter uma necessidade maior.
É feita uma análise na classificação do curso. As melhores colocadas terão preferência para escolher a lotação entre as unidades disponíveis. Ao longo da carreira, sempre tentamos fazer um casamento da corporação e o interesse do militar para onde tenha algum vínculo.
Os concursos nunca são atrelados a uma cidade específica. Essa escolha só ocorre após o curso de formação.
Essas 166 vagas vão suprir a atual necessidade de pessoal da instituição? Haverá formação de um cadastro de reserva? Há uma previsão de quantos vão figurar nesse cadastro de reserva?
Geralmente, os concursos do Corpo de Bombeiros não trabalham com cadastro de reserva. Mas, nada impede que futuramente tenha qualquer mudança nesse sentido.
Das 166 vagas, 145 serão para soldado e 21 para oficiais. Haverá distribuição dessas vagas entre homens e mulheres? Qual?
Sim. Por força de lei, 10% das vagas são destinadas ao sexo feminino. No caso de oficiais, serão de duas a três vagas para mulheres e para soldados serão 14 ou 15 vagas destinadas ao sexo feminino.
O senhor já revelou os requisitos: nível médio, de 18 a 30 anos e altura mínima de 1,60m. Não será exigida CNH? A altura mínima não será diferente entre homens e mulheres?
Exatamente. É a mesma altura para homens e mulheres. Não exige Carteira de Habilitação. Depois, com a entrada do militar no Corpo de Bombeiros, ele pode até fazer licenciamento e tirar a carteira pelo próprio CBM.
Sobre o cronograma do concurso, a previsão é de publicação do edital em agosto, com provas ainda em 2021. Isso se mantém? Há uma data definida?
A previsão se mantém, mas está sujeita a algumas modificações. Por ser um processo público tem questão de licitação para escolha da banca. Mas estamos trabalhando com um calendário mais enxuto possível para promover o concurso ainda este ano.
Nossa previsão é que o edital saia em agosto e as provas ocorram em dezembro. Com os cursos de formação acontecendo no início de 2022.
Já há uma banca organizadora definida? Em julho sairá essa definição?
A escolha da banca já está em andamento. Mas ainda não temos uma empresa escolhida, estamos na etapa inicial de definição de escopo das propostas.
Sobre as etapas do concurso, serão as mesmas do edital anterior? Ou seja, provas objetivas, discursivas, além de exames médicos, teste psicológico, teste de capacitação física e habilidades natatórias e exame toxicológico? Haverá um curso de formação?
Em relação ao formato está sujeito a algumas modificações. Mas a tendência é que a gente mantenha a mesma estrutura com o curso de formação.
A gente sempre sugere que o candidato estude pelos editais anteriores, pois terá uma boa base do que pode ser cobrado.
Sobre a prova objetiva, a estrutura e disciplinas serão as mesmas do último edital? O que pode adiantar sobre isso?
A tendência é que se mantenham as mesmas disciplinas e o conteúdo programático que engloba matérias de ensino médio mais o conteúdo de Direitos Humanos.
Qual é a previsão de conclusão do concurso e início do curso de formação? Já há uma previsão de contratação dos aprovados? Todos serão convocados de uma única vez ou será escalonado?
As turmas iniciarão no primeiro semestre de 2022. A intenção é que haja convocação dos 145 soldados e 21 oficiais de uma única vez.
Poderia falar um pouco das atribuições de cada carreira? Quais as principais diferenças entre o soldado e o oficial?
Na prática, o soldado está relacionado as ações de busca, salvamento, resgate, atendimento pré-hospitalar. Mas, sob um aspecto de execução das atividades. É efetivamente quem mais vai estar na rua atendendo as ocorrências do Corpo de Bombeiros.
Já os cargos de oficiais também envolvem as atividades de busca, salvamento, resgate, mas sob uma perspectiva de coordenação e gerenciamento. Serão aqueles militares que estarão comandando as operações e gerenciando soldados na execução das atividades. Ou então em setores estratégicos da corporação, definindo questões como planejamento, de logística e a parte financeira.
Quanto ao curso de formação, o de soldados tem duração aproximada de sete a nove meses. Já o de oficiais dura três anos e funciona como um Bacharelado com ênfase em Prevenção de Catástrofes.
Em ambos os casos, o aprovado no concurso já é considerado um militar durante o curso de formação e é remunerado.
O senhor também informou a remuneração desses novos servidores: R$4 mil para soldado e R$9 mil para oficial. Além do salário-base, a que outros benefícios esses servidores têm direito (auxílio-alimentação, auxílio-transporte, plano de saúde, etc)?
No caso da carreira militar no estado de Minas Gerais, não tem auxílio-alimentação ou auxílio-transporte. O que está previsto na legislação é a concessão de adicional de desempenho a cada cinco anos de até 10%.
Tem também o abono fardamento que é pago uma vez ao ano, que equivale a um terço da remuneração. Além do suporte médico, odontológico e psicológico, fornecido pelo Instituto de Previdência dos servidores militares.
Pode falar um pouco também do plano de carreiras dentro da instituição? Em quanto tempo se alcança o ápice da carreira?
Trabalhamos com promoções por merecimento e por antiguidade. Mas, todo militar que entra no Corpo de Bombeiros tem a possibilidade de atingir o último posto. É possível também fazer os concursos internos da corporação. Como curso de formação de sargentos, habilitação de oficiais. O militar terá oportunidade de fazer esses concursos internos e agilizar as promoções dele.
É possível um soldado ou oficial ocupar cargos de chefia no futuro?
Com certeza. Isso é o caminho natural dos militares. A medida que são promovidos, tenham uma experiência maior, podem ocupar os cargos de chefia.
Que mensagem pode deixar aos interessados no novo concurso?
Uma mensagem de estímulo. O Corpo de Bombeiros é a instituição com a maior credibilidade no país. Isso é fruto da nossa missão e da qualidade dos nossos servidores. Para mim, que estou no Corpo de Bombeiros há quase dez anos, é uma honra muito grande. É uma atividade muito gratificante, ter contato com a população, ajudar ao próximo.
É uma profissão dinâmica e muito fácil de a pessoa se encontrar. Se ela gosta de Contabilidade e Finanças, tem um setor sobre isso nos Bombeiros. Se a pessoa gosta de mexer com Comunicação Social vai ter um setor que poderá desempenhar essa função.
Sem falar que a carreira de militar tem suas próprias vantagens. Com uma estrutura de acompanhamento médico, além das facilidades para aposentadoria. Mas é importante que a pessoa se identifique com a carreira dos Bombeiros, que goste de ajudar o próximo, que seja resiliente, que saiba lidar com situações desafiadoras, enfim, que tenha vocação.
Se prepare, pois a cada ano temos relações candidato/vaga mais apertadas. Estude e se prepare com afinco.