Concurso Bombeiros-TO terá 115 vagas nos níveis médio e superior
Corpo de Bombeiros Militar do Tocantins confirma novo concurso com 115 vagas para soldado e oficial.
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Publicado em:06/02/2020 às 09:20
Atualizado em:06/02/2020 às 09:20
O Corpo de Bombeiros Militar do Tocantins confirmou o início dos preparativos para o seu próximo concurso. São oferecidas 115 vagas, sendo 100 para soldado e 15 para oficial. As carreiras exigem os níveis médio e superior, respectivamente.
Segundo informações da Assessoria de Imprensa da instituição, o concurso Bombeiros-TO 2020 já possui uma comissão formada, que realiza os estudos prévios para definir a banca organizadora e elaborar o edital.
Ainda não foi definida uma data para a abertura da seleção. O próximo passo será a definição de uma banca e, somente dois disso, uma cronograma de execução será apresentado.
Vale lembrar que o concurso já era esperado, após anúncio do governador do Tocantins, em dezembro do ano passado. Porém, inicialmente seriam concorridas somente 100 vagas.
Junto com as vagas do Corpo de Bombeiros, são esperada oportunidades também no concurso PM-TO, que vai somar mil oportunidades. Ainda não se sabe se os editais serão publicados juntos ou separados, como aconteceu nas seleções anteriores.
Segundo dados de 2016, a remuneração inicial dos soldados do Corpo de Bombeiros do Tocantins é de R$4.455,46. Já para o cargo de oficial, o vencimento inicial é de R$8.382,10. Os valores atualizados ainda não foram informados.
Além disso, os selecionados em concurso têm direito a benefícios como o auxílio-alimentação, hora extra, auxílio-natalidade, licença maternidade, licença por adoção, licença paternidade, auxílio-funeral.
A idade mínima é de 18 anos. Além disso e da escolaridade, para ser soldado ou oficial do Corpo de Bombeiros é preciso ter altura mínima de 1,63m, se do sexo masculino, e 1,60m, se do sexo feminino.
Último concurso Bombeiros-TO foi realizado em 2013
Publicado há quatro anos, o último concurso Bombeiros-TO contemplou somente a carreira de soldado. Foram concorridas 100 vagas, sendo 90 para homens e dez para mulheres. Os candidatos foram avaliados por meio de seis etapas:
1ª prova objetiva e prova discursiva, de caráter classificatório e eliminatório;
2ª teste físico, de caráter eliminatório;
3ª avaliação psicológica, de caráter eliminatório;
4ª exames médicos e odontológicos, de caráter eliminatório;
5ª investigação social, de caráter apenas eliminatório;
6ª Curso de Formação de Soldados, de caráter eliminatório e classificatório.
A primeira etapa compreendeu uma redação e 60 questões de múltipla escolha sobre Língua portuguesa, Raciocínio Lógico, Conhecimentos regionais e atualidades, Informática básica e Normas do CBMTO.
Concurso para soldados e oficiais foi pedido pelo MP-TO
O Ministério Público Estadual do Tocantins (MP-TO), por meio do Grupo Especial de Controle Externo da Atividade Policial (Gecep), ingressou com uma Ação Civil Pública contra o Estado do Tocantins em 2018 pedindo o concurso Bombeiros-TO.
Na época, a corporação já possuía apenas 554 bombeiros, quando o efetivo estabelecido em lei e em decreto estadual é de 1.772. Ou seja, a diferença configura em déficit de 1.228 bombeiros.
Além disso, O MP-TO afirmou que as informações coletadas pelo Gecep mostram que existe discrepância na distribuição do efetivo. Mais da metade da tropa está concentrada na capital, Palmas.
A cidade, que possui 18,4% da população total do Estado, agrupa 55% do efetivo. Ou seja, 301 policiais bombeiros. O está distribuído em sete cidades:
Araguaína – 46 bombeiros
Araguatins – 26
Colinas – 27
Dianópolis –17
Gurupi – 43
Paraíso – 35
Porto Nacional – 38.
A insuficiência e a má distribuição do efetivo fizeram com que 2.169 dos registros de ocorrência (10% do total) deixassem de ser atendidos pelo Corpo de Bombeiros entre maio de 2017 e maio de 2018, segundo informações oficiais.
“Além disso, é apontado pelo Gecep que existem centenas de vistorias dos Bombeiros em atraso, no que se refere à concessão de alvarás que atestem as condições de segurança de empresas, escolas, órgãos públicos e outros.”
O Gecep aponta ainda que, em razão da insuficiência, os bombeiros enfrentam sobrecarga de responsabilidades, que vão além de atender as ocorrências e realizar o trabalho preventivo e repressivo.
A Ação Civil Pública foi assinada pelos promotores de Justiça Paulo Alexandre Rodrigues de Siqueira, Rafael Pinto Alamy e Roberto Freitas Garcia, integrantes do Gecep.