Em recente entrevista ao portal UOL, o ex-ministro das Comunicações de Dilma Rousseff e do Planejamento de Lula, Paulo Bernardo, afirmou que o Correios não será privatizado.
Atualmente, Paulo Bernardo integra o grupo técnico de Comunicações da equipe de transição do novo governo. A decisão pela não privatização ocorre diante da necessidade de se criar uma outra empresa para atender regiões que não são interessantes para o mercado.
"Ninguém quer disputar o mercado da Amazônia. As empresas querem discutir a privatização dos Correios para tirar o concorrente do Rio e de São Paulo", disse Paulo Bernardo ao UOL.
Ainda segundo o ex-ministro, a equipe de Lula avalia todas as contas da empresa, como a despesa com os 85 mil funcionários e a distribuição de dividendos.
Vale ressaltar que, sem um novo concurso há mais de dez anos, a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos teve o seu quadro de pessoal reduzido este ano.
Sem investimentos nos últimos anos, o Correios viu sua força de trabalho diminuir. O último edital para carteiro, cargo com maior necessidade de pessoal, foi publicado em 2011.
Em 2012, os Correios pediram 13.727 vagas para o Ministério das Telecomunicações, sendo 10 mil para uma nova seleção e as demais para chamar os aprovados do ano anterior.
Já em 2016, sem essa promessa se cumprir, os Correios anunciaram cerca de 2 mil vagas. As oportunidades seriam para agente de correios, de nível médio, nas atividades de carteiro e operador de triagem.
As oportunidades seriam distribuídas pelos Estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Amazonas, Bahia, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pernambuco, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Distrito Federal.
As remunerações seriam de R$2.885,37 e de R$2.348,87, para carteiro e operador, respectivamente, já incluindo benefícios e adicionais. No entanto, quem atuasse também aos sábados receberia R$3.017,42.
Os Correios chegaram a elaborar um projeto básico do concurso. Nele, havia a previsão dos candidatos serem avaliados por meio de provas objetivas de:
Língua Portuguesa;
Matemática; e
Conhecimentos Gerais.
Além de teste de esforço físico e exame médico admissional (para os convocados). A seleção, no entanto, não saiu do papel.
Foram oferecidas 88 vagas para os níveis médio/técnico e superior. Foram contempladas as áreas de Medicina, Enfermagem, Engenharia e Segurança do Trabalho.