Concurso Diplomata 2020: prazo para edital segue em definição
Em nota enviada à FOLHA DIRIGIDA, o Itamaraty diz que ainda não há prazo fechado para publicação do edital do concurso Diplomata 2020.
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Publicado em:28/04/2020 às 13:39
Atualizado em:28/04/2020 às 13:39
O prazo de abertura do concurso para diplomatas em 2020 segue em definição. Em resposta à FOLHA DIRIGIDA na segunda-feira, 27, a Assessoria de Imprensa do Itamaraty disse que a data do edital ainda não foi fechada.
“Não há previsão de data para a publicação do edital de abertura de concurso para diplomatas em 2020”, consta em nota enviada à reportagem.
Em janeiro, o Ministério das Relações Exteriores confirmou a pretensão de realizar um novo concurso Diplomata este ano. Desde então, a pasta adota as medidas necessárias para divulgação do edital.
O número de vagas ainda não foi revelado. Para ser um diplomata é necessário ter nível superior completo em qualquer área. O salário inicial é R$19.657,06, incluindo R$19.199,06 de vencimento básico mais R$458 de auxílio-alimentação.
Por mais que não haja um prazo definido para o edital, o presidente Jair Bolsonaro garantiu a abertura do concurso para diplomacia em 2020 e nos demais anos do seu governo. Segundo ele, estão mantidos concursos anuais para ingresso no Instituto Rio Branco (IRB).
Itamaraty confirma pretensão de realizar novo concurso para
diplomatas em 2020 (Foto: Bruna Somma)
A posição de Bolsonaro foi defendida em maio de 2019, durante a cerimônia de formatura de novos diplomatas. Desde 1996, os concursos para carreira diplomática são abertos uma vez por ano, de acordo com informações do Instituto Rio Branco.
Diferente dos demais órgãos da administração pública federal, o Itamaraty não precisa solicitar aval do Ministério da Economia para abrir concursos. Isso consta no decreto do governo com regras para autorização de novos editais, publicado no ano passado.
O que é mais um ponto positivo para abertura do concurso para diplomacia. O mesmo acontece com a Advocacia-Geral da União (AGU), que está apta a prover cargos de procurador, sem requerimento à Economia.
Os concursos para ingresso na carreira diplomática costumam apresentar a mesma estrutura com até três etapas. No último edital, publicado em 2019, a oferta foi de 20 vagas imediatas.
O Instituto Americano de Desenvolvimento (Iades) foi a banca organizadora responsável por receber as inscrições e aplicar as provas. Ao contrário dos anos anteriores, em que o Cebraspe (antigo Cespe/UnB) ficou à frente da seleção.
A última seleção foi composta por três fases. Confira os detalhes a seguir:
Prova objetiva
A primeira fase do último concurso foi caracterizada por uma prova objetiva, de caráter eliminatório e classificatório, aplicada em todas as capitais do país. No total, os inscritos tiveram que responder a 73 questões, divididas da seguinte maneira:
Língua Portuguesa - 10 questões;
Língua Inglesa - 9 questões;
História do Brasil - 11 questões;
História Mundial - 11 questões;
Política Internacional - 12 questões;
Geografia - 6 questões;
Economia - 8 questões;
Direto e Direito Internacional Público - 6 questões.
Foi habilitado para próxima etapa quem obteve nota final na prova objetiva superior a 32,85 pontos.
Provas escritas Português e Inglês
Os candidatos com as melhores pontuações na objetiva foram para convocados para segunda fase do concurso Diplomata: as provas escritas, também de caráter eliminatório e classificatório.
O primeiro exame foi composto por uma redação de tema geral e dois exercícios de interpretação, análise ou comentário de texto. Os participantes ainda responderam a uma prova escrita de Língua Inglesa.
Nesse caso, foram cobrados: redação sobre tema geral, tradução do texto do Inglês para o Português, versão de um texto do Português para o Inglês. Além da elaboração de um resumo, em Inglês, e de um texto escrito em língua inglesa.
O concurso também teve a cobrança de provas escritas de outras disciplinas. Os habilitados responderam a perguntas sobre História do Brasil, Geografia, Política Internacional, Economia, Direito e Direito Internacional público, Língua Espanhola e Língua Francesa.
Os exames foram aplicados nas capitais com aprovados na primeira fase. Foi aprovado quem teve nota mínima de 60 pontos na prova de Língua Portuguesa, 50 pontos em Língua Inglesa e 360 pontos na soma das demais disciplinas.
Curso de formação no IRB
Os classificados em todas as fases do concurso ainda foram submetidos ao curso de formação de diplomatas no Instituto Rio Branco, em Brasília.
Em 2017, o então diretor-geral do IRB, embaixador José Estanislau do Amaral, identificou alguns princípios das aulas, em entrevista exclusiva à FOLHA DIRIGIDA.
"O principal objetivo do curso é aprofundar alguns conhecimentos em política internacional, economia e línguas estrangeiras. Além de ensinar outros aspectos como relacionamento com a imprensa e prepará-los, realmente, para a atuação no exterior”, disse o embaixador.
