A seguir, veja o número de vagas autorizadas para cada cargo e os postos em aberto:
- analista de gestão em saúde: 100 vagas autorizadas e 166 cargos vagos;
- pesquisador em saúde pública: 100 vagas e 283 cargos vagos; e
- tecnologista em saúde pública: 100 vagas e 255 cargos vagos.
Tais quantitativos podem ser ainda maiores. Isso porque 16% dos cargos de analista, 22% de pesquisador e 16% de pesquisador estão em abono de permanência, ou seja, contam com servidores em condições para aposentadoria.
O abono de permanência é um benefício pecuniário concedido ao servidor ativo, no valor equivalente à sua contribuição previdenciária, que opte por permanecer em atividade após ter cumprido todos os requisitos para aposentadoria voluntária, até completar os requisitos para a aposentadoria compulsória.
A Fiocruz também informou que 56% do seu quadro é composto por servidoras do sexo feminino, enquanto 44% é do sexo masculino.
O regime de contratação da Fundação Oswaldo Cruz é o estatutário, que garante a estabilidade empregatícia.
A maior parte dos servidores é lotada no Rio de Janeiro, mas também há unidades da Fiocruz no Distrito Federal, Pernambuco, Bahia, Amazonas, Minas Gerais, Paraná, Piauí, Mato Grosso do Sul, Rondônia e Ceará.
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Fiocruz tem aval para novo concurso com 300 vagas
(Foto: Andre Az/CCS)
Além dos três cargos com autorização para novo concurso, a Fundação tem vacâncias de assistente técnico de gestão em saúde; técnico em saúde pública; e especialista C&T Produção e Inovação em saúde pública.
A carência de servidores nessas funções pode favorecer novas autorizaçõesde concursos para a fundação.
Fiocruz não participará do Concurso Nacional Unificado
A Fiocruz confirmou à Folha Dirigida por Qconcursos que não irá aderir ao Concurso Nacional Unificado (CNU). Com isso, seguirá com os preparativos para publicar seu próprio edital, com as 300 vagas autorizadas.
Em nota enviada à reportagem, a Fundação Oswaldo Cruz reconheceu a importância da seleção nos moldes propostos pelo Governo Federal. Mas, por seus cargos terem muitas especificidades, decidiu por não aderir à proposta de centralização dos concursos.
“Apesar dos méritos da proposta do concurso unificado, especialmente no que tange à capilarização dos locais de aplicação de provas, o concurso da Fiocruz possui muitas especificidades e o direcionamento institucional é de viabilizar a organização própria para o concurso 2023 da Fiocruz”, disse a Fundação.
O Concurso Nacional Unificado é uma proposta do Governo Federal para centralizar os concursos autorizados este ano. A ideia é ter um único dia de aplicação das provas, no primeiro trimestre de 2024, em cerca de 180 municípios espalhados pelo país.
A adesão ao CNU é voluntária. Isto é, cada órgão ou ministério que recebeu autorização para preenchimento de vagas pode decidir se vai participar ou não da seleção unificada.
Essa decisão deve ser anunciada até o final deste mês de setembro, de acordo com o cronograma elaborado pelo Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI), que está à frente da organização do CNU.
Como a Fiocruz já confirmou que não vai aderir ao concurso unificado, deve seguir com os trâmites para o seu próprio edital. O que inclui, por exemplo, a escolha da banca organizadora.
Uma instituição será contratada para receber as inscrições do concurso Fiocruz e viabilizar a aplicação das etapas, como as provas objetivas.
Concurso Fiocruz deve ter novo edital até dezembro
O prazo para o edital do concurso Fiocruz consta na portaria que autoriza a seleção, publicada em 16 de junho deste ano, no Diário Oficial da União.
De acordo com a portaria, o edital deve ser divulgado em até 180 dias (seis meses) a contar da data de autorização. Assim, a publicação deverá ocorrer até 13 de dezembro deste ano (quarta-feira).
Ainda conforme o portaria autorizativa, a não publicação do edital de abertura do concurso público no prazo estabelecido implicará:
- na perda dos efeitos desta portaria; e
- no cancelamento do atesto de disponibilidade orçamentária para a realização do concurso.
O requisito para se candidatar aos três cargos do concurso Fiocruz é ter o ensino superior completo. Não há informações, a princípio, se serão exigidas graduações específicas.
Para os cargos de analista e tecnologia, as remunerações são de R$8.251,29. Já para pesquisador, são de R$9.145,37. Os valores incluem o vencimento básico, gratificação e auxílio-alimentação de R$658.
Os servidores ainda podem ter adicionais por titulações acadêmicas, como mestrado e doutorado.
Último concurso Fiocruz foi realizado em 2016
O último edital do concurso Fiocruz foi divulgado em 2016, com uma oferta de 119 vagas. Desse quantitativo, 58 foram para o cargo de pesquisador e 61 para técnicos. As funções exigiam os níveis superior e médio, respectivamente.
As oportunidades foram para lotação nos estados do Rio de Janeiro, Ceará, Rondônia, Pernambuco, Paraná, Bahia, Amazonas, Minas Gerais e Piauí, além do Distrito Federal.
Na época, a fundação ofereceu uma remuneração de R$3.418,81, para o técnico, e de R$7.159,06, para os pesquisadores.
Todos os candidatos foram avaliados por meio de provas objetivas. No caso dos pesquisadores, o concurso contou ainda com uma avaliação de títulos.