Concurso Jardim Zoológico de Brasília: diretor redesigna comissão
Defendido pelo Ministério Público de Contas do Distrito Federal, o concurso Jardim Zoológico de Brasília terá seus estudos atualizados.
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Publicado em:15/03/2021 às 10:30
Atualizado em:15/03/2021 às 10:30
O concurso Fundação Jardim Zoológico de Brasília (FJZB) voltou a ser objeto de estudo da instituição. Nesta segunda-feira, 15, foi redesignado o grupo de trabalho que ficará responsável pela atualização processual quanto à realização da seleção.
O grupo deverá estudar o concurso para o preenchimento de vagas existentes no quadro de pessoal da FJZB. A equipe terá 120 dias para apresentar o resultado desse estudo, sendo assim, até julho deste ano.
O grupo também deve estudar as possibilidade para propor uma reestruturação na instituição. De acordo com a Fundação Jardim Zoológico de Brasília, este seria o primeiro concurso.
O objetivo é que cargos técnicos, ocupados por comissionados, sejam assumidos por servidores efetivos. Esta é a segunda vez que um grupo é designado pela FJZB.
Em abril de 2020, uma equipe também foi formada para estudar a viabilidade do concurso, mas, após 120 dias, o resultado não foi divulgado, assim como a seleção não foi aberta.
Na ocasião, o MPC indicou a ausência da realização de uma seleção para a Fundação Jardim Zoológico de Brasília, que atualmente desempenha atividades técnicas com excesso de cargos comissionados e terceirizados.
Segundo o MPC DF, as atividades relacionadas aos cuidados com os animais advêm da atuação finalística da FJZB e requerem provimento de pessoal por meio de concurso público.
Após tomar conhecimento de suposta negligência no cuidado com os animais, o MPC solicitou informações à Fundação a respeito do quantitativo de servidores efetivos e comissionados, bem como de empregados terceirizados.
Em resposta, a FJZB informou que, à época, havia 32 servidores efetivos pertencentes ao quadro da Fundação, dez requisitados do GDF e 31 comissionados, totalizando 73 servidores públicos.
"Trouxe também dados relativos aos Contratos de Prestação de Serviços, de onde se pode constatar que trabalham no local 140 terceirizados. Ressalta-se a existência de 45 tratadores de animais terceirizados", ressaltou o MPC DF.
De acordo com o procurador-geral, Marcos Felipe Pinheiro Lima, grande parte das atividades típicas da FJZB é exercida, quase que exclusivamente, por comissionados sem vínculo efetivo com a Administração Pública ou por terceirizados.
"(Tal cenário) Indica uma ausência de implementação efetiva de um Plano de Carreira para servidores da Fundação Jardim Zoológico de Brasília, que, aos olhos do Parquet, pode estar relacionado com o grave problema de morte dos animais", disse o procurador.
Segundo o procurador, há indícios de violação aos princípios da legalidade, do concurso público e da eficiência, o que demanda atuação do TCDF, órgão técnico responsável pelo exercício do controle externo local.
Resumo concurso FJZB
Órgão: Fundação Jardim Zoológico de Brasília (FJZB)
Em 2013, por exemplo, foi apresentado um relatório de uma auditoria sobre as contas da FJZB referentes a 2012.
Na época, a Fundação Jardim Zoológico de Brasília apresentou uma tabela demonstrativa, contendo informações a respeito da formação do quadro de servidores da entidade ao final do exercício 2012.
Ao todo, mais de 50% dos cargos em comissão eram ocupados por funcionários sem vínculos com a Administração. Além disso, o documento já apontava a necessidade de um novo concurso.
"Há de se enfatizar também a necessidade de se realizar concurso, haja vista que o número de servidores efetivos do quadro da FJZB é exíguo, considerando que, ao final de 2012, havia apenas 29 servidores em atividade", diz um dos trechos do relatório.
Na ocasião, a FJZB relatou a carência de servidores. Em uma auditoria de contratos, a comissão de executores para acompanhamento foi formada por três profissionais, sendo dois comissionados e um efetivo.
Segundo a Fundação, a comissão com poucos efetivos era resultado da carência de servidores no quadro.
"Desde sua criação a Fundação Jardim Zoológico de Brasília não foi contemplada com a realização de concurso para o preenchimento de seu quadro de servidores efetivos", relatou a FJZB em 2015.
Desta forma, este pode ser o primeiro concurso Fundação Jardim Zoológico de Brasília. Em 2020, a força de trabalho da FJZB era composta por 71 servidores, sendo 41 efetivos e 30 sem vínculo efetivo.
"A proposta da reestruturação é para reorganizar o quadro técnico e melhorar a composição das equipes. A ideia, com a reestruturação, é aumentar o corpo funcional do Zoo para trazer mais agilidade nos setores", disse a Fundação.