Um novo concurso para o Ministério do Trabalho ganha cada vez mais força e pode ser autorizado, ainda este ano, pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos.
No momento, a pasta, que é comandada pela ministra Esther Dweck, realiza a primeira leva de autorizações. Segundo a titular, o MTE e outros órgãos estarão na segunda leva de anúncios.
No entanto, não apenas a carreira de Auditor-Fiscal do Trabalho (AFT) estaria no radar, mas também cargos administrativos e da área de Tecnologia da Informação (TI). A previsão é do secretário-executivo do Ministério do Trabalho e Emprego, Francisco Macena da Silva.
Desta forma, caso o concurso inclua a carreira administrativa, o cargo mais requisitado seria o de agente administrativo, de nível médio.
Isso porque o último concurso para o posto ocorreu em 2014, com 415 vagas distribuídas por diversos estados, incluindo o Rio de Janeiro (41).
Atualmente, a remuneração do agente administrativo é de R$3.881, incluindo gratificações e o auxílio-alimentação (R$458). No entanto, esse valor será ampliado, considerando o recente reajuste de 9% no vencimento dos servidores públicos federais.
Apesar da previsão do secretário-executivo, Esther Dweck já adiantou que o governo priorizará concursos de nível superior. No entanto, é possível que cargos de nível médio sejam autorizados, como é o caso da Fundação Nacional dos Povos indígenas (Funai).
Apesar da expectativa pelo aval para as carreiras administrativas, o concurso AFT é o mais esperado. Isso porque, segundo o Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho (Sinait), já há uma sinalização para isso.
No último dia 9, durante reunião com a categoria, o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, reconheceu a necessidade de um novo edital para a carreira, em meio ao déficit de servidores, que chega a ser superior a 45% da dotação legal.
O último pedido de concurso AFT enviado, que se tem conhecimento, é de 2020. Na ocasião, foram solicitadas 1.524 vagas de auditor-fiscal do trabalho.
A solicitação, que foi feita em 2022 pela Subsecretaria de Inspeção do Trabalho (SIT), não foi revelada. Apesar da falta de resposta, categoria e auditores-fiscais do trabalho seguem cobrando a realização do concurso AFT.
Como já relatado pelo Sinait, a carreira de auditor-fiscal do trabalho conta com 3.630 vagas, mas cerca de 40% do quadro está vago, já que há apenas 1.949 ativos.
O cargo tem o nível superior em qualquer área como requisito e uma remuneração a partir de R$21.487 (valor referente a 2019).
