Concurso MPU: agentes destacam importância da Polícia Institucional
Coordenadores-gerais da AGEMPU, que também são agentes de segurança, trazem a importância da Polícia do MPU e falam do concurso. Veja!
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Publicado em:04/04/2023 às 16:29
Atualizado em:31/07/2023 às 04:10
No ano passado, o procurador-geral da República, Augusto Aras, publicou a portaria que cria a Polícia do Ministério Público da União (MPU). Ele anunciou, inclusive, que um concurso para ingresso de policiais no órgão deverá ser realizado em 2023.
Segundo a portaria 202/2022, os atuais servidores que exercem funções de segurança no órgão e que estejam lotados em unidades de segurança passarão a ser denominados como agentes e/ou inspetores da Polícia do MPU.
Os coordenadores-gerais da Associação Nacional dos Agentes de Segurança Institucional do MPU e CNMP (AGEMPU) destacam a importância da criação da Polícia Institucional.
Para o coordenador Raul Loureiro Lopes Neto, a Polícia do MPU é uma exclusivamente institucional, criada para proteger os membros do órgão, seus servidores e patrimônio.
"O atual Procurador-Geral da República, em uma atitude pioneira, está deslocando a máquina do Ministério Público da União para a região Norte do nosso país onde há uma carência de estado e um excesso de criminalidade. Esse deslocamento transformará as coisas em uma região carente de Justiça", disse.
"Nesse contexto, a regulamentação da Polícia Institucional do MPU não regulamentará apenas mais um poder de polícia, ela regulamentará a proteção de Procuradores e Procuradoras da República na importante missão de combater a criminalidade na região", completou.
Já para o coordenador-geral Wesley Pereira Resende, a criação da Polícia do MPU resultará em resposta imediata para as demandas que até pouco tempo dependiam do auxílio de outras instituições.
"Após a real implantação, normatização, capacitação efetiva, descentralização da atuação policial para os Estados, nossos policiais auxiliarão sobremaneira na atividade finalística sendo a Polícia do MPU reconhecida pela Instituição e sociedade, assim como nossas coirmãs Polícia Judicial e Polícia Legislativa", afirmou.
Agentes buscam maior participação feminina nos concursos
Apesar da grande quantidade de mulheres nos quadros do MPU, na área de segurança a maioria dos agentes é do sexo masculino.
"No MPDFT nós temos agentes femininas que são respeitadas e estão na nossa linha de frente, fazendo um trabalho de excelência. Precisamos de mais mulheres", ressaltou o coordenador-geral da AGEMPU, Raul Loureiro Lopes Neto .
Para Laercio Bernardes dos Reis, que também é coordenador-geral da AGEMPU, a mudança de requisitos no cargo poderá aumentar a participação feminina. Assim como uma cota mínima para as mulheres.
"Alterando a categoria de D para B da CNH. Seria uma forma de aumentar as possibilidades de agentes femininas. Outra, seria determinar cotas no concurso público", afirmou.
Os então cargos de técnico de segurança institucional e transporte tinham como requisitos: ensino médio completo e Carteira Nacional de Habilitação (CNH) da categoria “D” ou “E”.
Os requisitos dos policiais devem ser confirmados em breve pelo órgão, com a regulamentação da carreira. Folha Dirigida entrou em contato com a Assessoria de Imprensa do MPU para apurar tais dados, mas ainda não teve resposta.
Com uma força de segurança própria, a ideia é reduzir a necessidade do apoio de policiais militares, civis e federais, além de soldados das Forças Armadas, para proteção de membros e servidores.
"Já está autorizada, estamos concluindo os estudos para implementação. Com isso, no próximo ano, iremos abrir concurso para termos pessoas qualificadas", informou o procurador-geral da República na sessão do dia 12 de dezembro.
A Polícia Institucional do Ministério Público da União incorporará os agentes do atual grupo de segurança. Mesmo assim, representantes da instituição calculam que a futura polícia terá que ampliar esse contingente em pelo menos 30%.
Pelos pedidos de aposentadoria e de desligamento, a Polícia poderá começar oficialmente com um terço a menos da quantidade das pessoas com que conta agora.
Frente a esse cenário, para repor as aposentadorias e chegar a um mínimo de 1,3 mil policiais será necessário realizar um concurso MPU.
O Ministério Público da União ainda não revelou prazos para o edital e provas. Para o coordenador-geral da AGEMPU, Laercio Bernardes dos Reis, a abertura do concurso é urgente e necessária, em função das mortes, aposentadorias e exonerações.
"Desde 2015 não acontecem concursos públicos no nosso segmento (segurança institucional). Últimas administrações do MPF optaram pela não realização de concurso público enfraquecendo a carreira e causando a precarização de nossas atividades".