Concurso PC RJ: deputados propõem criação de delegacia e mais efetivo

Indicação Legislativa propõe a criação da Delegacia Especializada de Repressão às Milícias Privadas do Rio. O que demandará mais policiais!

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Publicado em:22/03/2023 às 15:06
Atualizado em:22/03/2023 às 15:06

Para frear o crescimento da milícia armada no Rio de Janeiro, o deputado estadual Márcio Canella (UNIÃO) protocolou na terça-feira, 21, uma Indicação Legislativa para criação da Delegacia Especializada de Repressão às Milícias Privadas no Estado (DRMP).

O texto é assinado junto com o presidente da Assembleia Legislativa (Alerj), deputado Rodrigo Bacellar (PL). A Indicação foi enviada ao governador Cláudio Castro e publicada no Diário Oficial desta quarta, 22. 

Em resposta à Folha Dirigida, Márcio Canella explicou que a Delegacia Especializada irá reduzir os índices de violência e aliviar o trabalho sobrecarregado da Polícia. 

"O Rio de Janeiro vive um momento de crescimento absurdo de grupos paramilitares. Estão se espalhando em todas as regiões. Por isso, torna-se necessário termos uma Delegacia Especializada no Combate às Milícias.  Assim como, há na Estrutura da Polícia Civil outras Delegacias Especializadas para que melhor sejam investigados certos tipos de crimes, como por exemplo: Violência Contra à Mulher, Crimes de Internet, Combate às Drogas e etc, chegou o momento de termos uma Delegacia para investigar as Milícias no Estado".

O parlamentar destacou ainda que para criação da delegacia é preciso reforçar o efetivo da Polícia Civil do Rio de Janeiro. Com concurso em andamento, Márcio Canella frisou que buscará a convocação de todos os aprovados. 

"Existe um concurso em andamento, e farei um apelo, juntamente com o Presidente da Alerj, Deputado Rodrigo Bacellar, ao Governador sobre a possibilidade da convocação de todos os aprovados nesse certame", disse o parlamentar.

Viaturas da Polícia Civil do Rio de Janeiro
Deputados pleiteiam criação de nova Delegacia Especializada (Foto: Divulgação)

Os editais do concurso Polícia Civil RJ foram divulgados em 2021 com o total de 400 vagas imediatas. As oportunidades são para sete carreiras: auxiliar de necropsia, técnico de necropsia, investigador, inspetor, perito legista, perito criminal e delegado, com remunerações iniciais de até R$18 mil.

As etapas da seleção estão em andamento. 

Concurso PC RJ: governo anuncia ampliação de vagas

Em janeiro de 2023, o Governo do Estado confirmou o aumento de 161 oportunidades no concurso. A partir disso, a oferta passou para 561 vagas.

Confira a distribuição, as escolaridades dos cargos, e os valores dos salários:

  • Auxiliar de necropsia - 10 vagas (nível fundamental; R$4.606,29);
  • Técnico de necropsia - 10 vagas (nível médio; R$5.165,75);
  • Investigador - 200 vagas (nível médio; R$5.840,37);
  • Inspetor - 100 vagas (nível superior em qualquer área; R$6.380,29);
  • Perito legista - 87 vagas (nível superior em Medicina; R$9.924,06).
  • Perito Criminal - 38 vagas (nível superior na área; R$9.924,06);
  • Delegado - 116 vagas (nível superior em Direito; R$18.747,95).

As provas objetivas foram as primeiras etapas do concurso e aplicadas entre o final de 2021 e início de 2022. 

Novo TAF para o concurso PC RJ é confirmado

A Polícia Civil do Rio de Janeiro convocou mais de 2 mil candidatos do concurso PC RJ para um segundo teste de aptidão física (TAF). A aplicação ocorrerá entre os meses de março e abril, em datas diferentes a depender do cargo:

  • Auxiliar de necropsia: 18 de março;
  • Técnico de necropsia: 18 de março;
  • Investigador: 25 de março a 6 de abril;
  • Inspetor (primeira convocação): 19 a 25 de março;
  • Inspetor (segunda convocação): 7 de abril.

Os convocados deverão realizar os exercícios de: Flexão de cúbitos (braços); Flexão abdominal; Corrida de velocidade; Corrida de resistência. A metragem e o tempo são distintos para homens e mulheres, conforme os editais.

O novo teste de aptidão física do concurso PC RJ foi anunciado pelo governador Cláudio Castro no início de fevereiro. Para viabilizar a aplicação foi necessário assinar um termo aditivo ao contrato com a Fundação Getulio Vargas, banca organizadora, no valor de R$1.439.328.

Com o teste físico complementar, o governo do Estado busca ter mais candidatos aptos à nomeação em caso de vacâncias. O primeiro TAF do concurso foi realizado entre junho e o início de julho do ano passado.