Com concurso PC SP autorizado, governo revela déficit de 32%
Governo de São Paulo reconhece déficit de 32,4% de policiais civis e realiza estudos para abertura de novos concursos PC SP. Confira!
Autor:
Publicado em:22/03/2023 às 16:51
Atualizado em:22/03/2023 às 16:51
A Polícia Civil de São Paulo tem déficit funcional de 32,4%. Em resposta à Folha Dirigida nesta quarta-feira, 22, a Secretaria de Segurança Pública do Estado informou que a atual gestão tem adotado um conjunto de ações emergenciais para reduzir esse percentual.
De acordo com a pasta, estão em andamento estudos para realização de 'concursos extraordinários'. Em 2022, o então governador Rodrigo Garcia autorizou a contratação de mais 3.500 policiais civis. O que ainda não foi feito.
"A recomposição e a valorização do efetivo policial são prioridades do Governo do Estado. A atual gestão da SSP, desde que assumiu a pasta, tem adotado um conjunto de ações emergenciais para reduzir o déficit das polícias paulistas, que é de 32,4% na Polícia Civil. Estão em andamento concursos para a seleção de mais 8.559 mil policiais – sendo 2.750 para Polícia Civil. Também estão em andamento estudos para realização de concursos extraordinários", consta em nota enviada à reportagem.
As 3.500 contratações autorizadas pelo governo anterior estão distribuídas entre os seguintes cargos:
Delegado: 552 vagas;
Médico Legista: 116 vagas;
Perito Criminal: 249 vagas;
Investigador de Polícia: 1.250 vagas;
Escrivão de Polícia: 1.333 vagas.
Todas as carreiras exigem nível superior e oferecem salários de até R$12 mil.
Secretário planeja novos concursos PC SP para 2023
Ele reconheceu a carência de pessoal e que, em algumas regiões, delegados assumem a titularidade de mais de um distrito. O que, segundo Derrite, pode atrapalhar as investigações.
"Essa questão do delegado assumir titularidade de outros distritos é ruim para investigação, para atendimento de ocorrência. Então (estamos planejando) um pacote emergencial. Provavelmente ainda este ano nós teremos mais concursos, acontecendo simultaneamente", disse o secretário, em entrevista à TV Globo de Sorocaba/SP, no dia 25 de janeiro.
A ideia de Derrite é que os novos editais sejam divulgados ao mesmo tempo. De maneira que as inscrições e provas ocorram em períodos próximos.
"Entre lançar o edital, fazer o concurso, nomear e tomar posse, é um lapso temporal de uns dois anos. A gente quer, em caráter emergencial, lançar novos concursos para, em um prazo de dois anos, recompor o efetivo de todas as polícias", explicou.
Editais estavam previstos para o início de 2023
A proposta do governo anterior era que parte das 3.500 contratações autorizadas fosse para os concursos que estão em andamento (para os cargos de delegado, investigador e escrivão) e parte para novas seleções.
Em entrevista à Folha Dirigida no ano passado, o delegado diretor da Divisão de Administração de Pessoal (DAP) da corporação, Gilson Cezar Pereira da Silveira, explicou que a intenção era divulgar novos editais em janeiro de 2023. O que não aconteceu.
“A nossa perspectiva é lançar os editais no começo do próximo exercício (2023). Já para janeiro. Esse é o nosso planejamento”, disse o diretor, em entrevista realizada em setembro.
Estava em análise a ampliação de vagas do concurso aberto em 2022 e a quebra da cláusula de barreira (que impõe um limite de classificados em cada etapa). A partir disso, haveria a chance de mais candidatos serem nomeados.
A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo não se pronunciou sobre esse assunto, no último contato com a reportagem. A previsão era que uma decisão sobre a cláusula de barreira fosse tomada até outubro do ano passado.
“Se o jurídico e o governo aprovarem a ampliação das contratações do concurso de 2022, no próximo concurso (previsto para 2023) vamos trabalhar com o saldo, ou seja, as oportunidades que restarem para serem preenchidas”, informou o diretor da DAP.