Atualmente, o concurso da PF segue com inscrições abertas até o dia 17 de junho, após a prorrogação do prazo inicial. São mil vagas imediatas distribuídas entre os cargos de agente, escrivão, delegado, perito e papiloscopista.
Para delegado, são 120 oportunidades, com exigência de nível superior em Direito, experiência jurídica ou policial e salário inicial acima de R$27 mil.
A seleção é conhecida por ser uma das mais exigentes do país. E quem confirma isso é o próprio Adriano, que já passou por todas as etapas e conhece bem o desafio.
“É um concurso difícil de ser aprovado. O conteúdo é vasto e, ao mesmo tempo, exige conhecimento especializado e amplo. Além disso, há exames médicos, teste físico e o curso de formação na Academia Nacional de Polícia”, explica.
Ele destaca ainda que o diferencial do concurso da Polícia Federal está no grau de exigência, que vai além das provas teóricas.
Segundo Adriano, o processo seletivo é exaustivo e requer preparo completo: intelectual, físico e emocional.
Como se preparar para o concurso da PF?
Para quem quer garantir uma vaga, o professor e delegado ressalta que o primeiro passo é entender que a preparação precisa ser “global”.
“Não basta focar só na teoria. O candidato também precisa cuidar do preparo físico, já que o TAF é uma etapa eliminatória e costuma pegar muita gente de surpresa”, orienta.
Adriano também recomenda o uso de métodos ativos de estudo, como resolução de questões, mapas mentais e técnicas de memorização. Esses recursos ajudam o candidato a consolidar o conteúdo e melhorar o desempenho na hora da prova.
Outra diferença em relação às seleções estaduais, como para a Polícia Civil ou Polícia Militar, é o número reduzido de oportunidades ao longo do tempo.
“A PF costuma ter de dois a três concursos por década. É um concurso muito concorrido, com vagas escassas e salários bastante atrativos”, afirma.
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(Divulgação)
A carreira na PF começou ainda na faculdade
Adriano Barbosa conhece bem o caminho até a aprovação no concurso da Polícia Federal. Ele foi aprovado no concurso de 2001 e tomou posse como delegado da Polícia Federal em 2003, iniciando uma trajetória que transformou seu objetivo de carreira em realidade.
Antes disso, Adriano já acumulava outras aprovações importantes, como delegado nas Polícias Civis da Bahia e de Sergipe, além de ter sido aprovado para a carreira jurídica do Exército.
Segundo ele, a escolha pela Polícia Federal sempre esteve clara desde o início da graduação.
"Eu sempre quis ser delegado. Durante a faculdade, só prestei concurso para a área policial", conta.
Ele iniciou sua preparação ainda durante a graduação em Direito, mesmo tendo estudado inicialmente Economia. Trabalhando durante o dia e estudando à noite, manteve o foco no serviço público desde cedo.
Desafios da carreira e o que esperar da Polícia Federal
Ao longo da carreira na Polícia Federal, os desafios aparecem em várias frentes. Um dos primeiros, e que muitos concurseiros talvez não imaginem, é o impacto pessoal.
“A primeira lotação geralmente é em áreas de fronteira, regiões mais inóspitas, longe da família. Isso exige muita maturação e adaptação”, conta Adriano Barbosa, delegado da PF.
Mas os desafios vão além do pessoal. No exercício das funções, o delegado é responsável por conduzir investigações e operações policiais importantes — “aqui quem assina as decisões e se expõe é o delegado, que lidera a equipe e fundamenta as ações”, destaca Adriano.
O trabalho exige dedicação, ética e disciplina, quase um verdadeiro sacerdócio, onde o compromisso com a legalidade e a justiça são a base.
Quem sonha em passar no concurso da PF deve estar preparado para essa rotina exigente, mas também gratificante.
“É uma carreira muito honrosa, de uma instituição republicana que cumpre seu papel constitucional. Ser policial federal é fazer parte de algo maior”, reforça Adriano.
E a boa notícia para quem quer crescer na carreira: a PF oferece várias oportunidades. Todos os cargos policiais — agente, escrivão, papiloscopista, perito e delegado — contam com plano de carreira estruturado, que vai da terceira classe até a classe especial.
“Você faz cursos periódicos, provas para progredir, e há também chances de assumir chefias, participar de cursos internacionais. Eu mesmo morei dois anos em Bogotá, na Colômbia, representando a PF na Ameripol”, exemplifica Adriano, mostrando que a carreira também pode abrir portas para experiências únicas dentro e fora do país.
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Disciplina e foco desde o início da preparação
Conciliar trabalho e estudo foi uma das principais dificuldades enfrentadas. Mas a estratégia foi clara: manter uma rotina disciplinada e com propósito.
"Eu trabalhava de dia, estudava à noite e nos fins de semana. Sempre com disciplina, resiliência e foco no que eu queria: ser delegado da Polícia Federal."
A preparação foi intensa e começou ainda na faculdade, com um plano de estudo voltado não só para a formação acadêmica, mas pensando nos concursos da área jurídica e policial.
Adriano também reforça que a mentalidade fez toda a diferença:
"Eu levei comigo a ideia de que não é estudar para passar, é estudar até passar. E isso funcionou."
A estratégia deu certo. Com foco, disciplina e resiliência, ele superou as dificuldades e conquistou uma das vagas mais disputadas da carreira policial federal.
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O que fez a Polícia Federal virar desejo nacional
Adriano Barbosa ingressou na Polícia Federal em um momento de mudanças importantes para a corporação. Segundo ele, de lá para cá, a visibilidade da PF cresceu muito, assim como a concorrência nos concursos.
“Quando eu entrei, em 2001, a Polícia Federal já começava a se reorganizar internamente, mas ainda não tinha o protagonismo que tem hoje”, lembra.
O delegado destaca que, a partir de 2003, com a intensificação do combate ao crime organizado e à corrupção, a PF passou a ter mais destaque na mídia e reconhecimento social.
Esse novo cenário atraiu mais pessoas interessadas na carreira policial. A valorização também se refletiu nos salários, hoje entre os mais altos do serviço público federal.
“Isso deu muita notoriedade e, por consequência, aumentou o apelo pelo concurso PF”, reforça Adriano.
Em 2021, o concurso da PF reuniu mais de 140 mil inscritos, sendo quase 18 mil para a carreira de delegado. Já em 2021, a seleção reuniu pouco mais de 321 mil candidatos, dos quais 27,7 mil eram para a carreira de delegado.
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A conquista da posse e os primeiros anos na PF
A nomeação no concurso PF foi um dos momentos mais marcantes da vida de Adriano. À época, ele era tenente do Exército, já tinha uma carreira estável garantida até coronel, mas escolheu seguir o sonho de ser delegado federal.
“Eu estava no quartel quando soube da nomeação. Foi um choque de felicidade. Era o que eu mais queria na vida”, conta.
A primeira lotação foi no Mato Grosso, atuando em operações na fronteira e na selva. Ele relembra com orgulho a experiência:
“Foram dois anos intensos. E é isso que eu quero para os meus alunos: que vivam o sabor da conquista do cargo sonhado.”
O início da trajetória como delegado se deu na Academia Nacional de Polícia (ANP), em Brasília DF, uma das instituições de formação mais bem estruturadas do mundo, segundo Adriano.
O Curso de Formação Profissional (CFP) é a última etapa do concurso PF. Tem duração média de quatro a seis meses e exige dedicação total dos alunos.
“É um curso técnico e prático, com mais de mil horas de formação. Lá se aprende o essencial para exercer a atividade policial com excelência.”
Ao longo da carreira, os servidores da PF ainda passam por formações constantes. Adriano destaca que esse investimento é uma marca da corporação:
“Fiz dezenas de cursos. Estudei dois anos nos EUA, com tudo patrocinado pela Polícia Federal. Fiz mestrado, pós-graduação... A PF investe de verdade nos seus quadros.”
É importante destacar que o concurso da PF é composto pro diversas etapas, começando pelas provas escritas.
A seguir, veja a estrutura das provas do atual concurso Polícia Federal:
- prova objetiva - para todos os cargos;
- prova discursiva - para todos os cargos;
- exame de aptidão física - para todos os cargos;
- prova oral - somente para delegado;
- avaliação psicológica - para todos os cargos;
- avaliação de títulos - somente para delegado e perito criminal; e
- investigação social - para todos os cargos.
No concurso de 2025, a PF realizará as provas objetiva e discursiva no dia 27 de julho, em todas as capitais, incluindo o Distrito Federal.
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Rotina do delegado e dicas para a reta final de estudos
De acordo com o professor do Qconcursos, o dia a dia do delegado na PF é intenso e bastante focado em análise e investigação.
“É muito trabalho cerebral: estudar autos de inquérito, analisar provas, coordenar equipes de investigação e operações”, explica Adriano.
Essa rotina se assemelha à de um delegado civil, mas com um diferencial: na Polícia Federal, além da polícia judiciária, existem delegacias de polícia administrativa, que regulam áreas como controle de armas e segurança privada.
Para quem está se preparando, Adriano recomenda atenção aos detalhes do edital, que mantém a estabilidade dos concursos anteriores, com destaque para a inclusão da disciplina de direitos humanos, agora autônoma no programa.
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Quanto à preparação, a reta final é fundamental para fixar o conhecimento.
“No último mês antes da prova, o foco deve ser consolidar o que você já estudou. Técnicas como resolução de questões, mapas mentais e esforço ativo de memória são essenciais para estar preparado para o modelo da prova CESP”, orienta o delegado.
Para quem está na luta do concurso da PF, Adriano deixa um recado inspirador:
“Esforcem-se, foquem e dediquem-se. O concurso é a forma mais democrática de recrutamento e um dos mais esperados do país. Com estudo e disciplina, o esforço é recompensado. Uma vez dentro da PF, cumpra sua missão com dedicação, sempre guiado pela hierarquia, legalidade e compromisso com a instituição, que é maior que qualquer um de nós.”
