Concurso PF: 'não haverá interferência em investigações', diz Boudens

O presidente da Fenapef, Luis Boudens, comentou sobre a saída de Sergio Moro e sobre as possíveis de interferências nas investigações.

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Publicado em:24/04/2020 às 10:27
Atualizado em:24/04/2020 às 10:27

Após o anúncio das saídas de Sergio Moro como ministro da Justiça e Segurança Pública, e de Maurício Valeixo como diretor da Polícia Federal, a Federação Nacional dos Policiais Federais divulgou uma nota à imprensa. Nela, o presidente Luis Boudens garante que não haverá interferência nas investigações.

A afirmação de Boudens é com base nas declarações de Moro dadas em seu pronunciamento pela manhã. Nele, o chefe da pasta afirmou a intenção do presidente Jair Bolsonaro de ter um nome a frente da PF de sua confiança com o objetivo de ter acesso a informações e relatórios sobre a investigações em andamento.

Segundo Moro, isso teria pesado na decisão do presidente de exonerar o diretor da Polícia Federal. Moro ainda comentou que todo o imbróglio que culminou na saída de Valeixo foi por interferências políticas, e não no que diz respeito ao seu trabalho à frente da corporação.

Luis Boudens, em nota, afirmou que o presidente tem o direito de fazer mudanças na equipe, mas:

 “Isso não significa - e garantimos que não irá ocorrer - qualquer tipo de interferência nas investigações criminais da Polícia Federal”.

(Foto: Divulgação)
Presidente da Fenapef lamenta saídas e garante que não haverá 
​​​​​interferências políticas nas investigações criminais da PF
(Foto: Divulgação)

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Fenapef defende que PF não é polícia de governo, mas de Estado

Também em nota, a federação pontuou que sempre defendeu o fato da Polícia Federal ser uma polícia de Estado e não de governo. Dessa forma, sempre acreditará e defenderá que a corporação não será atingida por interferências políticas.

O presidente da federação ainda comenta que, além dele, os quase 15 mil policiais federais e toda a sociedade esperam que as trocas de chefias não alterem os valores e a missão da Polícia Federal, que, segundo Boudens, é:

“exercer as atribuições de polícia judiciária e administrativa da União, a fim de contribuir na manutenção da lei e da ordem, preservando o estado democrático de direito”.

A direção da Fenapef pontua que independentemente de quem ocupe o lugar de valeixo à frente  da PF, e o lugar de Moro à frente da pasta, espera que a Polícia Federal mantenha sua linha de autonomia e independência nos trabalhos e investigação.

A Fenapef comenta que Sergio Moro sempre cumpriu o seu papel como ministro, com dedicação e comprometimento, garantindo a independência da instituição. Por fim, elogiou o mandato de Valeixo e comentou que sua saída já era uma situação que se arrastava desde 2019.

"Um profissional sério e dedicado à Polícia Federal, manteve seu compromisso com os policiais federais até sua exoneração."

Witzel lamenta saída de Moro e Bolsonaro anuncia coletiva

Por meio de suas contas oficias do Twitter, Wilson Witzel e Jair Bolsonaro se manifestaram após o discurso de Sergio Moro, que marcou a sua saída do Ministério da Justiça e da Segurança Pública.

O governador do Estado do Rio de Janeiro lamentou a saída de Moro. Segundo Witzel, Moro tinha princípios que ele adotava em sua vida profissional, citando a missão de combater o crime.

reprodução twiter

Já o presidente da República, Jair Bolsonaro, usou o Twitter para comunicar uma coletiva de imprensa para a tarde desta sexta-feira, 24, às 17h.

"Hoje às 17h, em coletiva, restabelecerei a verdade sobre a demissão a pedido do Sr. Valeixo, bem como do Sr. Sérgio Moro."

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