À espera de novo concurso, PM MT tem média de 1.500 cargos vagos
Sem novos concursos PM MT e chamada de aprovados, Polícia Militar do Mato Grosso registra cerca de 300 baixas por ano. Entenda!
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Publicado em:31/03/2021 às 10:56
Atualizado em:31/03/2021 às 10:56
Sem contratar aprovados em concursos desde 2015, a Polícia Militar do Mato Grosso registra cerca de 1.500 cargos vagos. O déficit foi ressaltado pelo secretário de Estado de Segurança Pública, Alexandre Bustamante, em entrevista à rádio Conti, na segunda-feira, 29.
De acordo com o titular da pasta, uma média de 300 profissionais deixam a corporação por ano, seja por aposentadorias, mortes, exonerações ou desligamentos em geral.
“O estado de Mato Grosso cresce 10% ao ano em média. Já na segurança nós temos, fazendo um recorte na Polícia Militar, por exemplo, uma média de inativação de 300 profissionais por ano, entre aposentadorias, mortes e expulsão. Desde que foram chamados os últimos policiais, em 2015, temos até hoje uma média de baixa de 1.500 homens”, disse o secretário.
Bustamante ressaltou que o Estado está ciente da necessidade de novos concursos PM MT para suprir as vacâncias. Porém, o orçamento é um entrave para publicação dos editais. A tendência é que isso ocorra após a pandemia.
“Não temos orçamento hoje para fazer concursos, até porque o foco do Governo é o combate à Covid-19. Depois que passar a fase mais crítica da pandemia, poderemos planejar isso”.
Polícia Militar do Mato Grosso tem déficit de 300 profissionais
por ano (Foto: Divulgação)
Ao mesmo tempo, o governo estadual estuda alterativas tecnológicas para a Segurança Pública, para amezinhar o déficit funcional.
“Estamos estudando o assunto, vendo a possibilidade de incorporar o quadro, mas também buscando alternativas tecnológicas dentro da segurança pública, de forma que a falta de profissionais seja amenizada, não para substituir, mas para agregar, com câmeras, entre outras tecnologias”, finalizou Bustamante.
No final de 2018, a Polícia Militar e os Bombeiros de Mato Grosso chegaram a formar uma comissão para o novo concurso de oficiais. No entanto, os preparativos para seleção não chegaram a avançar.
Deputados aprovam orçamento para concursos MT
No início deste ano, deputados estaduais aprovaram uma emenda ao Orçamento do Estado para 2021 que garante recursos financeiros para realização de concursos. A emenda foi elaborada pela Comissão de Segurança Pública e Comunitária da Assembleia Legislativa.
“Denota-se que as forças de segurança do Estado de Mato Grosso apresentam considerável déficit de servidores, situação essa que tem prejudicado a prestação de um serviço adequado e eficiente a população, apesar desta área (segurança pública) se constituir como um dever do Estado”, disse a Comissão de Segurança.
De acordo com a Lei Complementar 173/2020, só é possível realizar concursos até o final do ano para reposição de cargos que estão vagos. Para PM e Bombeiros MT há cerca de 6 mil cargos aptos para preenchimento.
Vale ressaltar que nem todas as vacâncias poderão ser oferecidos inicialmente nos concursos PM e Bombeiros MT. Uma vez que cada corporação deverá fazer um estudo para definir o número de vagas e a viabilidade para as nomeações.
A reserva no Orçamento também não é uma confirmação que os concursos serão realizados, sobretudo porque os recursos estão destinados ao combate da pandemia. Porém, já é um indício de que as seleções estão no radar do governo.
Com a possibilidade de novos concursos para PM MT, a recomendação é iniciar os estudos.
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O Corpo de Bombeiros e para Polícia Militar de Mato Grosso realizaram seus últimos concursos públicos em 2012. A oferta foi de 30 vagas para oficiais, sendo 27 para homens e três para mulheres.
Além da escolaridade, foi preciso ter idade entre 18 e 25 anos de idade na data da matrícula e altura mínima de 1,67m para o sexo masculino e 1,57m para o feminino.
A banca organizadora foi a Covest, Diretoria de Concursos e Vestibulares da Universidade do Estado de Mato Grosso. Os concorrentes foram submetidos a prova objetiva, avaliação física. Além de avaliação psicológica, avaliação médica e odontológica e investigação social e funcional.
A prova objetiva abordou as disciplinas de: Física, Biologia, Matemática, Geografia, Língua Estrangeira, Química, História, Língua Portuguesa e Literatura. Os aprovados nas etapas ainda passaram pelo curso de formação.
Os salários, na época, eram de R$3.548,94 durante o curso de formação e de R$5.467,94 após a conclusão.