Concurso Polícia Penal SP: governo envia PEC que regulamenta carreira

Governado de São Paulo encaminha à Assembleia Legislativa PEC para regulamentação da Polícia Penal do Estado. Entenda!

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Publicado em:10/06/2022 às 11:40
Atualizado em:10/06/2022 às 11:40

A Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que regulamenta a Polícia Penal do Estado de São Paulo, foi enviada à Assembleia Legislativa pelo governo, na última quinta-feira, 9.

O texto, assinado pelo governador Rodrigo Garcia, visa adequar a Constituição Estadual à Constituição Federal, que sofreu alteração com a inserção da Polícia Penal como órgão de segurança pública.

Com a promulgação da Emenda Constitucional nº 104 de 2019, foram criadas as polícias penais federal, estaduais e distrital. Cabe a cada estado propor leis para reconhecimento da carreira.

A ideia é que a Polícia Penal de São Paulo seja regulamentada como órgão de segurança pública, vinculado à Secretaria de Administração Penitenciária (SAP SP).

“Vou criar condições para que o Estado realize esse sonho de criar a Polícia Penal de São Paulo. Eu estou há muito tempo servindo o meu estado e, durante esse período todo, acompanhei a luta em relação à Polícia Penal, à ampliação do quadro da Secretaria da Administração Penitenciária, com a contratação de mais agentes, e à valorização salarial. Hoje estamos assinando, com muita responsabilidade, a PEC que cria finalmente a Polícia Penal de São Paulo”, disse o governador Rodrigo Garcia.

Desde 2021, tramitam na Assembleia Legislativa de São Paulo PECs para regulamentação da Polícia Penal. Porém, os textos são de autoria de deputados. 

Agora, a proposta encaminhada é de autoria do Poder Executivo. O que não abre brecha para vício de iniciativa. 

Governador Rodrigo Garcia assina PEC para regulamentação da Polícia Penal SP
Governador Rodrigo Garcia assina PEC para regulamentação
da Polícia Penal SP (Foto: Felipe Augusto/Alesp)

Depois que a PEC for publicada no Diário Oficial para conhecimento de todos, passará por análise nas comissões permanentes, antes de seguir para votação em Plenário.

Ainda não há prazo para que o processo seja concluído, porém a presidência da Alesp acredita que não deve ultrapassar dois meses, uma vez que é de interesse da sociedade e que a medida tem apoio da maioria dos deputados e deputadas.

A proposta é que o quadro da Polícia Penal seja preenchido por meio de concurso público. Os atuais agentes penitenciários e agentes de escolta e vigilância penitenciária serão transformados em policiais penais.

A Polícia Penal de São Paulo terá como atribuição garantir a segurança dos estabelecimentos penais, a custódia, o transporte e a escolta de presos.

Governo convoca 1,5 mil aprovados no concurso SAP SP 

Durante a Sessão de Anuência para anúncio da PEC da Polícia Penal, realizada pela Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) no Memorial da América Latina, o governador também convocou 1,5 mil Agentes de Escolta e Vigilância Penitenciária (AEVP) aprovados em concurso público da pasta.

Os profissionais serão responsáveis pelas ações de escolta, vigilância e custódia de presos em movimentações externas. Além de realizar a guarda das unidades prisionais, visando a manutenção das condições de segurança da estrutura prisional, do custodiado e da população. 

Conforme manifestarem interesse pela vaga, os candidatos serão submetidos ao curso de formação técnico-profissional desenvolvido pela Escola de Administração Penitenciária (EAP) “Dr. Luiz Camargo Wolfmann” em Santana, na zona norte. 

Entre as atividades estão: aulas práticas e teóricas, como Legislação Aplicada à Atividade Penitenciária, Técnicas de Condução Operacional, Defesa Pessoal, Direitos Humanos e Ética, Gerenciamento de Crises, entre outras.

Para o Secretário da Administração Penitenciária de São Paulo, Coronel Nivaldo Restivo, a contratação irá reforçar o efetivo já existente de AEVPs. 

“Será um grande ganho para o sistema penitenciário paulista. Além de garantirem a ordem e disciplina nos presídios, também trarão tranquilidade para toda a população”, salienta.

Os profissionais serão incorporados ao efetivo da SAP SP e assumirão as escoltas de presos em todo o estado de São Paulo, de modo que a Polícia Militar, que hoje é responsável pelas escoltas no interior do estado e baixada santista, concentre todos os esforços na proteção da população paulista e na prevenção dos crimes.