Concurso Senado: o que candidatos à presidência pensam sobre edital?

Veja qual é a postura dos candidatos à presidência do Senado a respeito do novo concurso para Casa. Eleição ocorre nesta segunda-feira, 1º.

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Publicado em:01/02/2021 às 12:05
Atualizado em:01/02/2021 às 12:05

A nova presidência do Senado Federal será escolhida nesta segunda-feira, 1º de fevereiro. Ao todo, cinco senadores concorrem ao posto: Rodrigo Pacheco (DEM-MG); Simone Tebet (MDB-MS); Lasier Martins (Podemos-RS); Major Olimpio (PSL-SP); e Jorge Kajuru (Cidadania-GO).

O parlamentar eleito deverá decidir sobre a realização do novo concurso Senado. A escolha de abrir ou não o processo seletivo cabe à Comissão Diretora da Casa, que é composta a cada dois anos e liderada pelo presidente.

Por isso, os interessados no concurso para o Senado devem ficar atentos ao eleito para presidência do Senado pelos próximos anos. Isso porque pode ser decisivo para publicação do edital e preenchimento das vagas.

A seguir, confira o que cada um dos cinco candidatos ao cargo de presidente do Senado Fedral pensa sobre o concurso:

Rodrigo Pacheco (DEM-MG):

O senador Rodrigo Pacheco é o favorito na disputa pela presidência do Senado. Ele é apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro, pelo atual presidente da Casa, Davi Alcolumbre, e por dez partidos políticos.

Com isso, a expectativa é que Pacheco dê continuidade ao trabalho desempenho por Alcolumbre no Senado. Inclusive, no tocante a realização de concurso público na Casa.

A abertura do concurso Senado foi autorizada por Davi Alcolumbre em 2019. Uma comissão foi formada para tocar os preparativos do edital.

Rodrigo Pacheco (DEM-MG), Simone Tebet (MDB-MS), Major Olimpio (PSL-SP), Jorge Kajuru (Cidadania-GO) e Lasier Martins (Podemos-RS)
Rodrigo Pacheco, Simone Tebet, Major Olimpio, Jorge Kajuru
e Lasier Martins disputam presidência do Senado (Foto: Agência Senado)

O grupo elaborou o projeto básico, recebeu propostas de bancas organizadoras e chegou a indicar o Cebraspe como instituição a ser contratada para aplicação das provas.

Com o avanço da pandemia da Covid-19 no país, em agosto de 2020, o Senado suspendeu a comissão organizadora do concurso. De modo a adiar os trâmites para abertura da seleção para 2021.

O novo presidente da Casa deverá deliberar pela retomada dos preparativos ou pelo cancelamento da seleção. Se eleito, Rodrigo Pacheco deve favorecer o novo concurso. 

Simone Tebet (MDB-MS):

Antes de assumir o posto de senadora pelo Mato Grosso do Sul, Simone Tebet foi prefeita de Três Lagoas. Em sua gestão, ela realizou concursos públicos com mais de 300 vagas.

O que demonstra que a parlamentar é favorável ao preenchimento do quadro de pessoal por servidores efetivos. Dessa forma, a expectativa é que, se ganhar a eleição para presidente do Senado, Simone dê prosseguimento ao novo concurso.

Caso seja eleita, Simone Tebet será a primeira mulher a comandar o Senado e o Congresso. 

Lasier Martins (Podemos-RS):

Até o momento, Lasier Martins é o segundo vice-presidente do Senado. Desta vez, ele tenta se eleger como presidente da Casa.

Em 2019, o parlamentar questionou a autorização para o concurso e que não houve reunião da Comissão Diretora para tratar do assunto. “Fiquei sabendo pelos jornais desse ato”, disse.

Lasier ressaltou não ser contrário ao concurso Senado, no entanto apontou que a forma de autorização abriu brechas para questionamentos judiciais. O ato que concede o aval para o concurso, segundo ele, deveria ser analisado e discutido previamente pela Comissão Diretora.

“Se houve reunião para deliberar sobre autorização de concurso público no Senado, não houve publicação de sua convocação, muito menos da pauta ou resultado da reunião. Sou o segundo vice-presidente desta Casa, membro titular da Mesa do Senado e fiquei sabendo pelos jornais desse ato”, declarou, em nota do próprio Senado .

Major Olímpio (PSL-SP):

Em entrevista ao Correio Braziliense, o senador Major Olimpio se colocou como contra a abertura do concurso Senado:

“Com relação ao concurso público, se eu assumir a presidência vou cancelar, pois com a economia do país arrebentada, mesmo dispondo de recursos orçamentários, não é plausível que a imensa estrutura de pessoal existente não consiga atuar e resolver os cargos que seriam preenchidos com o concurso. Tem gente demais no Senado,” justificou.

O Portal da Transparência do Senado indica 1.473 cargos vagos na estrutura da Casa. Uma das maiores carências é para policial legislativo, cargo de nível médio, com 181 postos sem preenchimento. Os dados foram consultados nesta segunda-feira, 1º de fevereiro.

Jorge Kajuru (Cidadania-GO):

Em uma rede social, o senador Jorge Kajuru declarou voto em Simone Tebet. Ele disse ter se candidatado à presidência do Senado para poder discursar no dia da eleição. 

De acordo com o parlamentar, seu nome foi lançado como forma de “marcar posição” em pronunciamento que fará no dia da eleição como protesto à atual Presidência do Senado.

“Quando terminar eu direi o seguinte: não sou candidato, vocês aí podem ter melhores qualidades do que eu, mas vocês não têm uma qualidade que eu tenho: chama-se coragem”, afirmou.

Estude para o novo concurso do Senado Federal 

A necessidade de novos servidores para o Senado Federal é latente. Por isso, a estimativa é que o novo gestor da Casa reconheça a carência de pessoal e dê prosseguimento ao novo concurso.

Por isso, a recomendação é iniciar os estudos. Uma vez que uma preparação antecipada aumenta as chances de aprovação. 

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Concurso Senado: autorização é para 40 vagas

autorização para o concurso Senado foi concedida em 2019, pelo presidente da Casa, Davi Alcolumbre. O aval contempla 40 vagas para carreiras dos níveis médio e superior

Desse total, 24 serão para técnico legislativo na especialidade de policial legislativo, com salários de R$20.410,07. A carreira exige apenas o ensino médio completo.

Também serão abertas quatro oportunidades para advogado. Nesse caso, poderão se inscrever graduados em Direito. Em início de carreira, os ganhos são de R$34.443,96. 

A seleção terá ainda 12 chances para analista legislativo, com exigência de nível superior em ramos específicos. Como Administração (duas vagas), Arquivologia (uma), Assistência Social (uma), Contabilidade (uma), Enfermagem (uma). 

Além de Informática Legislativa (uma), Processo Legislativo (duas), Registro e Redação Parlamentar (uma), Engenharia do Trabalho (uma), Engenharia Eletrônica e Telecomunicações (uma). Nesse caso, os vencimentos atuais são de R$26.880,04.

Os valores das remunerações do Senado já incluem o auxílio-alimentação de R$982,28, como na tabela abaixo:

Carreiras Vencimento Auxílio-alimentação Remuneração total
Policial R$19.427,79 R$982,28 R$20.410,07
Analista R$25.897,76 R$982,28 R$26.880,04
Advogado R$33.461,68 R$982,28 R$34.443,96

A boa notícia é que as 40 vagas do concurso para Senado estão mantidas no Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) para 2021. Se o texto for aprovado pelo Congresso Nacional, as nomeações de aprovados poderão ocorrer ao longo deste ano.

Resumo concurso Senado 2021

  • Órgão: Senado Federal
  • Vagas: 40
  • Cargos: técnico legislativo, advogado e analista legislativo
  • Requisitos: níveis médio e superior
  • Salários: R$20.410,07 a R$34.443,96