Concurso TJ RJ suspenso: diretor de RH tira dúvidas dos candidatos
Em resposta à FOLHA DIRIGIDA, o diretor de Gestão de Pessoas do tribunal respondeu dúvidas sobre a suspensão do concurso TJ RJ pela Covid-19
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Publicado em:02/04/2020 às 08:48
Atualizado em:02/04/2020 às 08:48
Em razão do Coronavírus, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro optou por suspender o novo concurso TJ RJ para técnicos e analistas judiciários e reabrir as inscrições oportunamente. A decisão foi divulgada na terça-feira, 31. Diante disso, muitos candidatos ficaram apreensivos sobre o futuro da seleção.
Será necessário se inscrever novamente? Como fica o pagamento da taxa? As provas não serão mais em junho? FOLHA DIRIGIDA levou esses questionamentos ao diretor de Gestão de Pessoas do tribunal, Gabriel Albuquerque Pinto.
Em entrevista exclusiva, ele acalmou os concorrentes quanto ao adiamento em decorrência da pandemia do Coronavírus e afirmou que o concurso está mantido. As inscrições já realizadas, por exemplo, permanecem válidas.
De acordo com o diretor, a suspensão é temporária e, no momento oportuno, serão divulgados o cronograma ajustado e a reabertura do período de inscrição. Assim como o novo prazo para pagamento das taxas de R$80 para técnico judiciário (cargo de nível médio) e R$100 para analista judiciário (nível superior).
O tribunal recomenda aproveitar o tempo extra para reforçar a preparação. Confira a seguir as dúvidas enviadas por candidatos do concurso TJ RJ e respondidas pelo diretor Gabriel Albuquerque Pinto:
► O prazo de inscrição será reaberto. Precisarei me inscrever de novo?
Gabriel Albuquerque Pinto: Não.
► Já paguei a taxa de inscrição. Terei o valor devolvido?
Não, o concurso está mantido.
► Me inscrevi, mas não paguei a taxa. Terei que me inscrever novamente no futuro ou posso pagar a taxa agora normalmente?
Não será possível se inscrever novamente. Pode pagar a taxa agora normalmente.
► Há prazo para reabertura das inscrições? Até quando os cadastros poderão ser feitos?
O cronograma será liberado com o término da pandemia.
► As provas estão mantidas para 21 de junho?
Provavelmente não.
► A estrutura das provas e as disciplinas permanecerão a mesma?
Sim.
► O concurso não vai acontecer mais?
O concurso irá acontecer.
► Qual é a previsão de retomada do concurso?
Assim que acabar a pandemia.
► Com o adiamento do concurso existe chance de posse dos aprovados ainda na atual gestão?
Trabalharemos para isso.
► Mensagem aos candidatos
Os candidatos aos concursos públicos do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro para técnico de atividade judiciária sem especialidade e analista judiciário não precisam ficar preocupados com o adiamento dos certames em decorrência do enfrentamento à pandemia do novo coronavírus. A suspensão é temporária e no momento oportuno serão divulgados o cronograma ajustado e a reabertura do período de inscrição, com novo prazo de pagamento das GRERJ vinculadas às inscrições.
A suspensão do concurso ocorre em meio ao avanço da Covid-19 no país. De acordo com o levantamento divulgado pelo Ministério da Saúde na quarta-feira, 1º, o Brasil tem 6.836 casos confirmados. Desse total, 832 são no estado do Rio de Janeiro.
A orientação das autoridades é, sempre que possível, ficar em casa e manter o isolamento social. Diante disso, diversas provas de concurso foram suspensas com o intuito de evitar aglomerações e prezar pela segurança dos candidatos.
Concurso TJ RJ oferece 160 vagas para técnicos e analistas
O edital do concurso TJ RJ foi publicado em fevereiro. O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro oferece 160 vagas, sendo 85 para técnico judiciário, cargo de nível médio. As outras 75 oportunidades são para analista judiciário, cujo requisito é o nível superior em áreas específicas. Os salários são de R$5.556,06 e R$8.059.89, respectivamente.
A exceção é para analista judiciário - Execução de Mandados (oficial de justiça), cujos ganhos são de R$9.972,05. As inscrições, inicialmente, foram recebidas até segunda-feira, 30 de março, pelo site do Cebraspe, banca organizadora.
O concurso TJ RJ será composto por provas objetivas, de caráter eliminatório e classificatório, para todos os cargos. Apenas os concorrentes a analista também serão submetidos, no mesmo dia, a exames discursivos, de caráter eliminatório e classificatório.
As avaliações serão aplicadas nas seguintes cidades de Cabo Frio, Campos dos Goytacazes, Duque de Caxias, Itaguaí, Itaperuna, Niterói, Nova Friburgo, Petrópolis, Rio de Janeiro, Vassouras e Volta Redonda, no estado do Rio de Janeiro.
A aplicação, conforme o edital, seria no dia 7 de junho. O tribunal, porém, chegou a publicar uma retificação alterando a data para 21 de junho. Agora, em decorrência do Coronavírus, os exames serão adiados novamente.
As provas objetivas serão compostas por 60 questões, sendo 20 de Conhecimentos Gerais e 40 de Conhecimentos Específicos. O valor total do exame é de 60 pontos, sendo classificado quem obtiver o mínimo de 10 pontos em Conhecimentos Gerais e 20 em Conhecimentos Específicos.
TJ RJ estimava primeiras contratações a partir de outubro
Em março, FOLHA DIRIGIDA realizou entrevista exclusiva com o diretor de Gestão de Pessoas do TJ-RJ, Gabriel Albuquerque Pinto. Na ocasião, ele revelou que a contratação dos primeiros colocados do concurso estava prevista para outubro, logo após a homologação do resultado final.
Segundo o diretor, a ideia é que os 160 aprovados nas primeiras colocações sejam chamados de uma única vez para posse.
“As 160 vagas serão preenchidas de uma única vez. A homologação é um processo muito rápido, a convocação também. Eu imagino que, a gente conseguindo cumprir o cronograma que foi divulgado, espero que essa convocação saia logo depois do resultado final do concurso”, explicou Albuquerque, na época.
Com o adiamento do cronograma pelo Coronavírus, é possível que o prazo para as convocações seja prorrogado também. Porém, a boa notícia é que o diretor de Gestão de Pessoas confirmou a intenção de realizar as posses na atual gestão do tribunal.
Por mais que o concurso TJ RJ vise, inicialmente, ao preenchimento de 160 vagas, mais de 3.300 aprovados serão classificados e farão parte do cadastro de reserva. O diretor reforçou o desejo de chamar esses excedentes no decorrer do prazo de validade da seleção.
“O tribunal sempre utiliza do cadastro de reserva. Não faria nenhum sentido fazermos um concurso para apenas 160 pessoas. Mas isso dependerá das administrações que irão suceder a atual. Se analisarmos historicamente o tribunal faz uso do seu cadastro de reserva, de forma expressiva”, apontou.[VIDEO id="9181"]