O edital do concurso TRF2 foi publicado e trouxe oportunidades para técnicos e analistas judiciários, em várias especialidades. Embora não haja um quantitativo de vagas definido, há carência em várias regiões e lotações.
Isso porque a seleção será para formação de cadastro de reserva, ou seja, os aprovados poderão ser nomeados durante o prazo de validade, mediante à disponibilidade.
Folha Dirigida por Qconcursos conversou com a presidente do Sindicato dos Servidores do Judiciário Federal (Sisejufe), Lucena Pacheco, que falou a respeito dessa defasagem de servidores no Judiciário Federal da 2ª Região.
"A gente vê aqui no Rio de Janeiro, nos diversos municípios, de uma maneira geral, que todas as localidades têm essa defasagem. Não há, especificamente, uma região que tenha menos do que a outra. Mas sim, de uma maneira geral, em todo o Rio de Janeiro, a gente consegue observar a necessidade de servidores, de reposição de pessoal para o trabalho. É muito geral essa falta de servidores, em todo o Judiciário, mas principalmente no Rio de Janeiro, que é o que a gente acompanha no dia a dia", disse Lucena.
Semelhantemente ao atual, o último concurso do TRF2 também foi para cadastro de reserva.
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O órgão realizou bastantes chamadas, porém não supriu toda a necessidade de pessoal. Segundo a presidente do Sisejufe, é possível observar a carência nos locais de trabalho.
"A gente pode, na observação, pois fazemos visitas aos locais de trabalho, constastar que não há o preenchimento de todas as vagas. Você vê carência de pessoal em todos os lugares que a gente vai. Isso também muito em função do teto de gastos, que foi imposto desde o governo Temer", disse Lucena.
Segundo ela, houve uma redução de orçamento de 30%, no final de 2016.
Essa redução, de acordo com a presidente do sindicato, reflete até hoje com uma reposição inflacionária - o que justifica a não contratação de novos servidores todo esse tempo, sefundo ela.
Para Lucena, é necessário que o Judiciário internamente reveja o seu orçamento e invista na contratação de servidores, pois a deficiência do quadro implica diretamente no adoecimento dos servidores, porque, na verdade, há metas a serem cumpridas.
"Esses servidores que estão nos locais de trabalho, eles extrapolam os seus próprios limites para poder atender ao jurisdicionado, o servidor tem esse compromisso com o trabalho. Então, a ideia é que se atenda, se consiga atender o judicionado. Você tem ali o esforço, o limite dele, você tem o adoecimento dos servidores e aí esse quadro que já era enxuto por conta das aposentadorias sem reposição - você tem o adoecimento que ajuda. Então, sobre o aproveitamento, não há dados numéricos, mas, a olhos vistos, o que a gente acompanha nas visitas aos locais de trabalho é a carência de servidores e a não reposição de pessoal, que é constante", disse.
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De acordo com a presidente do sindicato, um trabalho tem sido feito junto as demais entidades e com a Fenajufe, em prol de melhorias para as carreiras, pois, segundo ela, é necessário uma reestruturação para receber esses novos servidores.
Lucena conta, por exemplo, que as carreiras do Judiciário tiveram sua última atualização em 2016, mas, de lá para cá tiveram muitas mudanças nos afazeres, sendo necessário atualizar esse escopo.
Há, inclusive, um anteprojeto em construção que está sendo apresentado ao tribunal com as propostas de mudanças e sugestões de melhorias.
"A gente tem solicitado diversas reuniões com o TRF para apresentar esse projeto de reestruturação, porque para a gente é muito importante a valorização dos servidores. Recentemente, houve a mudança do ingresso, do requisito do cargo de técnico para nível superior. Então, hoje a gente tem dois cargos de nível superior e os afazeres precisam estar claros, ou nas portarias ou na própria lei. Então, isso precisa ser discutido, não só por conta dessa mudança, mas pela própria necessidade da atualização desses afazeres para os novos processos de trabalho", comentou.
O projeto, segundo Lucena, traz mudanças no adicional de qualificação, que é usado na formação desses servidores, com proposição de mudança de percentual.
Segundo ela, o sindicato está iniciando as apresentações desse anteprojeto para tentar reestruturar e fazer com que o próprio órgão reconheça a necessidade de atualização das atividades dos servidores do Judiciário.
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Se você quer fazer parte do TRF2, as inscrições para participar do novo concurso público já estão abertas e serão aceitas até 10 de maio, no site do Instituto AOCP, o organizador.
Após realizar o cadastro, será necessário quitar o valor da taxa de R$70, para técnicos, e de R$80, para analistas.
No ato de inscrição, o candidato deve informar a opção de vaga no estado desejado (Rio de Janeiro ou Espírito Santo) e indicar a cidade onde realizará a prova.
Ainda está em dúvida? A presidente do Sisejufe deixou uma mensagem sobre o ambiente de trabalho no TRF2 que, segundo ela, é agradável e com muitos profissionais comprometidos.
"É um ambiente muito bom para se trabalhar. A gente tem pessoas muito comprometidas com o trabalho, e isso é muito importante. A gente sabe o nosso papel, da importância do nosso papel, do nosso trabalho ali. Então, eu recomendo o trabalho no TRF2 e no Judiciário como um todo, porque eu tenho a experiência de acompanhar e de ver os meus colegas trabalhando. Eu lembro que na Justiça Federal, na época que a gente tinha uma pesquisa de satisfação, era o melhor atendimento do Judiciário. Então, isso orgulha muito a gente", concluiu.
O novo concurso do Tribunal Regional Federal da 2ª região conta com várias especialidades, nas carreiras de técnico judiciário e analista judiciário. Confira a seguir as áreas contempladas:
Técnico judiciário
área Administrativa - sem especialidade: vagas para RJ e ES;
área de Apoio especializado - agente da Polícia Judicial: vagas para o RJ;
área de Apoio especializado - Tecnologia da Informação: vagas para RJ e ES
área de Apoio especializado - Enfermagem: vagas para RJ e ES; e
área de Apoio especializado - Contabilidade: vagas para RJ e ES.
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Analista Judiciário
área Administrativa - sem especialidade: vagas para RJ e ES;
área Judiciária - sem especialidade: vagas para RJ e ES;
área de Apoio especializado - Engenharia Elétrica: vagas para o RJ;
área de Apoio especializado - Engenharia Mecânica: vagas para o RJ;
área de Apoio especializado - Engenharia Eletrônica: vagas para o RJ;
área de Apoio especializado - Engenharia de Segurança do Trabalho: vagas para o RJ;
área de Apoio especializado - Contabilidade: vagas para RJ e ES;
área de Apoio especializado - Tecnologia da Informação: vagas para RJ e ES;
área de Apoio especializado - Estatística: vagas para o RJ;
área de Apoio especializado - Arquivologia: vagas para o RJ;
área de Apoio especializado - Medicina do Trabalho: vagas para o RJ;
área de Apoio especializado - Medicina Clínica Geral: vagas para RJ e ES;
área de Apoio especializado - Medicina-Psiquiatria: vagas para o RJ;
área de Apoio especializado - Enfermagem: vagas para o RJ;
área de Apoio especializado - Enfermagem do Trabalho: vagas para o RJ;
área de Apoio especializado - Psicologia: vagas para o RJ; e
área de Apoio especializado - Arquitetura: vagas para o RJ;
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Um dos principais atrativos do concurso TRF2 são as remunerações do cargos, que podem ultrapassar os R$15 mil, se somadas às gratificações e benefícios que serão pagos.
O edital revela que o vencimento do técnico será de R$8.529,65, enquanto o analista receberá R$13.994,78.
Entretanto, a remuneração poderá ser ainda maior com o auxílio-alimentação de R$1.393,10, que é oferecido aos servidores do Judiciário. Veja como ficam os valores com esses acréscimos:
Remuneração do técnico do TRF2: R$9.922,75
Remuneração do analista do TRF2: R$15.387,88
O edital ainda prevê auxílio-transporte, com custeio parcial das despesas com o deslocamento trabalho-residência e vice-versa, além dos seguintee benefícios:
Na entrevista, a presidente do Sisejufe adiantou que o servidor do TRF 2 recebe vários benefícios e vantagens.
"O TRF2 tem cursos internos de formação, a gente acha que precisa melhorar ainda, de uma maneira geral, mas já fornece cursos, alguns cursos de informação, de formação interna. Há os adicionais de qualificação, que é a formação a partir da especialização mestrada e doutorado", contou.
Segundo Lucena, há uma luta pela concessão de mais benefícios, uma pauta recorrente no sindicato na busca de melhorias para os servidores.
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