Concurso UFRJ 2021 para área de apoio é anunciado com 100 vagas
A Universidade Federal do Rio de Janeiro prepara um novo concurso UFRJ 2021, com 100 vagas previstas para os níveis médio e superior.
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Publicado em:16/08/2021 às 15:32
Atualizado em:16/08/2021 às 15:32
Um novo concurso UFRJ está confirmado para este ano. Ao todo, a Universidade Federal do Rio de Janeiro prevê cerca de 100 vagas de Técnico-Administrativos em Educação (TAEs) para o próximo edital.
O documento está programado para ser divulgado em outubro ou novembro. As provas deverão acontecer no primeiro semestre de 2022, sob organização da PR4.
O destaque será o cargo de assistente em administração, de nível médio. O posto, que exige apenas a conclusão da escolaridade, não sendo necessário ter experiência, deve contar com 60 vagas. Os aprovados terão ganhos iniciais de R$2.904,96.
As outras 40 vagas serão destinadas a mais dez cargos, entre eles enfermeiro e médico, que terão o nível superior como requisito. As especialidades dos médicos, no entanto, ainda não foram reveladas. Os aprovados, nestes casos, terão ganhos iniciais de R$4.638,66.
O novo concurso foi confirmado pela UFRJ em entrevista realizada com a pró-reitora de Pessoal da UFRJ, Luzia Araújo.
"Estamos dimensionando a necessidade dessas pessoas nas diversas unidades da universidade e, com quase toda certeza, o ano de 2021 ainda será palco para o nosso próximo edital, cujas provas já acontecerão no ano de 2022, para posse ainda em 2022. O edital deverá sair em outubro ou novembro", disse a pró-reitora.
Também participaram da entrevistaa superintendente de Planejamento da Pró-Reitoria de Pessoal (PR4), Rita de Cassia, a coordenadora de Políticas de Pessoal, Rejane de Barros, e a chefe da Seção de Promoção e Prevenção em Saúde do Trabalhador da Coordenação de Política de Saúde (CPST), Riany Brites.
Assista aos principais trechos da entrevista a seguir:
Conheça os benefícios da UFRJ
O novo concurso da UFRJ pode oferecer diversos atrativos. No caso do assistente em administração, cargo que será destaque na próxima seleção, os aprovados receberão vale-transporte e diversos benefícios, como:
auxílio-alimentação de R$458 (já somado na remuneração);
creche (R$321 para quem tem dependentes de até cinco anos);
promoções a cada 18 meses (após avaliação, com reajuste salarial); e
gratificação por qualificação profissional.
Um assistente em administração com curso superior, por exemplo, pode ter uma remuneração inicial de R$3.516,70, já que recebe o reajuste de 25% sobre o vencimento (R$611,74).
Os ganhos vão aumentando conforme o diploma, sendo de R$3.639,04 para pós-graduados, R$4.177,37 para mestres e R$4.740,18 para doutores. Todos os valores já incluem o auxílio-alimentação (R$458). Além desses ganhos, o plano de cargos da UFRJ prevê o ápice da carreira em 24 anos.
O regime de contratação é o estatutário, que assegura a estabilidade empregatícia.
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Resumo sobre a seleção
Órgão: Universidade Federal do Rio de Janeiro
Cargos: assistente em administração, médico e enfermeiro
Vagas: 100 previstas
Escolaridade: níveis médio e superior
Remuneração: R$2.904,96 e R$4.638,66
Edital: em 2021
Maior parte da lotação costuma ser na Região Metropolitana
Os selecionados deverão ser lotados nos campi da UFRJ, na capital, Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, e Macaé, no Norte Fluminense.
As unidades hospitalares também poderão ser contempladas, a exemplo do que aconteceu no último concurso, em 2017.
São nove no total: Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF), Hospital Escola São Francisco de Assis (HESFA), Maternidade Escola e nos institutos de Ginecologia, Neurologia, Psiquiatria, de Doenças do Tórax, do Coração Edson Saad e de Puericultura e Pediatria (IPPMG).
Oficialmente, a UFRJ ainda não confirma as lotações.
Na época, foram oferecidas 168 vagas, sendo 40 para o cargo de assistente em administração.
Na época, o cargo teve 25 vagas para os campi da UFRJ e 15 para as unidades de saúde da instituição. O requisito, no entanto, permaneceu o mesmo: nível médio completo.
A seleção ainda contou com vagas para auxiliar em administração, de nível fundamental, técnicos de laboratório e de diversas áreas, de níveis médio e médio/técnico, além de médico entre outros, de nível superior.
Na época, os selecionados foram lotados nos campi da UFRJ, na capital, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, e Macaé, no Norte Fluminense, além das unidades hospitalares.
Veja como foram as provas de 2017
Os candidatos foram avaliados por meio de provas objetivas, com 35, 50 ou 60 questões, dependendo do cargo, além de avaliações prática e de títulos, também de acordo com o posto escolhido.
No caso do assistente em administração, a prova contou com 50 questões, sendo elas de: Língua Portuguesa (20), Legislação (dez), Noções de Informática (dez) e Raciocínio Lógico (dez). Para o cargo da área hospitalar, o exame contou ainda com perguntas específicas (dez).
Já no caso dos cargos de nível superior, como médico, por exemplo, a prova contou com 60 questões, sendo elas de Língua Portuguesa (20), Legislação (dez) e
Específica (30). A organização foi da PR4.
Em 2017, 264 assistentes em administração foram convocados
O bom aproveitamento do cadastro de reserva é um dos atrativos do concurso UFRJ. Em 2017, somente na carreira do assistente em administração 264 aprovados foram convocados.
Isso significa que a universidade convocou seis vezes mais do que o previsto nas vagas imediatas. Essas convocações estiveram divididas pelas unidades de atuação da seguinte forma:
B-205 - Assistente em Administração - Complexo Hospitalar - Rio de Janeiro - 40 convocados
B-206 - Assistente em Administração - Geral - Rio de Janeiro - 182 convocados
B-208 - Assistente em Administração - Geral - Duque de Caxias - 5 convocados
B-209 - Assistente em Administração - horário diferenciado - Complexo Hospitalar - Rio de Janeiro - 5 convocados
B-210 - Assistente em Administração - horário diferenciado - Geral - Rio de Janeiro - 17 convocados
Total: 264 assistentes em administração convocados
Leia entrevista na íntegra
Desafios na pandemia e cortes orçamentários
Luzia Araújo - No último ano de 2020, a universidade completou 100 anos. As nossas dificuldades têm sido muitas, em meio aos enormes desafios políticos e econômicos, e hoje ainda estamos numa pandemia de Covid. Enfrentamos cortes no orçamento e dificuldades para manter a infraestrutura de ensino, e também de pesquisa que foi conquistada e consolidada ao longo desse século de existência.
Nós dispomos de um modelo de ensino que se aprimora dia a dia, para estar atendendo às necessidades da sociedade e qualificar os profissionais para as mais diversas áreas. Além de qualificar profissionais para a sociedade, é muito importante para nós também qualificar os nossos próprios servidores.
Na UFRJ, a educação é erguida por um tripé. Fazem parte desse tripé, docentes, discentes e os servidores técnicos-administrativos em educação. Então, o nosso olhar é um olhar compartilhado da Pró-Reitoria de Pessoal, principalmente para os nossos docentes e para os nossos técnicos-administrativos em educação.
A universidade tem inúmeras contribuições para o ensino, para a ciência, para a pesquisa, no Brasil e no mundo. Em todas as áreas de conhecimento, a UFRJ ela permanece lá no topo das melhores universidades do Brasil.
Segundo o ranking de 2020, ela foi uma das melhores universidades do país. Assumimos destaque na pesquisa, no ensino, no mercado, e ainda mais nas atividades de internacionalização e inovação.
E isso não seria possível, é claro, sem a participação dos nossos servidores, e daí vem a nossa preocupação com a formação, com a valorização desses servidores. O sucesso da universidade depende, dentre outros fatores, do trabalho das muitas vidas que compõem essa universidade.
Valorização dos servidores
Luzia Araújo - A gente pode estar respondendo no campo da educação, no campo do desenvolvimento de pessoas, e no campo da saúde do trabalhador.
Por isso, a superintendente de Planejamento da Pró-Reitora de Pessoal (PR-4), Rita de Cassia Silveira dos Anjos; a coordenadora de Políticas de Pessoal da PR-4, Rejane Andrea Magalhães de Barros; e achefe da Seção de Promoção e Prevenção em Saúde do Trabalhador da Coordenação de Política de Saúde do Trabalhador (CPST), Riany Moura Rocha Brites, falarão um pouco de cada um desses campos.
Rita de Cássia - Os desafios são enormes. Porque tocar a valorização e o desenvolvimento profissional de uma forma virtual é uma inovação que a gente teve que se adequar ao longo desse tempo por conta da pandemia.
E assim, desde o início da pandemia, apesar de já existir o método de ensino a distância, e eu falo da questão do desenvolvimento profissional, tivemos que utilizar cada vez mais essas ferramentas para a gente atender essa questão do desenvolvimento dos nossos servidores.
Hoje, a área de desenvolvimento da PR4 (a gente chama de Pró-Reitoria de pessoal - PR4) atende, essencialmente, os nossos servidores técnico-administrativos em educação. Há um projeto, um desejo já antigo da pró-reitoria, de também ampliar essas ações aos docentes da universidade.
Porque eles também pertencem ao nosso corpo social. A gente não é só voltado para os nossos técnicos administrativos, nós temos também que cuidar dos nossos docentes.
Então, esse ano, aliás desde 2019 também, a gente foi contemplado com um decreto que fala de uma política nacional de desenvolvimento de pessoas, em que temos que cumprir a questão dos afastamentos e a oferta de cursos de formação e desenvolvimento profissional para os técnicos e docentes.
Então, cada vez mais, a gente tem que estar chamando os docentes para PR4. E aí, nesse ano, por conta da nossa restrição orçamentária que a gente está muito apertado, estamos ofertando 25 cursos de formação e desenvolvimento profissional.
Esses cursos são abertos tanto para técnico administrativo como também para docentes. A gente vai começar a iniciar as inscrições nesses cursos divulgar, enfim.
Rita de Cássia - A parte de saúde do trabalhador teve que se reinventar, porque falar de saúde do trabalhador à distância é uma coisa que a gente nunca tinha ouvido falar.
A gente se reinventou mesmo na pandemia. Começamos a fazer lives, manuais, a gente começou a produzir alguns materiais exatamente para atender aos servidores.
Essa pandemia fez com que a gente tivesse outros tipos de conflitos: conflitos de relações de trabalho, doenças como a depressão, enfim, a gente teve que ter um olhar até um pouco diferenciado por conta dessa questão da pandemia.
Rejane de Barros - A Rita falou sobre a questão da formação continuada dos servidores técnicos e docentes. A gente também tem o nosso programa de avaliação de servidores técnicos-administrativos.
Possuímos um programa, vamos dizer novo, que a gente denomina de “Aválios”, que é a avaliação de desempenho dos servidores. A gente vê isso muito como valorização do servidor, porque não é uma mera avaliação, simplesmente.
Nossa avaliação tem um olhar, exatamente, para a valorização do servidor, porque essa avaliação vai nos indicar caminhos, ações a serem tomadas, quando sair o resultado dessas avaliações.
Então, nós apontamos para a adequação do servidor no seu ambiente organizacional e para uma necessidade de se capacitar por meio dos cursos de formação continuada.
O resultado também pode apontar para uma necessidade de um acompanhamento da saúde do trabalhador. Então, assim, isso faz um meio campo, tem a formação, a gente avalia e tem todo um trabalho de valorização.
Riany Brites - Eu sou servidora. Toda vez que eu vou no admissional eu sempre falo isso. É uma grande alegria receber os servidores, os admissionais, que estão entrando ali na universidade, na maior universidade do Brasil. É uma honra trabalhar na UFRJ mesmo.
Era um sonho e se concretizou ali em 2003. Eu sou enfermeira, trabalho na Seção de Promoção e Prevenção em Saúde do Trabalhador da Coordenação de Política de Saúde do Trabalhador. Ao falar da valorização, eu faço um resgate, porque o trabalho na CPST é um local também de perícia médica.
Porém, mais do que isso, a gente precisa olhar a questão da promoção e prevenção. Então, a gente começou um trabalho em 2012, fazendo uma avaliação, por meio de um caderno de saúde e, ali, a gente já teve uma aproximação com esse servidor.
E foi tão interessante, não só para o servidor, mas para gente também, esse retorno, esse contato direto com o servidor. Ele se sente realmente valorizado. Então, você olha, sente ele, a gente afere a pressão, tem todo um trabalho de medidas antropométricas, e isso faz uma aproximação muito grande. Somos todos servidores.
Mas essa aproximação é muito importante, esse olho no olho, que hoje, infelizmente, a gente não está podendo fazer aqui, somente pela telinha, mas que é um grande desafio para a gente. Então, nesse trabalho, a gente vem evoluindo, por meio também de “Caravana de Saúde”, e também do “Agita CP”.
São atividades diferentes, mas com o mesmo propósito, e também com os admissionais como a gente falou. Então, ao ingressar na universidade, o servidor passa por todo um processo, e um deles é o recebimento, é o acolhimento desse novo servidor. Então, ele conhece toda a universidade, todos os setores, incluindo a Pró-Reitoria de Pessoal.
Fala sobre os seus direitos e deveres e, também, apresentamos a própria questão da saúde. Então, a gente aplica um formulário para sentir a situação de cada um. Com a resposta, já fazemos os encaminhamentos com os parceiros da universidade. Então, começamos uma experiência muito legal com os técnicos administrativos e os docentes.
Então, foi uma construção em conjunto, foi muito legal. Como estamos vivenciando uma pandemia, então, hoje a saúde mental ela realmente está com uma grande demanda, ainda por questões de ansiedade e de depressão.
Dentro da CPST, a gente tem a sessão de atenção e acolhimento psicossocial. Essa sessão ela já tem todo um trâmite, todo um protocolo de entrada, então tem um acolhimento do servidor, ouvindo primeiro esse servidor, para depois fazer o atendimento.
Além disso, nós temos o centro de vacinação e as lives que realizamos uma vez por mês.
Carência de pessoal na UFRJ
Luzia Araújo - A nossa matemática não fecha. E não fecha nunca. A cada dia aumenta o nosso número de vacância. Mais pessoas se aposentam, mais pessoas morrem, principalmente agora, com a pandemia da Covid, e isso traz muitas dificuldades.
A cada ano, o Ministério da Educação restringe o quantitativo de servidores que podemos dar entrada na universidade, isso tanto para docentes quanto para técnicos-administrativos em educação.
E isso faz com que a nós soframos uma sobrecarga de trabalho. Existe uma sobrecarga de função na universidade que é muito grande, e isso vai em todas as áreas, e a gente sente mais essa sobrecarga hoje na área do hospital.
Servidores que podem se aposentar
Luzia Araújo - Hoje somos cerca de 3.611 servidores atuando em hospitais e 5.542 nas demais unidades da instituição (em condições de se aposentar). Fora isso, temos um grande número de servidores já com abono de permanência, que já poderiam se aposentar, mas que ainda não solicitaram. O quantitativo de servidores em abono de permanência não consigo precisar.
Déficit de pessoal e dia a dia
Luzia Araújo - Olha, na realidade, eu vou te dar meu parecer. Ele não afeta o déficit de funcionamento da universidade. Isso porque estamos nos reinventando.
À medida que eu perco um profissional, aquele que está se divide para dar conta daquela atividade do outro que não está sendo feita. Isso aponta, sim, para uma criatividade muito grande do corpo funcional da UFRJ, que a todo tempo se volta para garantir a vida da universidade.
As atividades continuam sendo mantidas com um esforço muito maior de cada um de nós.
Novo concurso público em 2021
Luzia Araújo - Hoje a gente tem, assim, uma grande preocupação que é conciliar as informações e as normas e ordens que vêm do Ministério da Economia, com a necessidade da universidade.
Ele nos limita no quantitativos de vagas, mas a gente já sabe que poderemos promover novos concursos com as vagas que temos. A nossa coordenadora de política de pessoal já está fazendo o levantamento do quantitativo de vagas que nós temos ociosas, já estamos dimensionando a necessidade dessas pessoas nas diversas unidades da universidade e, possivelmente, com quase toda certeza, o ano de 2021 ainda será palco para o nosso próximo edital, cujas provas já acontecerão no ano de 2022, para posse ainda em 2022. O edital deverá sair em outubro ou novembro.
Provas em 2022
Luzia Araújo - Olha, acredito que vai ser um pouquinho mais para lá. Vou dizer que no primeiro semestre de 2022, para que essas pessoas sejam admitidas até o segundo semestre de 2022.
E aí é aquela coisa de você contar com o filho na barriga, sem nem saber se vai nascer, mas contando com as vagas que o Ministério da Educação vai nos dispor em 2022. Afinal, todo cristão tem fé, tem esperança, e eu espero que vou conseguir as vagas.
Assistente em administração confirmado
Luzia Araújo - Confirmadíssimo. Ele hoje é um dos cargos mais necessários para a universidade. Todas as unidades se digladiam pela presença do assistente em administração.
Oferta de vagas
Rejane de Barros – Cerca de 100 vagas. Para o cargo de assistente administração, nós temos uma média de 60 vagas a serem ofertadas, que são nossas vagas desocupadas nesse momento para assistente. Agora, nós vamos ter mais cargos, em torno de mais dez cargos além do assistente em administração. Só que eu não tenho aqui, agora, esse quantitativo, mas vou buscar mais ou menos em torno de 10 cargos a gente vai estar ofertando no próximo edital.
Vagas para Saúde
Rejane de Barros - O próximo edital trará vagas para enfermeiro, além de algumas para médico, mas um número pequeno. Ainda estamos mapeando.
Lotação dos aprovados
Rejane de Barros - Isso está em discussão. Estamos fazendo um levantamento das necessidades dentro da UFRJ. Eu ainda não tenho isso resolvido.
Aproveitamento do cadastro de reserva
Rejane de Barros - Hoje a gente tem uma limitação da legislação, e temos que respeitar o limite que está em edital. Talvez abra uma ‘brechinha’ para mais um pouquinho, mas não vai ser como nos últimos editais, onde a gente conseguiu, conforme a necessidade da instituição, preencher todas as vagas desocupadas. Hoje a gente tem essa limitação.
Como foi aplicação de provas em meio à pandemia
Luzia Araújo - Como nunca visto antes. As dificuldades foram inúmeras. Primeiro, porque demos o pontapé inicial. Acho que fomos a primeira Ifes (instituição federal de ensino) a sair na rua e colocar um concurso público.
Primeiro, a gente precisou se reorganizar. O edital 255 trazia oportunidades para cargos dos níveis médio e superior, e no final conseguimos um quantitativo de vagas a mais para técnico de enfermagem, e aí abrimos por um maior período de tempo essas inscrições, e essa prova ainda vai se realizar.
Só para técnicos de enfermagem, tem uma expectativa de 8 mil pessoas para fazerem prova, para cerca de 40 vagas. Para os demais cargos, as provas já foram aplicadas. A universidade, hoje, não suporta um grande quantitativo de pessoas para realização de uma atividade.
No nosso último processo seletivo que realizamos em dezembro, para residência multiprofissional, houve aproximadamente 3 mil e poucas pessoas. Com ele, nós aprendemos como poderíamos trazer pessoas para cá, sem que houvesse aglomeração no campo.
Contamos com a participação da prefeitura da cidade universitária. O nosso prefeito Marcos Maldonado nos acompanhou o tempo todo. O GT (Grupo de Trabalho) Coronavírus, com os nossos epidemiologistas e infectologistas, também nos dão a base para que a gente possa estar agindo, além da nossa equipe técnica.
Nesse sentido, conseguimos organizar os espaços de forma a manter o quantitativo mínimo de pessoas dentro de sala, com um espaçamento de 2 metros. Então, em nenhuma sala, tivemos candidato com espaço inferior a 2 metros de distância, e no primeiro dia de prova eu fiz questão de me certificar disso pessoalmente.
Foi um compromisso feito com o GT Coronavírus: como é que você vai garantir que isso aconteça? Ora, a gente garante quando você vai pessoalmente ver que a coisa está acontecendo e isso eu pude fazer. Conseguir visitar quase todas as unidades que estavam realizando concurso.
Então, fomos buscar espaços que tinham janelas, observamos se todos estavam utilizando máscaras, se as máscaras estavam tampando a boca e o nariz, se os candidatos não estavam se alimentando dentro de sala de aula, se os nossos fiscais estavam utilizando as máscaras, se as mãos das pessoas estavam sendo higienizadas com álcool gel e etc.
Concursos realizados e previsão de convocação
Luzia Araújo - A gente sabe que até dezembro de 2021 todos que completarem o quantitativo de vagas que oferecemos estarão dentro. Estamos trabalhando muito e intensivamente. A ideia é trazer os aprovados para a posse e admissão até o dia 30 de dezembro.
Inclusive, os técnicos de enfermagem, que ainda não tiveram a prova aplicada?
Luzia Araújo - Principalmente eles, porque os técnicos de enfermagem hoje são a nossa maior necessidade. Precisamos abastecer os nossos hospitais e garantir os cuidados de uma sociedade adoecida pelo vírus.