Candidatos em concursos DF poderão realizar prova em Libras

Os candidatos surdos que realizarem concursos DF poderão ter a chance de fazer as provas em Libras, após mudança aprovada pela CLDF.

Autor:
Publicado em:10/11/2022 às 11:53
Atualizado em:10/11/2022 às 11:53

Os candidatos surdos que participarem de concursos DF em breve poderão realizar provas em Libras. A mudança já foi aprovada pela Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF).

Para entrar em vigor, basta ser sancionada pelo governador reeleito, Ibaneir Rocha.

A mudança altera a Lei nº 4.949/2012, que traz as normas gerais da realização de concursos públicos no Distrito Federal. Com isso, passaria a permitir que deficientes surdos façam as provas na Língua Brasileira de Sinais (Libras).

Concursos DF: reeleito, Ibaneis prevê reajuste de até 18% em 2023

A CLDF aprovou a mudança no final de outubro, em sessão deliberativa. O destaque foi que a Casa já conseguiu aprovação em primeiro, segundo turno e redação final, restando apenas a sanção do governador.

CLDF aprova alteração para provas em Libras
Provas de concursos DF poderão ser aprovadas em Libras para surdors
(Foto: Divulgação/CLDF)

Como serão as provas em Libras de concursos DF?

A proposta de alteração na lei dos concursos, favorecendo candidatos surdos, veio por intermédio do Projeto de Lei nº 2.948/2022 do deputado Daniel Donizete (PL), com aprovação de todos os demais parlamentares.

De acordo com a proposta, as provas deverão ser aplicadas por profissionais com habilitação em Libras. Além disso, a avaliação deve ser feita presencialmente e através de um "vídeo prova".

“Esperamos, com esta proposta, contribuir para a evolução dos concursos públicos no Distrito Federal, notadamente conferindo e concretizando direitos às pessoas com deficiência de surdez”, disse o deputado.

Quem também esteve presente no plenário foi o deputado Fábio Felix (Psol), que é presidente da Comissão de Direitos Humanos da CLDF, e elogiou a iniciativa:

“Ao promover a inclusão, o projeto avança em aspectos como igualdade e no reconhecimento dos direitos dos deficientes auditivos”.