Concursos federais: decisão do reajuste salarial deve sair em junho

Governo Federal diz que decisão final sobre o reajuste salarial dos servidores federais será tomada até o final de junho. Entenda!

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Publicado em:06/06/2022 às 17:02
Atualizado em:06/06/2022 às 17:02

O Ministério da Economia informou nesta segunda-feira, 6, que a decisão final sobre o reajuste salarial dos servidores federais será tomada até o final de junho. Está em pauta um aumento de 5% nos salários do funcionalismo.

O mês de junho é o prazo legal para que o Governo Federal defina sobre o reajuste, uma vez que a Lei de Responsabilidade Fiscal veda aumentos aos servidores a partir de julho diante da proximidade das eleições. A ideia é bloquear recursos dos ministérios para subsidiar o aumento na folha salarial. 

O Governo anunciou nesta segunda que, de fato, fará um bloqueio nos gastos dos ministérios em R$6,96 bilhões. Porém, para que o reajuste fosse possível, o bloqueio das despesas deveria ser da ordem de R$14,6 bilhões. 

O Ministério da Economia justificou que o Governo desistiu de manter o orçamento reservado para pagar uma parte do reajuste dos servidores do Executivo federal. Por isso, o valor ficou em R$6,96 bilhões.

Sem essa reserva, caso o reajuste seja realmente feito em 2022, será preciso um novo bloqueio nos gastos dos ministérios. Sindicatos e representações de servidores realizam manifestações e greves contra a falta de aumento salarial. 

Esplanada dos Ministérios, em Brasília
Governo busca viabilizar reajuste este ano por meio do
bloqueio nos gastos dos ministérios (Foto: Agência Brasil)

O bloqueio nos ministérios, realizado nos gastos "livres" (que podem ser ajustados), é necessário pois ocorreu aumento da estimativa com gastos obrigatórios do governo.

Houve crescimento de gastos com sentenças judiciais, com o Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro) e com o plano Safra, entre outros.

Governo reserva R$11,7 bilhões para reajuste do executivo em 2023

No Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) do ano que vem, enviado em 14 de abril ao Congresso Nacional, o Governo Federal incluiu a reserva de R$11,7 bilhões para o reajuste salarial dos servidores do Executivo em 2023.

Porém, para que o reajuste ocorra ainda este ano, a saída encontrada foi o bloqueio nos recursos dos ministérios. 

Folha Dirigida preparou um conteúdo trazendo os salários iniciais para concursos em diversos órgãos, caso se confirme o reajuste:

Órgão Valor atual Valor em 2023
INSS R$5.186,79 (técnico)
R$7659,87 (analista)

R$5.222,42 (técnico)
R$7.709,50 (analista)

Área Administrativa da PF e PRF R$4.710,76 (agente)
R$5.559,67 (superior)
R$4.824,71 (agente)
R$5.679,79 (superior)
Receita Federal R$21.487,09 (auditor)
R$12.142,39 (analista)
R$22.538,74 (auditor)
R$12.726,60 (analista)
Agências Reguladoras R$15.516,12(especial.)
R$14.265,57 (analista)
R$7.846, 37(tec. regul.)
R$7.474,67 (tec. admi.)
R$16.269,02 (especial.)
R$14.955,94 (analista)
R$8.215,78 (tec. regul.)
R$7.825,50 (tec. admin.)
Ibama e ICMBio R$4.063,34 (técnico)
R$8.547,64 (analista)
R$4.174,48 (técnico)
R$8.783,68 (analista)
CGU R$7.743,71 (técnico)
R$19.655,06 (auditor)
R$8.103,47 (técnico)
R$20.614,91 (auditor)
Bacen

R$21.472,49 (proc.)
R$19.655,06 (analista)
R$7.741,31 (técnico)

R$22.523,21 (proc.)
R$20.614,91 (analista)
R$8.105,47 (técnico)