Concursos RJ: aprovados em editais de 2021 não perderão benefícios
Deputados chegam a um acordo para que aprovados em concursos RJ com editais publicados até dezembro tenham benefícios assegurados. Veja!
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Publicado em:05/10/2021 às 16:03
Atualizado em:05/10/2021 às 16:03
A Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro vota nesta terça-feira, 5, contrapartidas para adesão do Estado ao novo Regime de Recuperação Fiscal (RRF). Os textos incluem, por exemplo, a previsão de concursos públicos e o fim dos triênios para os novos servidores estaduais.
Um dos textos em pauta na Alerj é do Projeto de Lei Complementar 48/21, que prevê o fim do adicional por tempo de serviço dos novos servidores, conhecido como triênio.
Para compensar a medida, os parlamentares acordaram em aprovar uma emenda autorizando o Governo a criar um adicional que não seja vinculado exclusivamente ao tempo de serviço. Mas, que leve em consideração também uma avaliação de desempenho, aperfeiçoamento e capacitação profissional.
A princípio, o triênio seria mantido para os atuais servidores e para os aprovados em concursos homologados até 31 de dezembro de 2021. Nesse modelo, candidatos das seleções que ainda estão em andamento poderiam ser prejudicados. É o caso, por exemplo, da Polícia Civil do Rio de Janeiro.
Deputados chegaram a um acordo para que os direitos sejam mantidos para os aprovados em concursos com edital publicado até dezembro de 2021. Dessa forma, a medida valeria para o concurso da PC RJ e também para oficiais da Polícia Militar.
“Tenho sustentado desde o início que não haveria nenhum direito a menos para o servidor público. Essa reunião de colégio de líderes significou uma grande vitória para os concurseiros, nós deputados obtivemos essa condição de incluir os novos aprovados nas regras do concurso público, e isso vai abranger os concursados da Polícia Civil”, disse o deputado Rodrigo Amorim, vice-líder do governo e presidente da Comissão dos Servidores Públicos da Alerj.
Acordo garante novos concursos RJ durante o RRF
O novo regime veda novas contratações e a realização de concursos RJ, com exceção dos cargos essenciais à continuidade dos serviços públicos (desde que expressamente previstos no RRF).
“Os concursos da Educação, Saúde, Segurança e Ciência e Tecnologia estão excepcionalizadas no plano. Havendo necessidade, nos próximos 2 anos, as secretarias de Educação e Saúde, podem realizar concurso”, explicou Nelson Rocha, secretário de Fazenda.
Com isso, o Governo do Estado poderá realizar concursos para suprir essas vagas em aberto. Além disso, o Executivo também enviará para aprovação do Governo Federal uma lista de concursos solicitados pelos órgãos públicos.
Desde setembro, a Alerj realizou reuniões e audiências para debater e ouvir as demandas dos servidores. Nesses encontros, acordos foram firmados com o governo para garantir os direitos adquiridos dos funcionários públicos por meio de emendas parlamentares.
Uma reforma da previdência aumenta a idade mínima para aposentadoria, passando de 55 anos para 62, no caso das mulheres; e de 60 anos para 65, no caso dos homens.
Ambos deverão ter pelo menos 25 anos de contribuição, desde que cumprido 10 anos de efetivo serviço público e cinco anos no cargo em que for concedida a aposentadoria.
Essa proposta abrange os novos servidores, ao passo que os atuais poderão optar por duas regras de transição: ou eles estarão submetidos a um sistema de pontos, somando os anos de contribuição à idade dos servidores, sendo que o total deverá ser de 86 para as mulheres e 96 para os homens.
Ou estarão sujeitos à implementação de um pedágio que aumenta o tempo de serviço restante a partir da promulgação da reforma. Professores do Ensino Básico, agentes socioeducativos, policiais penais, servidores com deficiência e expostos a riscos biológicos terão regras diferenciadas.
Os textos também preveem mudanças no cálculo da aposentadoria dos novos servidores, levando em conta a média das remunerações ao longo da vida profissional, não mais 80% das maiores contribuições.