Em meio ao déficit de pessoal e necessidade de recompor o efetivo, o secretário de Segurança Pública do Estado de São Paulo, Guilherme Derrite, diz que provavelmente em 2023 serão realizados novos concursos públicos.
A intenção é contemplar todas as polícias do estado: militar, civil e técnico-cientícia.
Em entrevista à TV Globo de Sorocaba-SP, o chefe da pasta voltou a falar sobre a situação do déficit e cita que a necessidade de novos concursos Segurança SP é em caráter emergencial.
"(...) provavelmente ainda esse ano nós teremos mais concursos, acontecendo simultaneamente, para que a gente possa entregar porque, entre lançar o edital, fazer o concurso, nomear e tomar posse, é um lapso temporal de uns dois anos. A gente quer, em caráter emergencial, lançar novos concursos para, em um prazo de dois anos, recompor o efetivo de todas as polícias", disse Derrite.
Em função do déficit, o secretário comenta sobre o fato dos delegados estarem assumindo a titularidade de outros distritos, o que não é favorável para as investigações e atendimento de ocorrência. Portanto, decreta que essa demanda é um "pacote emergencial".
Recentemente, o secretário Guilherme Derrite já havia concedido entrevista à rádio Cruzeiro, de Sorocaba, e destacado a situação do déficit da Segurança de São Paulo, que era crítica. Dessa vez, ele detalha que as polícias estão trabalhando com uma defasagem de quase:
Segundo ele, isso é um grave problema e, por este motivo, já foi dado andamento no processo de nomeação de novos aprovados, sobretudo na Polícia Civil e Polícia Técnico-Científica.
"Nós herdamos o pior déficit de efetivo da história de São Paulo", enfatiza o secretário.
A intenção, segundo ele, é nomear: 2.939 novos policiais civis, 250 delegados, 1.600 investigadores/escrivães e 189 médicos legistas. O objetivo é dar suporte emergencial visando a recomposição do efetivo.
Recentemente, Derrite já havia detalhado sobre um plano emergencial para recompor o efetivo das polícias do Estado, cujo objetivo é reduzir a carência de pessoal em todas as polícias.
"Ontem (3 de janeiro), eu tive uma reunião com o comandante da Polícia Militar, e daqui a pouco terei com o delegado-geral, doutor Artur Dian, sobre a Polícia Civil, para falar sobre efetivo para que eles apresentem um plano emergencial de recomposição do efetivo. Hoje na Polícia Civil é maior ainda a defasagem, mas a Polícia Militar ultrapassa 12%", disse o secretário, em entrevista à Rádio Cruzeiro, no dia 4 de janeiro.
Vale lembrar que, em 2022, o ex-governador Rodrigo Garcia chegou a autorizar a contratação de 3.500 policiais civis, sendo o aval para as seguintes carreiras:
Todas as carreiras exigem nível superior e oferecem salários de até R$12 mil. A proposta do governo é que parte dessas contratações autorizadas seja para os concursos que estão em andamento (para os cargos de delegado, investigador e escrivão) e parte para novas seleções.
Embora o efetivo seja o menor do século, como destacado pelo secretário, a Polícia Militar de São Paulo não tem deixado de fazer concurso. A média tem sido de dois editais por ano, pelo menos para soldados. Mas, pelo visto, o número de vacâncias tem sido grande.
Inclusive, a PM SP publicou no início de dezembro de 2022 um edital com 2,7 mil vagas para a carreira, de nível médio.
Para concorrer ao cargo de soldado da PM SP é necessário ter o nível médio completo, além de idade entre 17 e 30 anos, altura mínima de 1,55 (mulheres) e 1,60 (homens), possuir Carteira Nacional de Habilitação (CNH) entre as categorias B e E e outros requisitos.
A carreira proporciona remuneração inicial de R$3.875,27 mensais. O valor é composto por R$1.544,80 de vencimento, R$1.544,80 de Regime Especial de Trabalho Policial (RETP) e R$785,67 de insalubridade.
