Taxa de desemprego cai para 11,1% em dezembro, diz IBGE
A taxa de desemprego no Brasil recuou para 11,1% no trimestre encerrado em dezembro. As informações foram passadas pelo IBGE.
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Publicado em:24/02/2022 às 14:09
Atualizado em:24/02/2022 às 14:09
A taxa de desemprego no Brasil recuou para 11,1% no trimestre encerrado em dezembro. As informações foram passadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira, 24. Trata-se do menor índice desde o 4º trimestre de 2019, quando também ficou em 11,1%.
Já a taxa média de 2021 foi de 13,2%, o que indica uma tendência de recuperação frente à de 2020 (13,8%). Mesmo recuando, foi a segunda maior da série histórica da pesquisa, iniciada em 2012.
Embora o cenário tenha melhorado em 2021, o patamar pré-Covid, de acordo com o IBGE, ainda não foi recuperado.
Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad). No levantamento anterior, referente ao trimestre encerrado em novembro, a taxa de desemprego estava em 11,6%, atingindo 12,4 milhões de pessoas. Hoje, a falta de trabalho ainda atinge 12 milhões de pessoas.
Ocupação cresce, mas renda segue reduzindo
A população ocupada cresceu 3% em relação aos três meses anteriores, para 95,7 milhões de pessoas.
Na comparação com o mesmo trimestre de 2020, a alta foi de 9,8% (8,5 milhões a mais de pessoas). Com o crescimento, o nível de ocupação chegou a 55,6%. Na máxima histórica, em 2013, chegou a 58,5%.
Embora o desemprego tenha diminuido, o rendimento real habitual também caiu. A redução foi de 3,6% frente ao trimestre anterior e 10,7% em relação a igual trimestre de 2020, para R$ 2.447 – o menor rendimento da série histórica do IBGE.
A média anual foi de R$ 2.587, queda de 7% para 2020 (ou, menos R$ 195). Ou seja, há mais pessoas trabalhando no país, mas com rendimentos cada vez menores e abaixo dos registrados antes mesmo da pandemia, em razão do aumento do número de brasileiros na informalidade, que atingiu o número recorde de 38,9 milhões.
Resumo da pesquisa
Na média anual, o número de desempregados totalizou 13,9 milhões, contra 13,8 milhões de pessoas em 2020
As maiores taxas de desemprego no 4º trimestre foram as do AP (17,5%), BA (17,3%), PE (17,1%) e as menores, de SC (4,3%), MT (5,9%) e MS (6,4%)
A taxa de informalidade subiu para 40,7% no 4º trimestre, se aproximando da máxima histórica. Número de brasileiros na informalidade alcançou marca recorde de 38,9 milhões de pessoas.
Número de trabalhadores por conta própria saltou 11,1% na média anual e atingiu no 4º trimestre o recorde de 25,9 milhões de brasileiros
Os trabalhadores com carteira assinada cresceram 2,6% em 2021, enquanto os que não tinham carteira aumentaram bem mais, 11,1%
População subutilizada diminui 1,2% frente a 2020, para 31,3 milhões de pessoas.
População desalentada caiu de 5,5 milhões em 2020 (recorde da série) para 5,3 milhões de pessoas em 2021
Subocupados por insuficiência de horas trabalhadas saltou 18,1% na comparação com 2020, atingindo 7,5 milhões na média anual
Aumento da ocupação foi puxado pelo comércio e pela construção, que ocuparam 3 milhões de pessoas a mais em 1 ano, no comparativo com o 4º trimestre de 2020
Número de trabalhadores domésticos aumentou 6,6% contra 2020, alcançando 5,2 milhões de pessoas
A taxa de desemprego foi de 9% para os homens e 13,9% para as mulheres no 4° trimestre; na análise por cor ou raça ficou abaixo da média nacional para os brancos (9%) e acima para os pretos (13,6%) e pardos (12,6%).
Desemprego é mais alto na faixa etária de 25 a 39 anos (35,2%) e de 18 a 24 anos (30,8%)