Desemprego chega a 12,2% no primeiro trimestre de 2020, diz IBGE
Se comparado à taxa do último trimestre de 2019, houve alta de 1,2%
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Publicado em:30/04/2020 às 07:55
Atualizado em:30/04/2020 às 07:55
A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (PNAD Contínua) divulgada nesta quinta-feira, 30, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que a taxa de desemprego no país ficou em 12,2% no primeiro trimestre do ano.
Se comparado à taxa do último trimestre de 2019, houve alta de 1,2%. No entanto, se comparado ao primeiro de trimestre de 2019, houve uma queda de -0,5%, já que as taxas foram de 11% e 12,7%, respectivamente.
A população desocupada chegou a 12,9 milhões de pessoas, representando um aumento de 10,5%, ou seja, 1,2 milhão de pessoas a mais em relação ao último trimestre de 2019. Na comparação com o primeiro trimestre do ano passado, no entanto, o contingente caiu 4% (537 mil pessoas a menos).
Já a população ocupada chegou a 92,2%, caindo 2,5% em relação ao trimestre anterior (2,3 milhões de pessoas a menos), permanecendo estável em relação ao mesmo trimestre de 2019.
Indicador/Período
Jan-Fev-Mar 2020
Out-Nov-Dez 2019
Jan-Fev-Mar 2019
Taxa de desocupação
12,2%
11,0%
12,7%
Taxa de subutilização
24,4%
23,0%
25,0%
Rendimento real habitual
R$2.398
R$2.371
R$2.378
Variação do rendimento habitual em relação a:
1,1% (estabilidade)
0,8% (estabilidade)
Ainda de acordo com o IBGE, a taxa de informalidade atingiu 39,9% da população ocupada, representando um contingente de 36,8 milhões de trabalhadores informais. No trimestre móvel anterior, essa taxa havia sido de 41% e no trimestre do ano anterior, 40,8%.
Os números de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado (exclusive trabalhadores domésticos), estimado em 33,1 milhões, caiu -1,7% (menos 572 mil pessoas) frente ao trimestre móvel anterior, ficando estável ante o mesmo trimestre de 2019.
Já o contingente de empregados sem carteira assinada no setor privado (11 milhões de pessoas) caiu -7% (menos 832 mil pessoas) em relação ao trimestre móvel anterior e permaneceu estável comparado ao mesmo trimestre de 2019.
90% das solicitações de seguro-desemprego foram feitas pela internet
De acordo com o Ministério da Economia, na primeira quinzena de abril, 90,2% das solicitações de seguro-desemprego foram realizadas pela internet, seja pelo site ou pelo aplicativo da Carteira de Trabalho Digital.
Em comparação com o mesmo período do ano passado, este número representava apenas 1,6%. Mas apesar do aumento de solicitações online, o número total de requerimentos dos primeiros quinze dias de abril foi de 267.693 - 13,8% menor do que em 2019 (310.509).
Do total de pedidos, 241.482 foram solicitados de forma digital e apenas 26.211 dos pedidos ocorreram em unidades presenciais. Com o fechamento das unidades do Sine (Sistema Nacional de Empregos), muitos requerimentos foram represados. A estimativa é que haja até 200 mil pedidos em demanda reprimida.
O maior número de pedidos foi registrado em São Paulo, com 77.121 solicitações, seguido por Minas Gerais (33.001) e Rio de Janeiro (20.661). Os três Estados com maior proporção de requerimentos feitos pela internet foram Amazonas (99,6%), Rio Grande do Norte (98,8%) e Tocantins (98%).
No mês de março, o número de requerimentos de seguro-desemprego foi de 536.845. Deste total, 362.961 pedidos ocorreram em unidades presenciais e os outros 173.884 foram solicitados de forma digital.