Taxa de desemprego cresce em 11 estados no 2º trimestre de 2020
Em relação ao 1º trimestre, 11 estados tiveram aumento na taxa de desocupação. Apenas dois tiveram queda.
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Publicado em:28/08/2020 às 12:56
Atualizado em:28/08/2020 às 12:56
Divulgada pelo IBGE nesta sexta-feira, 28, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD) Contínua mostra que a taxa de desocupação nacional no segundo trimestre deste ano foi de 13,3%, tendo aumento de 1,1 ponto percentual em relação ao trimestre anterior.
Os estados com maiores taxas de desemprego são Bahia (19,9%), Sergipe (19,8%) e Alagoas (17,8%). Enquanto os menores percentuais estão em Santa Catarina (6,9%), Pará (9,1%) e Rio Grande do Sul (9,4%).
Em comparação ao primeiro trimestre deste ano, a taxa de desocupação aumentou em 11 estados. O destaque foi Sergipe que teve aumento de 4,3 pontos percentuais, seguido de Mato Grosso do Sul (+3,7 p.p.) e Rondônia (+2,3 p.p.).
As únicas quedas foram do Pará (-1,6 p.p.) e no Amapá (-5,8 p.p.). Já os demais estados apresentaram estabilidade, ou seja, mantiveram a mesma taxa de pessoas desocupadas.
Olhando para a média nacional, a desocupação é de 14,9% entre mulheres e 12% entre homens. Já em relação a faixa etária, as maiores taxas estão entre os grupos de 14 a 17 (42,8%) e de 18 a 24 anos (29,7%).
O desemprego também é maior para pretos e pardos, com taxas de 17,8% e 15,4%, respectivamente. Enquanto entre brancos, essa taxa é de 10,4%, valor menor do que a média nacional.
Subutilização da força de trabalho é de 29,1%
A subutilização da força de trabalho representa as pessoas desempregadas, as que trabalham poucas horas e os potenciais trabalhadores (pessoas que não estão em busca de emprego, mas poderiam vir a trabalhar).
Basicamente, é a força de trabalho que o país possui e não é utilizada. No segundo trimestre deste ano, a taxa de subutilização foi de 29,1%. Em relação aos estados, Piauí apresentou o maior percentual: 47,8%.
Em seguida estão de Alagoas (46,4%), Maranhão (45,8%) e Sergipe (45,1%). Já as menores taxas ficaram com os estados de Santa Catarina (13,8%), Paraná (19,3%) e Mato Grosso (19,8%).
No setor privado, 77,7% dos trabalhadores têm carteira assinada
Em relação ao setor privado, percentual de trabalhadores com carteira assinada foi de 77,7% no segundo semestre. Nesse caso, os menores índices foram vistos no Maranhão (53,7%), Piauí (58,1%) e Pará (60,2%) e os maiores em Santa Catarina (90,5%), Paraná (83,2%) e São Paulo (83,2%).
Amapá é o estado com maior percentual de pessoas trabalhando por contra própria (36,7%), seguido por Paraíba (34,2%) e Pará (32,9%). Os menores foram Distrito Federal (19,1%), São Paulo (22,3%) e Santa Catarina (23,6%). A média nacional foi de 36%.
No segundo trimestre, 7,4 milhões de desocupados estavam procurando por ocupação entre um mês e menos de um ano, um crescimento de 27,9% em relação ao mesmo período do ano passado.
Já entre quem procura emprego há mais de 2 anos, foram registradas 2,5 milhões de pessoas. Nesse caso, houve uma queda de 26,6% em comparação ao segundo trimestre de 2019.
Ainda segundo o IBGE, 36,9% da população ocupada é composta por trabalhadores informais. As maiores taxas são do Pará (56,4%), Maranhão (55,6%) e Amazonas (55,0%) e as menores em Santa Catarina (25,8%), Distrito Federal (26,0%) e São Paulo (28,6%).