Em Manaus cresce procura por capacitação em segurança do trabalho

Técnico em segurança do trabalho pode ganhar até R$8 mil por mês

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Publicado em:24/07/2020 às 14:00
Atualizado em:24/07/2020 às 14:00

Você sabia que o Brasil ocupa a quarta posição no ranking mundial de acidentes de trabalho? O país fica atrás apenas da China, Índia e Indonésia, conforme dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT).

Por ser uma figura fundamental para evitar os acidentes em ambientes corporativos, o cargo de técnico em segurança do trabalho tem sido cada vez mais procurado pelas empresas.

Há a norma regulamentadora nº 4 da Portaria nº 3.214 de 1978, que estabelece que todas as empresas privadas e públicas que trabalham de acordo com o regime da Consolidação das Leis de Trabalho (CLT) devem contratar técnico em segurança do trabalho.

No Polo Industrial de Manaus (PIM), na capital do Amazonas, houve um aumento das vagas para esses profissionais. O número de técnicos de segurança é definido pelo total de colaboradores e pelo risco das atividades que são realizadas no empreendimento.

Essa demanda, de acordo com o Centro de Ensino Literatus, é sentida na procura pelos cursos de formação e capacitação em Segurança do Trabalho.

 

Equipamentos do técnico de segurança do trabalho
Com a demanda do mercado por técnicos de segurança do trabalho, cresce
procura por cursos de capacitação (Foto: Câmara de Belém-PA)

 

Segundo a assessora técnica do curso no Literatus, Wanessa Coelho, o salário médio de um técnico é de R$ 2 mil, podendo chegar até R$ 8 mil. Esse valor é variável quanto ao segmento da empresa e da experiência do profissional.

"Como temos parcerias com as empresas do PIM, os alunos já começam a fazer conexão com o mercado, através de atividades com profissionais formados, visitas técnicas e o estágio", destacou.

As aulas presenciais do curso foram suspensas em função do Coronavírus e das orientações de isolamento social. Porém, o Centro de Ensino Literatus não registrou queda na procura de cursos técnicos.

Pelo contrário, o curso continuou a receber matrículas e a iniciar turmas, todos os meses. A mantenedora do Literatus acredita que a pandemia trouxe à população a importância de uma formação que proporcione uma renda segura.

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70% dos estudantes do curso estão no mercado de trabalho

Em resposta à FOLHA DIRIGIDA, a Assessoria de Imprensa do Literatus disse que a estimativa é que cerca de 70% dos egressos da instituição estejam atuando no mercado de trabalho.

Natural do município de Cametá, no estado do Pará, Dorilene Marques é formada há oito anos no curso técnico em segurança do trabalho pelo Centro de Ensino Literatus.

Ela contou que, assim que assim chegou à capital amazonense, o mercado da profissão foi o que mais a atraiu. Por ter se destacado durante o estágio profissional, acabou sendo contratada.

"A partir daí, me encantei ainda mais pela profissão", revelou a profissional. Dorilene recomendou que quem busca atuar na área deve estar atualizado através de cursos essenciais para a profissão, entre eles, o de primeiros socorros.

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Atuando hoje como instrutora no segmento de prevenção e combate a incêndio, Dorilene explicou que é essencial ao técnico em segurança do trabalho conhecer as normas que dão diretrizes específicas sobre como trabalhar com segurança.

"No caso da NR 23, que traz orientações específicas de proteção contra incêndios, o profissional aprende a atuar com ferramentas, como extintor de incêndio e mangueiras", apontou.