Empreendedores podem recorrer a 149 linhas de crédito, diz Sebrae

Levantamento é feito semanalmente pela instituição

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Publicado em:26/05/2020 às 14:15
Atualizado em:26/05/2020 às 14:15

Desde o início da pandemia do novo Coronavírus no país, o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) tem feito um levantamento periódico sobre as principais linhas de crédito que os pequenos negócios podem utilizar para manter seus empreendimentos. 

Pelo fato de as organizações estarem ajustando seus processos internos para oferecer as melhores condições para os micro e pequenos empreendedores, a pesquisa do Sebrae é divulgada, semanalmente, sempre às sextas-feiras.

O documento elaborado pela instituição envolve bancos públicos, privados, cooperativas de crédito e Empresas Simples de Crédito (ESC) em todo o Brasil. 

De acordo com o último levantamento, divulgado na sexta-feira, 22, existem 149 linhas de crédito disponíveis para os pequenos negócios em todo o país. A pesquisa é feita com base em informações coletadas por meio de notícias em veículos oficiais de imprensa, acesso aos sites de instituições financeiras ou em contato direto com os representantes dos segmentos. 

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Pelo balanço, do total de linhas de crédito ofertadas, 27 delas estão em instituições públicas federais, outras cinco em bancos privados, duas em bancos regionais, agências de fomento, organizações sociais (oscips) de microcrédito, cooperativas e ESC.

“Está havendo um crescimento na oferta de linhas de crédito”, observa o analista da Unidade de Capitalização e Serviços Financeiros do Sebrae, Weniston Ricardo.

O levantamento feito pelo Sebrae recomenda, ainda, a utilização do Fundo de Aval para a Micro e Pequena Empresa (Fampe), gerido pela instituição, que dá garantias nas operações de crédito contratadas pelos pequenos negócios junto às instituições financeiras conveniadas. 

Nesse caso, o empreendedor deve consultar o gerente pessoa jurídica da instituição financeira na qual possui relacionamento bancário e se informar sobre as linhas de crédito adequadas às suas necessidades, bem como se a instituição é conveniada ao Sebrae para operacionalizar o Fampe.

Ainda deve consultar sobre a possibilidade de incluir o Fampe como aval complementar, no caso de as garantias reais e pessoais não serem suficientes para atender aos requisitos da instituição financeira.

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moeda de dinheiro
Levantamento do Sebrae aponta 149 linhas de crédito
para micro e pequenas empresas (Foto: Divulgação)

 

Especialistas falam sobre o Pronampe, destinado a micro e pequenas empresas

No fim de abril, foi aprovado por unanimidade no Senado o projeto de lei que concede uma linha de crédito especial para pequenas e microempresas. O PL 1.282/2020 tem autoria do senador Jorginho Mello (PL-SC). A Lei nº 13.999, que institui o Pronampe foi sancionada com vetos pelo presidente Jair Bolsonaro e divulgada na terça-feira, 19 de maio, no Diário Oficial da União.

O Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe) destina-se à empresas com receita bruta de até R$4,8 milhões ao ano, segundo definido no Estatuto da Micro e Pequena Empresa, com juros de 3,75%.  

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No caso de empresas com menos de um ano de funcionamento, o limite de empréstimo será de até 50% de seu capital social ou até 30% da média de seu faturamento mensal apurado desde o início de suas atividades, o que for mais vantajoso. Além disso, as empresas que tomarem os recursos ficarão impedidas de demitir trabalhadores por 60 dias.

Para Gilberto Braga, economista do IBMEC, o Pronampe será um sucesso, já que nunca houve um crédito tão acessível com tão poucas exigências de garantia:

"Acho que a maior vantagem para o micro e pequeno empreendedor é que ele sempre teve muita dificuldade em obter crédito farto e barato por conta da burocracia ainda existente no Brasil. Para o país, acho o programa muito bem vindo, já que poderá garantir cerca de 20 milhões de empregos, de acordo com o SEBRAE, que também é favorável ao programa. O ponto negativo é se os recursos, por serem baratos, forem acessados por pessoas que não irão empregá-los de forma adequada nas suas empresas, desvirtuando a sua finalidade."

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