Expansão Ascenty: ano será fechado com investimentos de R$1,2 bi
Com funcionários em home office desde março, empresa de data centers cresce com aumento da demanda por transformação digital.
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Publicado em:01/10/2020 às 16:15
Atualizado em:01/10/2020 às 16:15
Apesar da crise causada pela pandemia do novo Coronavírus, foi possível, sim, para empresas de diversos segmentos crescerem. E o home office, modelo de trabalho que foi novidade para muita gente, pode ter sido significativo para produtividade nessas entidades.
É o caso da Ascenty, empresa líder no mercado de Colocation na América Latina, com 22 data centers próprios no Brasil, Chile e México. Ela atua desde março com 100% dos colaboradores administrativos trabalhando de casa.
Colocation é uma modalidade de alojamento web, destinada principalmente a grandes organizações e a empresas de serviços web. E data center é um centro de processamento de dados, onde ficam concentrados os sistemas computacionais de uma empresa.
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Implementado com o objetivo de assegurar a saúde e a segurança da equipe durante a pandemia, o modelo de trabalho remoto acabou impulsionando a produtividade, principalmente pelo aumento de demanda por serviços de tecnologia.
De acordo com a Ascenty, todos os clientes aumentaram a dependência sobre a área digital nesse período. Especialmente os dos segmentos de e-commerce, financeiro e grandes provedores de nuvem.
O resultado: na contramão da crise econômica, a empresa anunciou novos data centers, fez contratações, estruturou uma área de Saúde e Segurança do Trabalho e prevê ainda mais crescimento, como destaca Chris Torto, CEO da Ascenty.
"Vamos fechar o ano com investimentos de R$1,2 bilhões de reais, no ano que vem será de R$1,5 bilhões, o que concluirá quase R$4 bilhões entre 2018, 2019 e 2020 na América Latina. Estamos expandindo e em termos de faturamento vamos crescer cerca de 50% este ano."
Trabalhadores ainda vão ficar em home office, pelo menos, até o final do ano
O escritório corporativo da Ascenty em Vinhedo, no interior do estado de São Paulo, foi fechado e todo o time administrativo está trabalhando de casa integralmente.
São cerca de 100 funcionários das áreas de Finanças, Recursos Humanos, Engenharia, Marketing e Vendas. Até o fim deste ano, a empresa não tem previsão de retorno ao modelo presencial anterior.
A empresa está implementando um sistema semipresencial de home office para que, assim que as atividades presenciais retornarem, forneça aos funcionários cadeiras ergonômicas e ajuda de custo mensal para compra de café, frutas e contratação de internet adequada para o desempenho da função em casa.
Já os funcionários da operação que utilizavam transporte público para locomoção, passaram a contar com corridas de motoristas de aplicativo inteiramente pagas pela empresa durante o período de pandemia.
Cerca de 70% da força de trabalho da empresa não está atuando 100% a distância. Mas são os profissionais técnicos responsáveis pela operação 24 horas por dia, o ano todo, dos 15 data centers em operação, mais as equipes de manutenção e construção de redes.
Nesses casos, foram feitas adaptações na rotina. Para a área de Data Centers, foram estabelecidos turnos de trabalho com equipes reduzidas.
Já para a área de manutenção e construção de Telecom, as equipes foram direcionadas para atuar em áreas geográficas estratégicas.
"Em qualquer crise é possível rever o modo de operação. Nós mesmos podemos fazer mais com menos, repensando modelos tradicionais de trabalho. É uma pandemia, mais do que nunca, temos de nos proteger e zelar pela saúde dos nossos colaboradores e suas famílias," afirma Chris Torto.
Produtividade dos funcionários aumentou com home office
(Foto: Reprodução)
Trabalho remoto teve pontos positivos para a cultura da empresa
O home office, informa a empresa, também ajudou a fortalecer a cultura de excelência no atendimento aos clientes, assim como a transparência no diálogo e na comunicação interna.
Para apoiar as equipes corporativa e operacional, a Ascenty passou a fazer reuniões diárias com a diretoria nos primeiros meses de pandemia, que passaram a ser semanais a partir de maio.
Entre os assuntos do dia a dia, a liderança usava o canal direto para tranquilizar os colaboradores receosos sobre demissões. Ninguém foi desligado por decorrência da crise de Covid-19, segundo a empresa.
Outras medidas foram adotadas, como a orientação para redução de visitas nos data centers, a medição de temperatura dos funcionários, clientes e visitantes, a exigência do uso de máscaras, a orientação sobre o distanciamento entre colegas e a disponibilização de álcool em gel em todas as unidades.
A crise ainda deu impulso a duas iniciativas de Recursos Humanos que já existiam, mas que cresceram em adesão. Uma foi o Programa Cuidar.
Ele consiste no acompanhamento de uma assistente social aos colaboradores que estão passando por alguma situação especial, tanto no âmbito da saúde, como em outros aspectos que precisem de apoio.
Outra iniciativa foi o programa Apoio Pass, que é um serviço contratado pela Ascenty e consiste no atendimento telefônico anônimo dos funcionários para prestar auxílio financeiro, psicológico e ocupacional, advocatício, entre outros.