Operação mira fraudes em concursos INSS, Antaq, MPU, DPU e mais
Operação da Polícia Civil do DF, que ocorre nesta quinta-feira, 24, mira servidores envolvidos em fraudes de concursos federais.
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Publicado em:24/03/2022 às 17:06
Atualizado em:24/03/2022 às 17:06
Nesta quinta-feira, 24, a Polícia Civil do Distrito Federal (PC DF) deflagrou a 8ª fase Operação Panoptes. O objetivo: identificar e indiciar servidores que conseguiram ingressar no sistema público e que fraudaram concursos federais como os do INSS, Antaq, MPU, DPU e mais.
A ação da PC DF, por meio da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado, vinculada ao Departamento de Combate a Corrupção e ao Crime Organizado (Draco/Decor), envolveu 25 mandados de busca e apreensão em residência de servidores no DF e também nas cidades de Goiás, Minas Gerais e Ceará.
Funcionários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ), do Ministério Público da União (MPU), Defensoria Pública da União (DPU) e Ministério das Cidades foram alvos da operação desta quinta, 24.
Os servidores ingressaram por meio de concursos realizados entre 2015 e 2017. As buscas tiveram a finalidade de apreender materiais para subsidiar as investigações em curso.
"Os envolvidos, caso sejam indiciados, poderão responder pelos crimes de fraude a certame de interesse público, organização criminosa, falsificação de documento público e corrupção ativa", diz a PC DF.
Entenda a Operação Panoptes
Nesta quinta, 24, cerca de 125 policiais, entre delegados, agentes e escrivães, participaram da 8ª fase da Operação Panoptes, que contou com o apoio das polícias civis de Goiás, Minas Gerais e Ceará.
As três primeiras fases dessa operação, no entanto, foram deflagradas a partir de 2016, tendo sido responsáveis pela prisão de membros do grupo conhecido como máfia dos concursos.
Entre eles, havia um funcionário de banca examinadora. Segundo a PC DF, os envolvidos já foram condenados pelo Poder Judiciário pelo crime de integrar a organização criminosa.
As fases seguintes buscaram identificar e indiciar servidores que conseguiram ingressar no serviço público por meio de fraudes, tendo sido objeto de investigação, até o momento, os concursos das:
Secretarias de Saúde e Educação do DF;
do Corpo de Bombeiros; e
do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Já foram indiciados, ao longo da Operação Panoptes, quase 70 investigados, entre eles membros do bando e servidores que compraram vagas.